Baixo peso ao nascer e o prejuízo no reparo endotelial em crianças de 7 a 11 anos: a importância da senescência das células progenitoras endoteliais

Imagem de Miniatura
Data
2022-09-29
Autores
Souza, Paula Regina Pereira de [UNIFESP]
Orientadores
Franco, María do Carmo Pinho [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
O presente estudo avaliou os efeitos do peso ao nascer sobre a capacidade funcional e a senescência de células progenitoras endoteliais (CPEs) circulantes. Para tanto, foram avaliadas 61crianças (32 meninos e 29 meninas) com idade entre 7 e 11 anos. Foram realizadas avaliações antropométricas e aferição dos níveis pressóricos. Além disso, avaliamos a funcionalidade das CPEs pela avaliação das unidades formadoras de colônias (UFC), bem como, a senescência pela atividade da enzima β Galactosidase (SA-β-Gal). Observou-se que o peso ao nascer foi inversamente correlacionado com a PAS (r= - 0,592, P< 0,001), sendo que esta correlação permaneceu significativa mesmo após o ajuste por diferentes fatores de confusão como a prematuridade, sexo, idade e estado nutricional atual (r= - 0,347, P= 0,008). Além disso, o peso ao nascer foi positivamente correlacionado com as UFC (r= 0,597, P< 0,001) e inversamente com a presença de senescência nas CPEs (r= - 0,605, P< 0,001). Por outro lado, as UFC foram inversamente correlacionadas com a PAS (r= - 0,517, P< 0,001), PAD (r= - 0,272, P= 0,034) e a % de senescência (r= - 0,543, P< 0,001). A análise de regressão linear multivariada, revelou que somente a % de senescência (B= - 0,209; EPM= 0.082; P =0,014) foi um fator preditor da capacidade funcional das CPEs em um modelo ajustado por idade, sexo, prematuridade, peso ao nascer e níveis pressóricos. Considerando os resultados encontrados, podemos concluir que as crianças com o peso ao nascer mais baixo apresentavam menor número de UFC associada a elevação na porcentagem de senescência, sugerindo que as crianças com BPN apresentam menor capacidade funcional das CPEs devido a sua maior senescência, prejudicando precocemente as ações de reparo do endotélio vascular.
The present study evaluated the effects of birth weight on the functional capacity and senescence of circulating endothelial progenitor cells (EPCs). For this purpose, 61 children (32 boys and 29 girls) aged between 7 and 11 years were evaluated. Anthropometric assessments and blood pressure measurements were performed. Furthermore, we evaluated the functionality of CPEs by evaluating colony forming units (CFU), as well as senescence by the activity of the enzyme β-Galactosidase (SA-β-Gal). It was observed that birth weight was inversely correlated with SBP (r= - 0.592, P< 0.001), and this correlation remained significant even after adjusting for different confounding factors such as prematurity, sex, age and nutritional status. current (r= - 0.347, P= 0.008). Furthermore, birth weight was positively correlated with CFU (r= 0.597, P< 0.001) and inversely with the presence of senescence in EPCs (r= - 0.605, P< 0.001). On the other hand, CFUs were inversely correlated with SBP (r= - 0.517, P< 0.001), DBP (r= - 0.272, P= 0.034) and % senescence (r= - 0.543, P< 0.001). Multivariate linear regression analysis revealed that only % senescence (B= - 0.209; SEM= 0.082; P = 0.014) was a predictor of the functional capacity of EPCs in a model adjusted for age, sex, prematurity, weight at birth. birth and blood pressure levels. Considering the results found, we can conclude that children with the lowest birth weight had a lower number of CFU associated with an increase in the percentage of senescence, suggesting that children with LBW have a lower functional capacity of EPCs due to their greater senescence, precociously harming vascular endothelium repair actions.
Descrição
Citação