Índice de performance miocárdica em pacientes com alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo e fração de ejeção normal

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2009-05-27
Autores
Fernandes, José Maria Gonçalves [UNIFESP]
Orientadores
Moisés, Valdir Ambrósio [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introdução: 0 índice de Performance Miocárdica (IPM) ou índice de Tei tem sido utilizado na avaliação da função de ventrículo esquerdo em diversas doenças. A sua utilidade nos pacientes com disfunção diastólica isolada tem sido questionada e ainda não esta definitivamente estabelecida. Objetivo: avaliar a utilidade do IPM em pacientes com hipertensão arterial sistêmica com alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo e fração de ejeção normal. Métodos: Foram consecutivamente selecionados 30 indivíduos saudáveis (14 homens, 40 ± 12 anos) com ecocardiograma normal (grupo I) e 30 pacientes (13 homens, 68 ± 9,6 anos) hipertensos com critérios para disfunção diastólica (grupo II) definidos como: relação E/A < 1,0 e pelo menos outros dois dos seguintes critérios: tempo de desaceleração da onda E (TDE) > 220 ms; velocidade longitudinal miocárdica de enchimento rápido septal (Em) < 8 cm/s e a relação entre Em e a velocidade longitudinal de contração atrial (Am) no anel mitral septal (Em/Am) < 1. Resultados: as grupos não apresentaram diferenças significantes em relação ao sexo (masc./fem.: 14/16 vs. 13/17 ;p:1,0), superfície corpórea (1,75 ± 0,18 m2 vs. 1 ,vs. 1,68± 0,17 m2 ;p:O,17) e fração de ejeção (65 ± 5,2 vs. 66,6 ± 6,2 por cento; p:0,61). No grupo II foram significantemente maiores em relação ao grupo I: frequência cardíaca (66 ± 9,2 vs 72 ± 8,4 bpm; p:0,0083), pressões arteriais sistó1ica (112 ± 15 vs 154 ± 20 mmHg; p<0,0001) e diastólica (67 ± 8,8 vs 82 ± 12 mmHg; p<0,0001), diâmetro do átrio esquerdo (30 ± 2,9 vs. 34,4 ± 3,73 mm; p<0,0029) à custa do aumento do tempo de relaxamento isovolumétrico (103 ± 42 ms vs 82 ± 18 ms; p:O,0001) sem variações significativas no tempo de contração isovolumétrica e no tempo de ejeção. Os melhores preditores do IPM no grupo hipertenso foram a ERP; diâmetro do átrio esquerdo, onda E, relação E/A e as ondas Sm e Em enquanto que na análise multlvariada apenas a ERP e as ondas E e Sm foram preditores independantes do IPM. Utilizando curvas ROC para separar os pacientes com disfunção diastólica dos do grupo-controle, a área sob a curva (ASC) do IPM foi de 0,70 ± 0,07 (IC: 0,56 - 0,83); com um valor de corte ≥ 0,40, os pacientes com disfunção diastólica foram identificados com sensibilidade de 63 por cento (IC95%: 44 por cento -80 por cento) e especificidade de 70 por cento (IC95% por cento: 51 por cento - 85 por cento). Por sua vez, 0 TRIV produziu ASC de 0;76 ± 0;06 (IC: 0,64 a 0,88) e com um valor de corte de 94 ms, os pacientes com disfunção diastólica foram identificados com sensibilidade de 67 por cento e especificidade de 80 por cento. Conclusão: 0 índice de performance miocárdica foi significantemente elevado nos pacientes hipertensos com disfunção diastólica e fração de ejeção normal, porém não foi superior ao TRIV no diagnóstico de alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo.
Descrição
Citação
FERNANDES, José Maria Gonçalves. Índice de performance miocárdica em pacientes com alteração do relaxamento do ventrículo esquerdo e fração de ejeção normal. 2009. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.