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    Evidências de recombinação entre variantes SARS-CoV-2 através da análise de sequencias somente brasileiras
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-21) Bueno, Marcelo [UNIFESP]; Briones, Marcelo Ribeiro da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0018992452321910
    A recombinação viral é um processo genético em que o material genético de duas linhagens diferentes é trocado, levando assim à formação de novas variantes genéticas. Tal ocorrência é mais comum nos vírus de RNA, como o SARS-CoV-2 causador da COVID-19. O processo de recombinação pode ocorrer quando o organismo hospedeiro é infectado por duas variantes diferentes. Durante a replicação, os segmentos de RNA podem ser trocados, resultando em uma combinação de material genético de ambas as cepas, podendo levar à formação de um novo vírus com características genéticas diferentes das cepas parentais originais. Desta forma o que se observa é o fato de que a recombinação viral é uma das causas da rápida evolução dos vírus levando a adquirir novas características, tais como: resistência a medicamentos antivirais; evasão do sistema imunológico; mudanças nas propriedades de transmissão. Vale destacar que, o vírus SARS-CoV-2 vem sofrendo mutações ao longo do tempo, o que levou à formação de novas variantes, sendo a recombinação genética, onde o material genético é trocado entre diferentes cepas do vírus, é um dos mecanismos pelos quais novas variantes podem surgir. Tal Mecanismo inclusive, pode tornar insuficiente a análise evolutiva do SARS-CoV-2 apenas por filogenia, de modo que outras técnicas, tal como PCA, explicam melhor a variação observada nas linhagens virais atuais. Embora a recombinação viral seja um acontecimento comum em vírus de RNA, nem todos os vírus passam por esse processo com a mesma frequência, além disso, nem toda recombinação resultara em variantes viáveis ou que venham a ter um impacto significativo na dinâmica de infecção e ou reinfecção do hospedeiro. Portanto, compreender os eventos de recombinação e rastrear eventos de alterações dos genes auxilia a compreender o comportamento de evolução e infecção deste vírus.
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    O papel das mitocôndrias na regulação do ferro intracelular
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-20) Moreto, Aparecida Joana [UNIFESP]; Antoneli Junior, Fernando Martins [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4503426222486154; https://lattes.cnpq.br/3137823910785751
    As mitocôndrias são organelas eucarióticas semiautônomas de origem bacteriana endossimbiótica que retêm um vestígio de seu genoma ancestral, o DNA mitocondrial (mtDNA). Elas estão envolvidas em inúmeros processos metabólicos, sendo esses, síntese de ATP, manutenção da homeostase do cálcio e ferro, regulação da apoptose, metabolismo de lipídios, síntese de hormônios e vitaminas e grupo heme, produção de calor, participação de processos imunológicos, crescimento celular, produção de radicais livres e estão relacionadas ao processo inevitável de envelhecimento. Sua atividade também é de grande importância na homeostase do ferro. O ferro é um elemento fundamental para muitos processos metabólicos, incluindo transferência de elétrons, transporte de oxigênio e dióxido de carbono e diferenciação celular. O ferro obtido por meio da ingestão, pode ser encontrado em duas formas: heme, proveniente principalmente da degradação da hemoglobina e da mioglobina e produtos de origem animal e não-heme que é derivado de produtos vegetais e animais. Por apresentar uma alta toxicidade, o ferro normalmente é encontrado associado com outros elementos ou proteínas. Além disso, devido a essa toxicidade e sua importância em diversos processos, os mecanismos de absorção, transporte e armazenamento são altamente regulados por diferentes proteínas, tanto de forma sistêmica como celular. Após a absorção e transporte na corrente sanguínea, o ferro no interior de células alvo é transferido para a mitocôndria onde ocorre a síntese de proteínas que necessitam de ferro (grupo heme e aglomerado de Fe-S). Mutações em genes relacionados à homeostase do ferro causam sérios impactos deletério a nível sistêmico nos indivíduos que as possuem.
