PPG - Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria

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    Prevalência de soroproteção para sarampo numa coorte de adolescentes e adultos jovens vivendo com HIV e resposta vacinal após reforço de SCR nos indivíduos soronegativos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-18) Simakawa, Raquel Mayumi [UNIFESP]; Succi, Regina Célia de Menezes [UNIFESP]; Pinto, Maria Isabel de Moraes [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0967318191677557; http://lattes.cnpq.br/6678945412586889; http://lattes.cnpq.br/6448612966347020
    Objetivos. Casos de sarampo em todo o mundo aumentaram desde 2018 devido à baixa cobertura vacinal, que diminuiu durante a pandemia de COVID-19. O estudo analisa o status sorológico de pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) para o sarampo e avalia a resposta após um reforço de SCR administrado aos indivíduos soronegativos. Métodos. Estudo de coorte prospectivo com quatro grupos: 96 PVHA por transmissão vertical (v-HIV), 69 PVHA por transmissão horizontal (h-HIV), 93 controles saudáveis ​​previamente vacinados contra sarampo (vac-CON) e 20 controles saudáveis com histórico de sarampo (dis-CON). Os anticorpos contra o sarampo foram analisados ​​por ELISA. Uma dose extra de SCR foi oferecida aos indivíduos soronegativos e eles foram testados pelo menos 30 dias depois. Resultados. À entrada do estudo, os grupos v-HIV e h-HIV eram comparáveis ​​em relação à última avaliação de células T CD4+ e à porcentagem de indivíduos em TARV. Por outro lado, o grupo v-HIV apresentou menores mediana de células T CD4+ e porcentagem de indivíduos em supressão virológica em comparação ao grupo h-HIV. A soropositividade para sarampo e a mediana de anticorpos foram significativamente inferiores no v-HIV em comparação aos outros três grupos (v-HIV: 58% e 159,5 UI/L x h-HIV: 95,6% e 763 UI/L x vac-CON: 94,6% e 663 UI/L x dis-CON: 100% e 1302,5 UI/L; p<0,01 e p<0,05, respectivamente). Na análise logística univariada, o nadir mais elevado de células T CD4+, o intervalo de tempo mais curto desde a última vacina contra o sarampo e a supressão virológica do HIV em qualquer dose da vacina contra o sarampo foram associados a anticorpos protetores contra o sarampo entre os indivíduos do grupo v-HIV. Na análise multivariada, apenas a supressão virológica em qualquer dose da vacina contra o sarampo foi associada a anticorpos protetores. Todos os pacientes soronegativos para sarampo responderam após o reforço de SCR. Conclusões. A supressão virológica do HIV foi associada à melhor resposta vacinal ao sarampo. Os resultados desse estudo corroboram os que recomendam um reforço de SCR à população vivendo com HIV por transmissão vertical (TV), especialmente durante a adolescência.
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    Anemia, marcadores inflamatórios e perfil alimentar em lactentes - MG
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-04) Lourenção, Luiz Felipe de Paiva [UNIFESP]; Sarni, Roseli Oselka Saccardo [UNIFESP]; Silva, Rosangela da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3066513306945328; http://lattes.cnpq.br/1760819469047929; http://lattes.cnpq.br/2366386033857895
    Introdução: A anemia configura-se como um grande problema de saúde pública, chegando a atingir, globalmente, até 40% das crianças menores de 5 anos. No Brasil, a anemia resultante da deficiência de ferro é comum no público pediátrico, onde o acompanhamento das rotinas de saúde e alimentação na infância são cruciais para a formação das práticas alimentares saudáveis e adequadas, a fim de evitar distúrbios alimentares diversos, como as anemias carenciais. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode desencadear o aumento do excesso de peso na população infantil e exercer influência direta na inflamação. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e as condições neonatais dos lactentes, e descrever a frequência e caracterizar o perfil de anemia de crianças até 3 anos de idade, assistidos pela Rede Pública de Ensino de um município sul-mineiro, verificando possíveis associações com as práticas alimentares, condição nutricional e marcadores inflamatórios. