Estudo de prevalência sobre o uso de tabaco em idosos vivendo na comunidade e associação com fatores sócio-demográficos e de saúde física e mental

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2006-01-01
Autores
Marinho, Valeska [UNIFESP]
Orientadores
Blay, Sergio Luis [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objective: Evaluate the frequency of smoking in elderly people living in urban areas of Rio Grande do Sul, Brazil. Methods: Cross sectional design. A representative sample of 6961 subjects, randomly selected, aged 60 years-old–and-over, living in community, in urban areas, Brazil, was examined to estimate the frequency of smoking tobacco. All subjects completed in person interview. Smoke use was measured by means of a household questionnaire administered by trained interviewers that inquired about current tobacco use, sociodemographic characteristics, physical and mental health self-rated status. Mental health status was evaluated using the Short Psychiatric Evaluation Schedule. Results: The prevalence of tobacco use was 28,9% among men, 13,6% among women and 18,8% for both sex. The use of tobacco was more frequent in men than in women in a proportion of 3:1. Low income (OR = 1,52), schooling years (illiterate) (OR = 1,35), religion not evangelic (OR = 2,17) and absence of exercise practice (OR = 1,21) presented positive and independent association with tobacco use. Presence of pulmonary disease (OR = 1,93) and mental distress (OR = 1,32) and absence of cardiac disease (OR = 1,51), high blood pressure (OR = 1,51) and diabetes (OR = 1,50) were independently associated with an increased chance of current tobacco use. Increasing age (OR = 0,93) and marital status (married) (OR = 0,66) presented independent and negative association with smoking. Two social characteristics interact: religiosity and race. Non-whites and non - evangelic were 2 fold more likely to be a smoker than the others subjects. Conclusion: Factors associated with increased chance of tobacco smoking were: being men, illiterate, with lower income, presence of respiratory disease and presence of mental disease, absence of cardiac disease, absence of high blood pressure and absence of diabetes. Factors associated with a decreased risk of tobacco smoking were: aging, exercise practice, marital status (married) and religiosity (Evangelist).
Objetivo: Avaliar a prevalência do hábito de usar tabaco em idosos vivendo em áreas urbanas do Rio Grande do Sul, Brasil Método: Em estudo de corte transversal, uma amostra representativa de 6961 indivíduos, selecionados de modo randomizado, com 60 anos ou mais, residentes na comunidade, em áreas urbanas, foram avaliados para estimar a freqüência do hábito de fumar. Todos os participantes completaram entrevista estruturada, aplicada por entrevistador treinado, face-a-face, no próprio domicílio dos sujeitos da pesquisa. A entrevista era composta por questões fechadas e agrupadas em blocos temáticos. Informações relativas ao hábito de fumar, perfil sócio-demográfico, condições de saúde física e mental foram coletadas. Os dados de saúde mental foram avaliados utilizando o Short Psychiatric Evaluation Schedule. Resultados: A prevalência do hábito de fumar foi 28,9% para homens, 13,6% para as mulheres e 18,8% para ambos os sexos. O uso de tabaco foi mais freqüente em homens na proporção de 3:1. Renda baixa (RC = 1,52), escolaridade (analfabetos) (RC = 1,35), religião não evangélica (RC = 2,17), ausência de prática de atividade física (RC = 1,21) foram fatores sócio-demográficos associados de modo independente e positivo com uso de tabaco. A presença de doença pulmonar (RC = 1,93) e morbidade psíquica (RC = 1,32) e ausência de doença cardíaca (RC = 1,51), hipertensão arterial (RC = 1,51) e diabetes (RC = 1,50) estiveram associadas com aumento na chance de uso de tabaco. O aumento na idade (RC = 0,93) e o estado civil (casado) (RC = 0,66) foram fatores associados de modo independente e negativo com uso de tabaco. Duas características sócio-demográficas interagiram: etnia e religião. Sujeitos não brancos e não evangélicos apresentavam chance 2 vezes maior de serem fumantes quando comparados com sujeitos brancos e evangélicos Conclusão: Os fatores associados com aumento na chance de uso de tabaco foram: sexo masculino, analfabetismo, baixa renda, presença de morbidade respiratória e presença de morbidade psíquica, ausência de morbidade cardíaca, ausência de hipertensão e ausência de diabetes. Os fatores associados com redução na chance de uso de tabaco foram o aumento da idade, o estado civil casado, a prática de atividade física e a religião evangélica.
Descrição
Citação
MARINHO, Valeska de Melo. Estudo de prevalência sobre o uso de tabaco em idosos vivendo na comunidade e associação com fatores sócio-demográficos e de saúde física e mental. 2006. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2006.