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    Classificação de exemplos em saúde digital usando a taxonomia da Organização Mundial da Saúde sobre intervenções da área
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-20) Chen, Felipe [UNIFESP]; Pisa, Ivan Torres [UNIFESP]; Tenório, Josceli Maria; Sousa, Fernando Sequeira; http://lattes.cnpq.br/6362966376837352; http://lattes.cnpq.br/4805923388678768; http://lattes.cnpq.br/2841925497526792; http://lattes.cnpq.br/4690314770311309
    Na era digital é crucial que a saúde use as tecnologias de informação e comunicação disponíveis para aprimorar a assistência médica. A definição e estruturação de intervenções em saúde digital são essenciais, considerando o envolvimento de membros do grupo-alvo para garantir aceitação social e impacto efetivo. A Organização Mundial da Saúde, com a criação da Classification of Digital Health Interventions (CDHI), organiza o uso de tecnologias digitais e móveis na saúde. No Brasil, o projeto CDHI.br busca adaptar essa classificação ao contexto nacional usando uma abordagem hierárquica para termos e conceitos. O objetivo deste estudo é mapear uma amostra representativa de pesquisas brasileiras e globais dentro do escopo de intervenções em saúde digital da taxonomia CDHI, enriquecendo a literatura existente e promovendo percepções no campo em crescimento da saúde digital. O estudo é uma revisão sistemática assistida por computador de artigos indexados no PubMed que abordam intervenções de saúde digital e publicados nos últimos 5 anos. Foi usada a taxonomia CDHI como framework para as buscas implementadas em Python. Foi realizada uma análise estatística descritiva dos resultados e seleção de exemplos de intervenções digitais brasileiras e globais para ilustrar os resultados. Foram encontrados 5.935 artigos únicos, sendo 1.194 brasileiros e 4.741 globais, com mais da metade publicados em 2023. Foram realizadas 6.114 classificações segundo a taxonomia CDHI. Exemplos de intervenções digitais para cada categoria CDHI foram descritos. O trabalho categoriza uma amostra da literatura sobre intervenções em saúde digital, destacando sua relevância e adaptabilidade em contextos globais e regionais. Além de enriquecer a literatura existente, oferece fundamentação para futuras pesquisas e desenvolvimentos no setor, em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, e contribui com a iniciativa brasileira CDHI.br
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    Análise exploratória de dados do Censo 2022 sobre a saúde indígena com foco em doenças infecciosas
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-21) Suguimoto, Gustavo Mitsuo [UNIFESP]; Pisa, Ivan Torres [UNIFESP]; Lopes, Luciano Rodrigo [UNIFESP]; Cohrs, Frederico Molina [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5658864413425739; http://lattes.cnpq.br/6635518894771293; http://lattes.cnpq.br/2841925497526792; http://lattes.cnpq.br/3009870653343074
    Dados do Censo de 2022 revelaram um aumento significativo de 88% na população indígena do Brasil ao longo da última década, apresentando desafios substanciais para o Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo, baseado em dados do Censo, SIDRA e DATASUS, teve como objetivo analisar de forma exploratória a saúde indígena, com foco em HIV, malária e tuberculose, considerando diferentes grupos étnicos. Utilizando uma abordagem quantitativa e exploratória, os resultados destacam que a população indígena quase dobrou nos últimos dez anos, com a maioria residindo em áreas não indígenas. Embora representem menos de 1% da população total do Brasil, a incidência de novos casos de tuberculose é semelhante a outras etnias, especialmente na região Centro-Oeste. O estudo sugere desafios relacionados à aderência ao tratamento devido a barreiras culturais e dificuldades de acesso, disparidades técnico-operacionais e subnotificação significativa de doenças entre os indígenas. Essas descobertas ressaltam a importância da Política Nacional de Atenção Especializada em Saúde (PNAES) e destacam questões cruciais para o avanço da saúde indígena no país.
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    Paleovirologia: reconstrução de herpesvírus do período Neolítico por mapeamento genômico.
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-20) Bertolucci, Agda [UNIFESP]; Briones, Marcelo Ribeiro da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0018992452321910; http://lattes.cnpq.br/5692864589142083
    Atualmente existem várias hipóteses para a extinção dos Neandertais, algumas delas sendo contestadas a partir de novas evidências que surgiram e outras que começaram a ser cogitadas com a evolução de técnicas biologia molecular e de bioinformática, entre outras. Uma dessas novas hipóteses é a de que algumas infecções persistentes possam ser a causa da sua extinção. Infecções estas introduzidas com a migração dos humanos anatomicamente modernos (AMH) para as regiões da Europa que antes só eram habitadas por hominídeos da espécie Homo neanderthalensis. Neste trabalho foram feitas análises de bioinformática com as leituras de sequenciamento do projeto do genoma do Homem do Gelo do Tirol, um AMH encontrado em 1991 nos alpes italianos, e com a sequência genômica de referência do herpesvírus, tendo como objetivo reconstruir o genoma desse vírus do período Neolítico. Estudos recentemente realizados mostraram a existência de sequências genômicas desse vírus misturadas com as sequências do Homem de Neandertal, sendo assim, caso também haja nas sequencias do Homem do Gelo, seria mais uma evidencia de que uma infecção poderia ter sido transmitida dos AMH aos Neandertais. Uma vez que não possuiriam defesa imunológica para o novo vírus, poderiam ter sido extintos em decorrência desse contato entre essas duas espécies de hominídeos ancestrais. Claro que outros fatores também poderiam ter contribuído para a extinção, mas uma doença é sempre um forte candidato. A técnica de mapeamento entre duas sequencias genômicas por BBMap demonstrou ser uma alternativa para essa busca e neste trabalho encontrou uma quantidade estatisticamente significativa de leituras que mapearam contra a referência e que mostraram através de testes específicos que não foram resultados aleatórios, demonstrando que há evidencias de que o Homem do gelo do Tirol podia ser portador de uma infecção pelo alfa herpesvírus tipo 1 do período Neolítico.