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em 3 (três) Centros de Educação Infantil em um município do sul de Minas Gerais. Participaram do presente estudo, 112 crianças, na faixa etária de 6 meses a 3 anos de idade. A coleta de dados consistiu em 4 etapas, sendo: Dados socioeconômicos, histórico de nascimento e condições clínicas; Avaliação do estado nutricional; Marcadores do consumo alimentar; e Avaliação dos marcadores bioquímicos. Foi realizada a avaliação do estado nutricional relativo ao ferro e a avaliação do perfil de inflamação pelos marcadores bioquímicos. Os dados foram digitados e consolidados em planilha do Excel® e as análise foram realizadas no pacote estatístico SPSS 29.0, sendo que as variáveis categóricas e binárias foram comparadas pelo teste do Qui-quadrado, com nível de significância de p < 0,05. Resultados: A média de idade foi de foi de 28,1±7,9 meses e 50 (44,6%) eram do sexo feminino. Em relação as características socioeconômicas 25 (22,9%), 60 (53,6%) e 59 (52,6%) das famílias recebiam o Programa de Transferência de Renda “Auxílio Brasil”, tinham classificação ABEP > B2 e foram classificados em algum grau de insegurança alimentar, respectivamente. Quanto aos indicadores antropométricos observou-se elevado percentual de excesso de peso e comprometimento estatural, 39 (36,1%) e 27 (25,0%), respectivamente nas crianças avaliadas. Anemia e ferropenia foram detectadas em 47 (42,0%) e 89 (79,5%) das crianças, respectivamente. A PCRus associou-se de forma direta com os valores de RDW, ferritina e Receptor solúvel da transferrina, e de forma inversa com os níveis de hemoglobina, ferro sérico e Índice de saturação de transferrina. A Alfa-1 Glicoproteína Ácida associou-se de forma inversa com todos os marcadores bioquímicos relativos ao ferro. Conclusões: O presente estudo evidenciou anemia e ferropenia em 47% e 79% das crianças avaliadas, respectivamente. Houve associação direta e significante entre as concentrações de hemoglobina e o escore Z de estatura por idade, mesmo após ajuste para os valores de PCRus. As práticas alimentares avaliadas não se associaram com a presença de anemia. RDW e o Receptor solúvel da transferrina mostraram o melhor poder discriminatório entre os grupos com e sem anemia.
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    O impacto do desenvolvimento de novas morbidades durante o tratamento em unidade de terapia intensiva oncológica pediátrica no tempo e qualidade de vida do paciente
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-02-20) Santos, Gabriela Maria Virgilio Dias [UNIFESP]; Caran, Eliana Maria Monteiro [UNIFESP]; Silva, Dafne Cardoso Bourguignon; http://lattes.cnpq.br/8598682271972840; http://lattes.cnpq.br/1783139918188371; http://lattes.cnpq.br/2654625309467928
    Objetivos: Sobreviventes de internação em UTIs pediátricas podem sofrer alterações funcionais. Investigamos os estados funcionais de crianças e adolescentes com câncer na admissão à UTI e na alta hospitalar, e o impacto no tempo de vida dos sobreviventes. Métodos: coorte retrospectiva, em hospital oncológico de referência, de pacientes admitidos de 1º de abril de 2014 a 30 de abril de 2019. O instrumento FSS (Pediatric Functional Status Scale) foi avaliado na admissão à UTI e na alta hospitalar. A estatística envolveu as regressões: logística, de Cox e Weibull. Uma nova morbidade foi definida como aumento na FSS >= 3. Resultados: Entre 1002 pacientes, houve 128 óbitos na internação hospitalar (12,7%). Foram analisados 855 sobreviventes, dos quais 194 (22,6%) faleceram até abril/2019; 45 (5,3%) apresentaram uma nova morbidade. As médias no domínio motor à admissão e alta eram 1,37 (Desvio padrão: 0,82) e 1,53 (DP 0,95), com p = 0,003 ao teste T. No domínio alimentação, as médias eram 1,19 (DP 0,63) e 1,30 (DP 0,76), p = 0,001; as médias globais eram 6,93 (DP 2,45) e 7,2 (DP 2,94), p = 0,03. As variáveis "Insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação mecânica", "escore PRISM IV", "idade menor que 5 anos" e "tumor de sistema nervoso central" foram variáveis preditivas independentes de nova morbidade na análise multivariada. Uma nova morbidade correlacionou-se com probabilidades menores de sobrevivência (considerando todas as causas de óbito) após a alta hospitalar no teste logrank (P = 0,014), e foi preditiva de morte de forma independente (Cox hazard ratio = 1,98, 95% CI: 1,18-3,32), em relação aos diagnósticos de linfoma ou leucemia, recidiva de câncer, TCTH e desnutrição. As outras duas variáveis independentes foram a desnutrição e a recidiva do câncer. Em modelos de Weibull, foi estimado um encurtamento no tempo de vida de 14,2% (P = 0,014) para nova morbidade. Conclusões: Riscos para novas morbidades estão relacionados à idade, gravidade à admissão e tumores cerebrais. Novas morbidades, por sua vez, se correlacionam com probabilidades menores de sobrevivência e um encurtamento no tempo de vida restante.
