Influência de um programa de exercício físico resistido em camundongos fêmea com doença de Alzheimer

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2019-01-17
Autores
Silva, Eduardo Alves Da [UNIFESP]
Orientadores
Arida, Ricardo Mario [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Alzheimer's disease is a neurodegenerative disease that primarily affects functions related to memory and cognition. The prevalence of the disease is higher in women than in men. The major brain regions affected during the course of AD are the hippocampus and the prefrontal cortex due to the deposition of beta-amyloid plaques (βA) and neurofibrillary tangles of hyperphosphorylated Tau protein. Considering cognitive deficits and the absence of an effective treatment for AD, physical activity has emerged as an alternative of complementary treatment to prevent or delay the progression of the disease. Although several studies with humans and animals show that aerobic exercise promotes important changes in the brain, the impact of resistive physical exercise on AD is not well understood. Objective: To verify the behavioral and morphological changes induced by physical resistance exercise in transgenic female mice for AD. Methodology: Female mice APPSWE/PS1dE9, amyloidogenic model and their respective wild Alzheimer negative, were distributed into 4 groups: Naive/Control and DA/Control (without training) and Naive/Exercise and DA/Exercise (submitted to resistance training protocol - climbing on ladder with weights) for four weeks. Locomotor and exploratory activity was analyzed by the open field test. The anxious type behavior was performed by the high cross maze test. Long-term memory (LTM) was evaluated by the object recognition test. The visualization of the deposition of βA plaques in the cortex and hippocampus was performed by the immunohistochemistry technique. Results: Resisted physical training progressively increased strength (p <0.01) and locomotor activity (p = 0.01) in Naive/Exercise and AD/Exercise groups. There was no difference in anxiety type behavior between the groups. The cognitive impairment (LTM) observed in Alzheimer's animals was reversed by the resisted physical exercise program (p <0.01). A significant reduction of βA plaques was observed in the motor cortex (p = 0.003) and in the dorsal hippocampus (p = 0.028) of animals with AD / exercise. Conclusions: The resistance training program was able to improve cognitive performance and to decrease the number of βA plaques in the hippocampus and in the cortex of mice with AD.
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente funções relacionadas à memória e cognição. A prevalência da doença é maior em mulheres do que em homens. As principais regiões comprometidas na DA são o hipocampo e o córtex pré-frontal, devido à deposição de placas beta-amilóide (βA) e de emaranhados neurofibrilares de proteína Tau hiperfosforilada. Considerando os déficits cognitivos e a ausência de um tratamento eficaz para a DA, a atividade física tem emergido como uma alternativa de tratamento complementar para prevenir ou retardar a progressão da doença. Apesar de vários estudos com humanos e animais mostrarem que o exercício aeróbio promove importantes alterações no cérebro, o impacto do exercício físico resistido na DA não está bem esclarecido. Objetivo: Verificar as alterações comportamentais e morfológicas induzidas pelo exercício físico resistido em camundongos fêmea transgênicos para a DA. Material e Métodos: Foram utilizados camundongos fêmea APPSWE/PS1dE9, modelo amiloidogênico e seus respectivos selvagens Alzheimer negativos, distribuídos em 4 grupos: Naive/Controle e DA/Controle (sem treinamento) e Naive/Exercício e DA/Exercício (submetidos a protocolo de treinamento resistido - escalada em escada com uso de pesos) por quatro semanas. A atividade locomotora e exploratória foi analisada pelo teste de campo aberto. O comportamento do tipo ansioso foi realizado pelo o teste de labirinto em cruz elevado. A memória de longo prazo (LTM) foi avaliada pelo teste de reconhecimento de objetos. A visualização da deposição de placas βA no córtex e hipocampo foi realizada pela técnica de imuno-histoquímica. Resultados: O treinamento físico resistido aumentou progressivamente a força (p< 0,01) e a atividade locomotora (p = 0,01) nos grupos Naive/Exercício e DA/Exercício. Não houve diferença no comportamento do tipo ansioso entre os grupos. O prejuízo cognitivo (LTM) observado nos animais com Alzheimer foi revertido pelo programa de exercício físico resistido (p< 0,01). Uma redução significativa de placas βA foi observada no córtex motor (p=0,003) e no hipocampo dorsal (p=0,028) dos animais com DA/exercício. Conclusões: O programa de treinamento de resistido foi capaz de melhorar o desempenho cognitivo e de diminuir o número de placas βA no hipocampo e no córtex de camundongos com DA.
Descrição
Citação
SILVA, Eduardo Alves da. Influência de um programa de exercício físico resistido em camundongos fêmea com doença de Alzheimer 2019. 55f. Dissertação (Mestrado em Neurologia/ Neurociências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.