Greves e fragmentação do movimento sindical nos governos do PT (2003 - 2016)

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Data
2020-06-26
Autores
Sousa, Layla Yumi De
Orientadores
Souza, Davisson Charles Cangussu de
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
A pesquisa teve como objetivo analisar o aparente paradoxo entre a retomada da ação grevista e a fragmentação do movimento sindical nos governos de Lula e de Dilma Rousseff. Nesse sentido, analisamos o perfil das lutas sociais a fim de compreender suas conexões com o movimento da política. A intensificação da participação sindical em espaços de diálogo ao mesmo tempo que representou ganhos ao movimento sindical – possibilitando a recuperação da atividade grevista e a volta do movimento sindical como um dos principais sujeitos dos protestos sociais nos governos petistas – impôs limites ao avanço de suas conquistas. Tal intensificação, resultado da ampla coalizão de classes que deu sustentação política ao governo, apesar de ter mostrado as potencialidades do movimento sindical em conquistar ganhos econômicos, gerou o enfraquecimento da luta sindical pelos direitos sociais, condicionando as possibilidades de avanços da pauta trabalhista. Essa dificuldade do avanço, com as lutas sindicais se restringindo às demandas econômicas, tem como possível explicação a fragmentação das centrais sindicais impulsionada pela Reforma Sindical e também pelas disputas internas de correntes minoritárias da CUT que dificultaram a unificação da luta sindical em torno de uma pauta comum. Com o rompimento da ampla coalização política no governo de Dilma Rousseff, num cenário de queda do crescimento econômico, o movimento sindical intensifica a sua ação grevista com a finalidade de lutar contra a perda de conquistas e atinge o recorde histórico de greves.
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