Experiências de adultos diagnosticados com diabetes mellitus do tipo 1 que contribuíram para a convivência com a condição: características psico-comportamentais definidas como POWER

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Data
2021-11-05
Autores
Pecoli, Priscila Firmino Gonçalves [UNIFESP]
Orientadores
Dib, Sergio Atala [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
O diabetes tipo 1 impõe o estabelecimento de uma rotina complexa e desafiadora para seus pacientes e cuidadores. Os impactos dessas mudanças têm consequências sociais, comportamentais e emocionais. Considerar as perspectivas das pessoas com diabetes sobre os contribuintes em seu tratamento é crucial para intervenções assertivas. Objetivo: Identificar as experiências de vida de adultos com Diabetes Mellitus do tipo 1 que contribuíram para uma melhor convivência e controle dessa condição metabólica. Método: Este estudo qualitativo utilizou o método biográfico, que consistiu em uma entrevista semiestruturada realizada em profundidade e dividida em duas sessões com cada participante. Resultados: Foram entrevistados 22 participantes com diabetes mellitus do tipo 1 (DM1), com idade (média + DP) 30,2 + 8,7 anos e tempo de diagnóstico do DM1 de 20,6 + 4,6 anos. Doze (54,4%) eram do sexo feminino, 13 (59,1%) usavam bombas de insulina, 14 (63,6%) tinham nível escolar superior e HbA1C de 8,3 + 8,2%. Cinco temas principais emergiram relacionados às experiências que contribuíram para uma vida melhor com o DM1: 1) Aprendizagem entre pares, 2) Propriedade, 3) Acolhimento, 4) Equidade e 5) Ressignificação, que foram definidos como POWER. Este conjunto (POWER) foi identificado em todos (100%) dos participantes com HbA1C<58 mmol/mol (7,5%). Conclusão: Melhores resultados de controle glicêmico, bem como os desafios e lutas enfrentados com o cuidado do diabetes em contextos socioeconômicos semelhantes, podem ser beneficiados através do fornecimento de um conjunto de estratégias de cuidado centrado na pessoa, promovidas por uma equipe de assistência interdisciplinar, que leva o POWER (Aprendizagem entre pares, Propriedade, Acolhimento, Equidade e Ressignificação) em consideração.
Type 1 diabetes imposes the establishment of a complex and challenging routine for its patients and caregivers. The impacts of these changes have social, behavioral, and emotional consequences. Considering the perspectives of people with diabetes about the contributors in their treatment is crucial for assertive interventions. Aim: To identify the life experiences of adults with Type 1 Diabetes Mellitus who contributed to a better living and control of this metabolic condition. Methods: This qualitative study used the biographical method consisting of one semi- structured face-to-face in-depth interview divided into two sessions with each participant. Results: Twenty-two participants with type 1 diabetes mellitus (T1DM) were interviewed, with (mean + SD) 30.2 + 8.7 years old and time since T1DM diagnosis of 20.6 + 4.6 years. Twelve (54.4%) were female, 13 (59.1%) used insulin pumps, 14 (63.6%) had a college degree and HbA1C level of 8.3 + 8.2%. Five main themes emerged related to the experiences that contributed to a better life with T1DM: 1) Peer learning, 2) Ownership, 3) Welcoming experiences, 4) Equality and 5) Reframe the path, which were defined as POWER. This set (POWER) was identified in all (100%) of participants with HbA1C level <58 mmol / mol (7.5%). Conclusions: Better glycemic control results, as well as the challenges and struggles faced with diabetes care in similar socioeconomic contexts, can be benefited from the provision of a set of person-centered care strategies, delivered by an interdisciplinary care team, that takes POWER (Peer learning, Ownership, Welcoming experiences, Equality and Reframe the path) into consideration.
Descrição
Citação
PECOLI, P. F. G. Experiências de adultos diagnosticados com diabetes mellitus do tipo 1 que contribuíram para a convivência com a condição: características psico-comportamentais definidas como POWER. São Paulo, 2021. 76 f. Dissertação (Mestrado em Endocrinologia e Metabologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2021