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    Avaliação dos níveis de anticorpos IgG, IgA e anticorpos totais anti-SARS-CoV-2 no leite materno de mulheres que tiveram COVID-19 durante a gestação
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-15) Dutra, Letícia Veríssimo [UNIFESP]; Souza, Fabíola Isabel Suano [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4205596362106074; http://lattes.cnpq.br/0130269624579952
    Objetivo: Avaliar os níveis de IgA, IgG e anticorpos totais anti-SARS-CoV–2 no colostro e leite materno de gestantes que tiveram infecção por COVID-19 no parto/puerpério e com 90 dias pós-parto, além de descrever a evolução clínica e os indicadores antropométricos dos filhos dessas mulheres. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte prospectiva no Hospital da Mulher de São Bernardo do Campo (HM-SBC), com gestantes e puérperas que tiveram infecção por COVID-19 e seus recém-nascidos (RN). As avaliações aconteceram em dois momentos. No momento do parto, foram identificadas 263 gestantes, no qual foram coletadas amostras de sangue materno e de cordão umbilical e colostro para a identificação de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 e coleta de dados sociodemográficos, antecedentes gestacionais, avaliação nutricional da gestante e avaliação do RN. Aos 90 dias após o parto, as duplas foram reconvocadas para nova avaliação, compareceram nesse momento 85 duplas, e foram coletadas novas amostras de sangue materno e do lactente e leite materno para identificação de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 e evolução clínica e antropométrica do bebê. Resultados: Sintomas clínicos neonatais durante a internação foram observados em 55 recém-nascidos (33,3%) e dois (1,6%) testaram RT-PCR positivo para COVID-19. Colostro positivo para IgA anti-SARS-CoV-2 foi encontrado em 117 (70,9%) mulheres. A mediana do tempo entre a infecção por COVID-19 e o parto foi de 86,0 dias (26,5; 179). Quinze (21,7%) dos recém-nascidos apresentaram intercorrências clínicas durante o período de hospitalização. Recém-nascidos que tinham RT-PCR positivo para SARS-CoV-2 tiveram mais de vinte vezes mais chance de apresentar síndrome do desconforto respiratório (OR = 21,31; IC 95% 2,24 a 201,68; p = 0,008) e para cada dia de infecção de COVID-19 na gestação mais próximo do parto aumentava em 0,07% a chance de positividade nos recém-nascidos (OR = 1,007; IC 95%1,001 a 1,014; p = 0,026). Aos 90 dias pós-parto, 61 (71,8%) dos lactentes estavam em aleitamento materno. Observou-se piores indicadores antropométricos em comparação ao padrão de referência. Observou-se aumento da positividade dos níveis séricos para Anti-SARS-CoV-2 IgG (p < 0,001) e Anti-SARS-CoV-2 IgA (p = 0,022) nas mulheres. Por outro lado, houve uma queda significativa do percentual de valores positivos de Anti-SARS-CoV-2 IgA no leite materno (p < 0,001). Quanto aos lactentes, pode-se verificar redução da positividade para Anti-SARS-CoV-2 totais entre os dois momentos (p = 0,008). Conclusões: A presença de IgA anti-SARS-CoV-2 no colostro foi detectada em mais de dois terços das mulheres avaliadas e foi associada a uma menor frequência de sintomas clínicos neonatais em seus recém-nascidos. Recém-nascidos, que testaram positivo para SARS-CoV-2 apresentaram maior risco de distúrbios respiratórios e a infecção materna mais próxima do parto aumentou a chance de positividade nos recém-nascidos. Lactentes aos 90 dias de vida apresentaram piores indicadores antropométricos e foi possível se detectar anticorpos totais e IgA Anti-SARS-CoV-2 no sangue e leite materno, além do lactente aos 90 dias pós-parto.
