Psicologia

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    Esquetes de relação e amor sem qualidades. Afetos, efeitos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-08) Leite, Henrique Andrade Furtado [UNIFESP]; Henz, Alexandre de Oliveira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8635317893278680; http://lattes.cnpq.br/2337922209260465; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Esse escrito opera com duas esquetes, algumas análises após cada uma e anotações acerca do plano de produção dos quadros. Um dos efeitos analisados parece ser o desespero por uma identificação, por exemplo a posição de vítima, ghosting, caspering, TDA/H e qualquer resto agonizante das qualidades nas relações amorosas atuais. No contemporâneo parece haver um esfacelamento de certezas, identidades, qualidades, e como reação, uma intensificação no pequeno sistema de fichamento, de identificação fixa e de policiamento mútuo para supostamente garantir alguma estabilidade nos encontros. Na segunda esquete há um outro efeito do esfacelamento de qualidades, de certo cansaço e esgotamento atuais que se dá no encontro de singularidades quaisquer que de todo modo importam, sem o lamento da falta de qualidades, que caducaram, sustentando esgotamento, opacidade, distâncias vivas, solidões sem exílio no amor. Embora cada quadro carregue o desenho mais em uma ou outra perspectiva, as duas esquetes tentam não oferecer prescrições e são pensadas para além de bem e mal, de claro ou escuro, as duas arrastam problemáticas que parecem habitar vidas na atualidade, podendo operar a cada vez e a cada caso, talvez em uma mesma relação, na mistura dos corpos e esquetes da vida.
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    Arrastões sensíveis e políticos entre territórios e artes
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Carillo, Thalita Prado Barbosa [UNIFESP]; Henz, Alexandre de Oliveira [UNIFESP]; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Este escrito é uma exploração, um enredado de vidas, operando com o método cartográfico, e propõe a noção de arrastões sensíveis para tratar de problemáticas presentes no âmbito da vulnerabilidade e potência de viventes que são colocados à margem das cidades, da educação, das artes e ao mesmo tempo são atravessados por experimentações ético-estéticas. Através de narrativas foram expressos episódios em roda de música, encontros com marcas e memórias, fragmentos de filmes, documentários, músicas, escuta ativa de sonhos e diálogos, entre outros. Fragmentos narrativos que expressam pretextos para encontros, experiências de imunidades, alegrias, dores, humilhação, novos territórios e questionamentos com certas artes. Situações em que a cultura é a regra, arte é exceção. Um dos efeitos deste percurso foi acompanhar falas e experiências que se conectam historicamente, no sentido de perpetuar automatismos, o que é imposto, a cultura, entre viventes de diferentes gêneros, classes sociais e idades. E ao mesmo tempo a exceção, encontros de criação, memória, opacidade, resistência com as artes em instalações episódicas do comum na periferia.
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    Atravessando muros, plantando florestas: acesso e permanência indígena nas universidades públicas do Estado de São Paulo
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-07) Moraes, Stephany Santana [UNIFESP]; Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2899447703219719; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Esta pesquisa tem como objetivo analisar o acesso e a permanência da população indígena aos cursos de ensino superior público a partir das experiências da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). As reflexões aqui produzidas buscam elucidar quais os desafios na construção de uma universidade pública, que acolha e, também, seja construída por e para os mais diversos povos indígenas do Brasil. As considerações levantadas neste trabalho passam pelo acesso à universidade e dão enfoque à questão da permanência estudantil indígena; trazendo, principalmente, os desencontros epistemológicos e sócio-políticos como empecilhos na construção de um pertencimento e identificação desses sujeitos como parte das universidades públicas. Este estudo se debruça em alguns elementos que envolvem a chegada dos estudantes indígenas no espaço universitário, como os consequentes processos de desterritorialização, afastamento de suas culturas, assim como o contato com um ensino construído a partir de uma epistemologia colonizadora. Como apontamentos finais, fica evidente que há uma escassez na existência de políticas e ações que permitam a existência plena de pessoas indígenas no ensino superior. Mais que isso, demonstra-se necessário pensarmos não somente na inclusão desses sujeitos nos espaços universitários, mas na construção de um outro modo de viver a cultura acadêmica e a produção do conhecimento científico que contemple os saberes dos demais povos.
