Ações para o controle do câncer de mama entre usuárias da atenção primária em dois municípios da Amazônia ocidental

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Data
2020-03-05
Autores
Silva, Maria Susana Barboza Da [UNIFESP]
Orientadores
Gabrielloni, Maria Cristina [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Objective: Evaluate the implementation of actions for early detection of breast cancer in Primary Health Care (PHC) by users of Basic Health Units (UBS) in two municipalities of Western Amazon. Method: Cross-sectional study. The sample consisted of 736 women from 35 to 69 years old, eligible UBS users. The collection took place in Family Health Strategy UBS from September / 2017 to March 2018, using a structured questionnaire, based on national protocols and guidelines published until 2015 as references. Statistical analysis was performed using the R® Core Team (2018) software, applying Chi-square or Fisher Exact tests, with a significance level of 5%. Results: Among the 736 women, 82.3% lived in the urban area, 40.1% were married, 76.4% of mixed race / brown color, 48.2% were illiterate or had not completed elementary school and 63.9% were from the city. class of. The frequency of breast examination in women at high risk and standard risk was 39.7% and mammography 42%. The adequacy of clinical breast examination reached 21% of women at risk for breast cancer. Proper mammography was performed in 66.7% in high-risk women and 5.8% in standard-risk women. Most women were instructed to have mammography after 40 years, consequently, the prevalence of annual mammographic examination was higher in women from 40 to 49 years. There was greater adequacy in the clinical examination of breasts and mammography in women with standard risk for breast cancer in Cruzeiro do Sul than in Rodrigues Alves, but this is much lower than recommended. Conclusion: In the socio-demographic characterization of the age groups, it was found that low education and income are more frequent in women from 50 to 69 years old than in women from 35 to 39 years old and from 40 to 49 years old, making them more vulnerable. socially. The early detection actions implemented are in disagreement with national recommendations, which may pose a higher risk to women. Given this, it is necessary to create strategies to increase the adherence of health professionals to government proposals, as well as continuous evaluation of actions performed in PHC services.
Objetivo: Avaliar a realização das ações de detecção precoce do câncer de mama na Atenção Primária à Saúde (APS) por meio das usuárias de Unidades Básicas de Saúde(UBS) em dois Municípios da Amazônia Ocidental.Método: Estudo de corte transversal. A amostra foi constituída de 736 mulheres de 35 a 69 anos usuárias das UBS elegíveis. A coleta ocorreu em UBS de Estratégia Saúde da Família de setembro/2017 a março de 2018, utilizou-se um questionário estruturado, baseado em protocolos e diretrizes nacionais publicados até 2015 como referenciais. Para análise estatística utilizou-se o software R® Core Team (2018) aplicando os testes do QuiQuadrado ou Exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Resultados: Dentre as 736 mulheres 82,3% residia na área urbana, 40,1% eram casadas, 76,4% de cor/raça parda, 48,2% analfabetas ou com o fundamental 1 incompleto e 63,9% pertencentes à classe D-E. A frequência na realização do exame clínico das mamas nas mulheres com risco elevado e risco padrão foi de 39,7% e da mamografia 42%. A adequação do exame clínico das mamas atingiu 21% das mulheres com risco para o câncer de mama. A mamografia foi realizada adequadamente em 66,7% nas mulheres com risco elevado e 5,8% nas com risco padrão. A maioria das mulheres foram orientadas a realizar a mamografia após os 40 anos, consequentemente, a prevalência do exame mamográfico anual foi maior nas mulheres de 40 a 49 anos. Houve maior adequação na realização do exame clínico das mamas e da mamografia nas mulheres com risco padrão para o câncer de mama em Cruzeiro do Sul do que em Rodrigues Alves, porém, esta, está muito abaixo do recomendado. Conclusão: Na caracterização sócio demográfica dos estratos etários, verificou-se que a baixa escolaridade e renda é mais frequente nas mulheres de 50 a 69 anos do que nas de 35 a 39 anos e nas de 40 a 49 anos, tornando-as mais vulneráveis socialmente. As ações de detecção precoce implementadas estão em desacordo com as recomendações nacionais, o que pode implicar maior risco às mulheres. Diante disso, torna-se necessário a criação de estratégias para aumentar a adesão dos profissionais de saúde às propostas governamentais, assim como avaliação contínua das ações realizadas nos serviços da APS.
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