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    Estudo da usabilidade de um programa de promoção da saúde baseada em mindfulness para estudantes universitários aplicado de forma remota e síncrona
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-01) Fagundes, Heitor Gottberg [UNIFESP]; D'Almeida, Vania [UNIFESP]; Demarzo, Marcelo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9242996936416312; http://lattes.cnpq.br/7220411418339421; https://lattes.cnpq.br/4077236856466527
    A World Health Organization (WHO) avalia o estado da saúde mental no mundo através de indicadores de ansiedade e depressão. Estima-se que no mundo, 4,4% da população sofra de depressão e 3,6% de distúrbios de ansiedade (WHO, 2017). Considerando indivíduos entre 15 e 44 anos, três das dez maiores causas de incapacidade são distúrbios mentais, e as demais causas estão geralmente relacionadas de alguma forma a estes. (Merikangas, et al., 2009) Jon Kabat-Zinn define mindfulness como “desenvolvimento de um estado de consciência por meio do treinamento de atenção plena, no momento presente, e de uma atitude de não-julgamento ao desdobramento da experiência, monitorando-a momento a momento” (Kabat-Zinn, 2003). Para alunos universitários, um estudo que utilizou uma Intervenção Baseada em Mindfulness (IBM) distribuiu 148 participantes em 3 grupos: (1) IBM com 8 sessões de 2 horas, (2) IBM com 4 sessões de 2 horas e (3) nenhuma intervenção, mostrou que os grupos que receberam as intervenções tiveram resultados positivos em relação aos níveis de ansiedade e depressão (Demarzo, et al., 2017). Além disso, uma área de crescente interesse são as Terapias Aplicadas Remotamente (TAR), que oferecem possibilidades de expansão do acesso ao atendimento terapêutico, mas também existem preocupações sobre esta forma de cuidado (Cook & Doyle, 2004). O tema que pesquisamos nesta tese vem do fato de que a terapia sem a presença física do terapeuta, via internet, exige uma avaliação cuidadosa que deve ser realizada com critérios e metodologia científica e considerando as especificidades da prestação de atendimento à saúde. Notamos que a literatura oferece estudos sobre a usabilidade de diferentes intervenções remotas, mas em raros casos utiliza critérios que levam em conta temas como a compatibilidade da intervenção com o cenário clínico, a presença de ferramentas que facilitam ao usuário se envolver em atividades terapêuticas e o fornecimento de uma via terapêutica para crescimento. O objetivo geral desta tese foi ampliar conhecimento sobre a usabilidade de uma IBM incluindo critérios específicos do setor de saúde. Nós acompanhamos a realização de uma IBM ao longo de 8 semanas em um grupo de 23 estudantes universitários entre 18 e 31 anos, em sessões remotas e síncronas com duração de 1 hora nas quais foram apresentadas e ensinadas práticas formais de Mindfulness e foi oferecida psicoeducação. Utilizamos a metodologia da observação participante aliada ao uso de questionários ao final de cada sessão que nos permitiram avaliar quatro heurísticas. Na heurística de usabilidade, a facilidade de uso aumentou em 8 sessões, atingindo 100% nos últimos 2 encontros. Usar celular resultou em usabilidade igual ou inferior à do computador. Analisamos ainda o impacto na qualidade do sono, sendo que a análise estatística mostrou que 88,9% viram melhoria, mas não podemos afirmar que o dispositivo usado teve efeito nesta melhora. Na heurística de compatibilidade da intervenção com o cenário clínico, mapeamos que os participantes avaliaram a forma de aplicação remota e síncrona que utilizamos como adequada por esta foi a resposta de, no mínimo, 91,8% dos participantes em cada sessão. Quanto à heurística de presença de ferramentas que facilitam ao usuário se envolver nas atividades terapêuticas obtivemos entre 60% e 81% das respostas indicando que as ferramentas oferecidas ajudaram no processo. E na heurística do fornecimento de uma via terapêutica para crescimento questionamos se os participantes acreditavam ser viável a realização da sessão de modo assíncrono e, dependendo do conteúdo do encontro, as respostas positivas variaram entre 40% e 68,8%, as respostas negativas variaram entre 18,2% e 36,8% e as respostas “não sei” entre 18,2% e 25%. Nossa conclusão foi que a abordagem utilizada foi capaz de fornecer uma análise simplificada, porém efetiva e mais direcionada para estudos de aplicação remota de IBMs para a área da saúde e que esta avaliação servirá de referência para profissionais da saúde que pretendam indicar práticas de mindfulness ou desenvolver intervenções à distância como opção terapêutica.