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    Saúde mental relacionada ao trabalho de orientador educacional: reflexões a partir da participação no projeto de extensão “educação, saúde e direitos humanos”
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-20) Rocha, Henrique Rasquel [UNIFESP]; Lima, Laura Câmara [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6277780648747957; http://lattes.cnpq.br/6305332995593118; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    A Psicodinâmica do Trabalho (PDT), segundo Christophe Dejours, define trabalho como uma atividade que envolve esforço físico e mental, engajamento do corpo e da inteligência, e que é moldado por fatores organizacionais e sociais. O trabalho é visto como uma lacuna entre o prescrito e o real, onde o sujeito mobiliza suas habilidades e subjetividades para enfrentar desafios e atingir objetivos - esse processo pode gerar tanto prazer quanto sofrimento, influenciando diretamente a saúde mental dos trabalhadores. A Orientação Educacional é fundamental no ambiente escolar, promovendo a integração entre estudantes, famílias e professores, e focando na saúde, proteção de direitos e desenvolvimento dos educandos. O presente trabalho tem como objetivo analisar e refletir, por meio da PDT, sobre aspectos relativos à organização do trabalho que rodeiam a saúde mental relacionada ao trabalho desse grupo de Orientadoras Educacionais da rede municipal de Santos reunidos pela ação colaborativa entre SEDUC-Santos e UNIFESP BS-ISS, o Projeto ‘Educação, Saúde e Direitos Humanos’. A hipótese da pesquisa é de que este sofrimento gera um sentimento de impotência perante às situações que lhes colocam de frente com problemáticas que podem fugir ao seu domínio de competência pedagógica, como saúde mental infantil, política de direitos, entre outras. Sendo assim, as 16 oficinas (teóricas, práticas, teórico-práticas e em rede) do curso parecem ricas fontes de narrativas para ligar a prática com reflexões relativas à PDT. Este estudo exploratório baseou-se em observação participante e análise de dados do projeto, sem coleta de dados específica, mas utilizando anotações e discussões para análise crítica. A discussão permeia reflexões sobre a organização do trabalho, a lacuna Prescrito x Real, o papel social da escola/educação no contexto de territorialização e articulação em rede, o sofrimento patologizante, as defesas engendradas, as motivações e a coletivização no trabalho educacional.Resultados indicam a necessidade de estratégias específicas para a promoção da saúde mental e dispositivos de cuidado no âmbito escolar profissional, o que parece ter tido certo efeito justamente pela ação coletivizada do projeto, que possibilitou contato entre esses pares que cotidianamente trabalham em certa solidão. As conclusões podem sugerir direções para pesquisas futuras, enfatizando as lacunas existentes na literatura específica sobre esta profissão vital.
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    Cetamina e o Tratamento De Transtorno De Estresse Pós-Traumático: Uma Revisão
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-01) Montel, Isabela Rodriguez [UNIFESP]; Viana, Milena de Barros [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3053794724319601; http://lattes.cnpq.br/1039700115199772; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um transtorno neuropsiquiátrico que pode se instaurar a partir da exposição a eventos traumáticos extremos como guerra, desastres naturais, agressão sexual e acidentes graves. Os sintomas do TEPT podem se manifestar de diversas formas e geralmente incluem reexperiências intrusivas do evento traumático (flashbacks, pesadelos), evitação de situações que lembrem o trauma, alterações no humor e no pensamento, hipervigilância e reações de sobressalto exageradas. Na população geral, o TEPT apresenta variação de prevalência que se situa entre 1% e 14%. Estas taxas podem ser consideravelmente maiores quando analisamos indivíduos que exercem profissões de risco, como policiais, bombeiros e socorristas. Atualmente os medicamentos de primeira linha utilizados no tratamento do TEPT são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Apesar do bom desempenho em aliviar os sintomas do quadro clínico, estes medicamentos acabam por gerar efeitos adversos residuais. Além disso, um número significativo de pacientes não responde ao tratamento com as diferentes classes de medicamentos existentes. O objetivo desta revisão bibliográfica foi realizar um levantamento da literatura a fim de verificar os possíveis benefícios do tratamento do TEPT com a cetamina, um anestésico dissociativo, antagonista de receptores glutamatérgicos do tipo N-Metil-D-Aspartato (NMDA). A cetamina tem sido apresentada como uma alternativa para o tratamento de quadros depressivos e seus mecanismos de ação se mostram promissores para agir na etiologia do TEPT, além de acarretarem possivelmente menos efeitos adversos. Para investigar a possível eficácia da droga, foi feito um levantamento dos estudos clínicos e experimentais publicados nas bases de dados PUBMED e Google Acadêmico, ao longo dos últimos dez anos (2013-2023), utilizando o cruzamento dos termos “ketamine and post traumatic stress”, “PTSD and ketamine”. 16 artigos foram selecionados e analisados. Os resultados obtidos sugerem que a cetamina apresenta potencial promissor para o tratamento do TEPT, reduzindo efetivamente os sintomas do quadro clínico, em particular quando infusões repetidas foram combinadas à psicoterapia. A cetamina também foi bem tolerada pela maioria dos participantes dos estudos, apesar das preocupações associadas aos seus efeitos psicomiméticos.