Comportamentos modificáveis do estilo de vida associados aos indicadores de saúde mental em adolescentes: um estudo transversal

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Data
2024-02-19
Autores
Victo, Eduardo Rossato [UNIFESP]
Orientadores
Solé, Dirceu [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre os comportamentos modificáveis do estilo de vida com diferentes indicadores de saúde mental de adolescentes (10 a 19 anos). Além disso, avaliou-­se a associação da atividade física e do comportamento sedentário com os principais comportamentos associados aos indicadores de saúde mental (consumo de tabaco e álcool). Métodos: Estudos transversais, com dados do obtidos pelo Global School­-based Student Health Survey (GSHS) e da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019. Fatores de estilo de vida (obesidade, alimentação, atividade física, tempo de tela, tempo sentado, tabagismo, álcool, drogas e frequência escolar) e os indicadores de saúde mental (ansiedade, solidão, pensamento suicida, planejamento de suicídio, quantidade de amigos próximos e autoavaliação da saúde mental) foram obtidos por questionários autorreferidos e categorizados. Para testar a associação dos comportamentos modificáveis com os indicadores de saúde mental foram utilizadas análises de regressão logística com e sem ajustes. O mesmo foi utilizado para avaliar a associação entre a atividade física e o comportamento sedentário com o consumo de tabaco e álcool. Resultados: Dados da GSHS mostraram que a obesidade, o consumo de frutas e vegetais, a inatividade física, o consumo de tabaco e álcool e a frequência escolar foram associados aos indicadores de pior saúde mental. Os consumos de tabaco e de álcool associaram-­se positivamente com a ansiedade, solidão, ideação suicida e o planejamento suicida comparado com aqueles que não consumiam tabaco e álcool, independentemente do sexo, idade e região. Dados da PeNSE mostraram que alimentação saudável infrequente, alimentação não saudável, não consumir álcool, ser inativo, fumar cigarros e ter frequência escolar inadequada foram associados ao baixo número de amigos próximos. Alimentação saudável pouco frequente, alimentação não saudável frequente, ser inativo, ter tempo excessivo de tela e sentado, consumir tabaco, álcool, drogas e frequência escolar inadequada foram associados a pior autoavaliação da saúde mental. Cumprir as recomendações de atividade física e o transporte ativo foram associados a menores chances do consumo de álcool e tabaco. Maior tempo sentado foi associado ao menor consumo de álcool e tabaco. Conclusão: Os comportamentos de estilo de vida estão associados aos indicadores de saúde mental entre os adolescentes. Ser ativo apresentou menores chances de consumir tabaco e álcool em relação aos inativos, principalmente para o consumo excessivo de álcool e embriaguez.
Objective: The objective of the study was to test the association between modifiable lifestyle behaviors and different indicators of mental health in adolescents (10 to 19 years old). Furthermore, the association of physical activity and sedentary behavior with the main behaviors associated with mental health indicators (tobacco and alcohol consumption) was tested. Methods: Crosssectional studies, with data from the results of the Global Schoolbased Student Health Survey (GSHS) and the National Student Health Survey (PeNSE) 2019. Lifestyle factors (obesity, diet, physical activity, screen time, sitting time, smoking, alcohol , drugs and school attendance) and mental health indicators (anxiety, loneliness, suicidal thoughts, suicide planning, number of close friends and selfrated mental health) were obtained through a selfreported questionnaire and categorized. To test the association of modifiable behaviors with mental health indicators, logistic regression analyzes were used without and with adjustments. It was used to test the association between physical activity and sedentary behavior with tobacco and alcohol consumption. Results: Data from the GSHS showed that obesity, fruit and vegetable consumption, physical inactivity, tobacco and alcohol consumption and school attendance were associated with indicators of worse mental health. Tobacco and alcohol consumption were certainly associated with anxiety, loneliness, suicidal ideation and suicidal planning compared to those who did not consume tobacco and alcohol, regardless of gender, age and region of residence. Data from the PeNSE showed that infrequent healthy eating, unhealthy eating, not consuming alcohol, being inactive, smoking cigarettes and conventional school attendance were associated with a low number of close friends. Infrequent healthy eating, frequent unhealthy eating, being inactive, excessive screen time and sitting, smoking, alcohol, drugs and school attendance were associated with worse selfrated mental health. Complying with physical activity recommendations and active transportation were associated with lower odds of alcohol and tobacco consumption. Greater sitting time was associated with lower alcohol and tobacco consumption. Conclusion: Lifestyle behaviors are associated with mental health indicators among adolescents. Being active presented lower chances of tobacco and alcohol consumption compared to inactive individuals, mainly for excessive alcohol consumption and drunkenness.
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