Complicações cirúrgicas associadas à Pieloureterostomia término-terminal com ligadura proximal do ureter nativo no transplante renal

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Data
2019-06-05
Autores
Marinho Neto, Hernani De Oliveira [UNIFESP]
Orientadores
Aguiar, Wilson Ferreira [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: Pyeloureterostomy is not the preferred surgical technique during kidney transplantation and the need for concomitant ipsilateral nephrectomy is matter of concern. This retrospective analysis investigates the safety of the primary (P-PU) and secondary pyeloureterostomy (usually used to treat ureteroneocystostomy urinary leakage (UL-PU) or stenosis (US-PU)), without concomitant ipsilateral nephrectomy. Methods: From a cohort of 4215 kidney transplants performed from February 2010 to December 2014 we identified 495 where pyeloureterostomies with ligation of the native ureter but without nephrectomy were performed. Mean follow up time after transplantation was 33,8 months. Results: Transplanted patients mean age was 48.7 years and mean time on dialysis was 73.4 months. Chronic kidney disease was secondary to diabetes mellitus in 11.7%, autosomal dominant polycystic kidney disease (ADPKD) in 6% and neurogenic bladder in 2%. Of the 495 patients, 409 were P-PU, 76 UL-PU and 10 US-PU. The incidence of native ipsilateral complication requiring nephrectomy was 2% (n=10). ). Of 5 patients that had lumbar pain, 4 had ADPKD and one had hydronephrosis. Another 5 patients presented with fever, 3 had neurogenic bladder, and 4 were diagnosed with pyonephrosis. There were two graft losses and one death. Conclusion: This cohort analysis suggests that pyeloureterostomy with ligation of the native ureter without native nephrectomy is safe with low rate of ipsilateral nephrectomy. Caution and awareness are advised in patients with ADPKD and mainly in neurogenic and augmented bladders.
Pieloureterostomia não é a técnica preferida de reconstrução do trato urinário durante o transplante renal, sendo a necessidade de realização da nefrectomia do rim nativo um motivo de preocupação. Esta análise retrospectiva avalia a segurança na realização de pieloureterostomia primária (no momento do transplante) (PU-P) ou secundária tratamento de fistula ureteral (PU-FU) ou da estenose de ureter (PU-EU) sem realização concomitante de nefrectomia. Métodos: Coorte retrospectiva de 495 pieloureterostomias sem nefrectomia do rim nativo (dentre 4215 tranplantes renais realizados) realizadas durante o transplante renal ou para correção de complicações urológicas realizados entre Fevereiro de 2010 e Dezembro de 2014, período no qual foram reeliazdos . O seguimento médio foi de 33,8 meses (mínimo 7 meses; máximo 67 meses). Resultados: A idade média dos pacientes foi 48,7 anos e o tempo médio em diálise foi de 73,4 meses. A etiologia da doença renal crônica foi diabetes mellitus em 11,7 %, doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) em 6 % e bexiga neurogênica em 2 %. Destes 495 pacientes , 409 foram PU-P, 76 PU-FU e 10 PU-EU. A incidência de nefrectomia do rim nativo foi 2 % (n=10). Destas nefrectomias, 5 (50%) apresentaram dor lombar como indicação do procedimento, sendo que 4 (80%) deste subgrupo tinham DRPAD e 1 (20%) hidronefrose. Outros 5 (50%) pacientes nefrectomizados apresentaram febre como indicação da nefrectomia, sendo que 3 (60%) tinham bexiga neurogênica ampliada e 4 (80%) tiveram confirmação histológica da pionefrose. Ocorreram 2 (0,4%) perdas do enxerto e 1 (0,2%) óbito. Conclusão: Sugerimos através da análise desta coorte que a pieloureterostomia com ligadura do ureter proximal sem realização de nefrectomia do rim nativo é segura, com baixa incidência de necessidade de nefrectomia ipsilateral. Atenção especial deve ser dada à pacientes com DRPAD e bexiga ampliada.
Descrição
Citação
MARINHO NETO, Hernani de Oliveira. Complicações cirúrgicas associadas à pieloureterostomia término-terminal com ligadura proximal do ureter nativo no transplante renal 2019.32f. Dissertação (Mestrado em Urologia) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, 2019.