Efeito do transplante de células tronco mesenquimais na lesão renal aguda induzida pela gentamicina ou pelo lps

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Date
2012
Authors
Reis, Luciana Aparecida [UNIFESP]
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Schor, Nestor [UNIFESP]
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Tese de doutorado
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Abstract
A lesao renal aguda (LRA) tem elevada morbi-mortalidade, sendo de fundamental relevancia a busca de meios terapeuticos alternativos que visem minimizar seus danos. Para tanto, a terapia com as celulas-tronco mesenquimais (CTMs) torna-se uma ferramenta interessante no tratamento da LRA. Em nosso estudo buscamos investigar o efeito terapeutico das CTMs ou do meio condicionado (MC) em modelo de nefrotoxidade por gentamicina (G) e LPS. Para o modelo de nefrotoxidade por G, ratas Wistar receberam a G (40mg/Kg de peso) ou agua (CTL) diariamente via i.p. de 10 a 20 dias. Os animais foram transplantados com as CTMs (1X106) ou MC (500 μl) e.v. no 10º dia de tratamento com G que durou 20 dias; outro grupo recebeu as celulas na mesma concentracao 24 horas antes (P-24) ou no 5º dia (P+5) de tratamento com G. Na busca dos mecanismos paracrinos envolvidos, estudamos o MC de CTMs e microvesiculas liberadas (exossomas). As CTMs foram incubadas por 12 horas com RNase (40μg/ml) ou tripsina (TPS) (100μg/ml). Seu MC ou os exossomas (EXOs) (100 μg/ml) extraidos foram administrados aos animais no 10° dia de tratamento com G. Para o protocolo LPS, as ratas receberam LPS (10mg/Kg de peso) ou PBS (CTL) via e.v. juntamente com as CTMs (1X106), MC (500 μl) ou os EXOs (100μg/ml), e.v., em 1 ou 3 doses seguidas, e sacrificadas apos 72 horas do transplante. Em outro grupo do protocolo LPS, as CTMs foram incubadas por 12 horas com as drogas citocalasina B (CITO; 1 μM) ou actinomicina D (ACT; 2,6 μM), os EXOs foram extraidos do MC e administrados em 3 doses. Ao final de cada protocolo, amostras de sangue e urina foram coletadas para analise da creatinina (sCr) ureia (sU) sericas, FENa. Os rins foram extraidos para a analise do HE, KI67, caspase 3, cromossomo Y e citocinas proinflamatorias (IL6, TNF-α, INF-γ) e anti-inflamatoria (IL10). Houve um aumento na sCr, sU, FENa, tubulos proximais lesados, marcacao da caspase 3 e diminuicao do KI67 dos animais que receberam G ou LPS comparados aos respectivos CTL. No grupo prevencao nao foi evidenciada melhora bioquimica em ambos os grupos (P-24 e P+5). O tratamento com as CTMs, MC ou EXOs protegeu os rins do dano toxico pela G ou LPS, houve uma diminuicao nos parametros bioquimicos, menor marcacao da caspase 3 e aumento do KI67. O tratamento do MC ou EXOs com RNase bloqueou este efeito protetor sobre a lesao induzida pela G. O efeito protetor causado pelas CTMs, MC e EXOs foi maximizado quando o numero de aplicacoes foi aumentado. A citocalasina B (CITO) e actinomicina D (ACT) inibiram o efeito protetor dos EXOs sobre a lesao induzida pelo LPS. Portanto, os resultados apresentados suportam a conclusao que as CTMs ou seu MC tem a capacidade de proteger o rim da LRA induzida pela G ou LPS. Esses efeitos foram mediados em parte pelos EXOs produzidos pelas CTMs. Esses resultados fornecem base terapeutica racional para uma potencial ferramenta de tratamento da LRA nefrotoxica. O efeito benefico do MC traz vantagem adicional pelo seu potencial uso, sem a administracao de celulas com seus riscos inerentes.
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São Paulo: [s.n.], 2012. 137 p.
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