Efeitos da ventilação não invasiva nas respostas fisiológicas e sensoriais ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca associada à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

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Data
2019-11-28
Autores
Souza, Aline Soares De [UNIFESP]
Orientadores
Serafini, Jose Alberto Neder [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Aims: To analyze the effects of NIV on the physiological, sensorial and effort tolerance responses in patients with HF and HF associated with COPD. Methods: Incremental cardiopulmonary testing was performed in 19 patients (9 with coexisting COPD but with similar low left ventricular ejection fraction) were submitted to a constant loading protocol with different intensities (20%, 40%, 60% and 80% Wpeak) with serial measures of inspiratory capacity (CI). The last W/peak intensity was maintained up to the limit of effort tolerance (Tlim). Patients received Sham or NIV (bi-level) ventilation that was adjusted according to individual comfort. Results: Tlim increased with NIV in relation to Sham ventilation only in HF+COPD (P <0.05). NIV provided higher tidal volume and lower respiratory rate, shorter duty cycle with longer expiratory time, and higher mean inspiratory flow in both groups (P <0.05), despite the absence of changes in minute ventilation. It is important to emphasize that NIV improved IC (by ~ 0.5 l) across all exercise intensities only in HF+COPD. Assuming constant total lung capacity, NIV reduced operant lung volumes, thus decreasing inspiratory constraints. These beneficial consequences of NIV were associated with lower dyspnea Borg scores at the 80% peak and at the end of the exercise (p <0.05). Conclusion: NIV resulted in lower operative lung volumes and lower dyspnea. Tlim was higher even under high ventilatory stress, therefore, there was a better "quality" in the ventilatory responses during exercise only in the IC+COPD patients.
Objetivos: Analisar os efeitos da ventilação não invasiva (VNI) nas respostas fisiológicas, sensoriais e na tolerância ao esforço em pacientes com IC e IC associada à DPOC. Métodos: Foi realizado teste de exercício cardiopulmonar incremental em 19 pacientes com IC (9 com DPOC coexistente, mas com fração de ejeção ventricular esquerda similarmente baixa) e foram submetidos a um protocolo de carga constante com diferentes intensidades (20%, 40%, 60% e 80% Wpico) com medidas seriadas de capacidade inspiratória (CI). A última intensidade de Wpico foi mantida até o limite de tolerância ao esforço (Tlim). Os pacientes receberam ventilação Sham ou VNI (bi-level) que foi ajustada de acordo com conforto individual. Resultados: O Tlim aumentou com a VNI em relação à ventilação Sham apenas no grupo IC+DPOC (P<0,05). A VNI proporcionou maior volume corrente e menor frequência respiratória, menor ciclo de trabalho com maior tempo expiratório e maior fluxo inspiratório médio nos dois grupos (P<0,05), apesar da ausência de alterações na ventilação minuto. É importante ressaltar que a VNI melhorou a CI (em 0,5L) em todas as intensidades de exercício apenas nos pacientes com IC+DPOC. Assumindo capacidade pulmonar total constante, a VNI diminuiu os volumes pulmonares operantes, diminuindo assim as restrições inspiratórias. Essas consequências benéficas da VNI foram associadas a menores escores de Borg de dispneia no pico de 80% e ao término do exercício (P<0,05). Conclusão: A VNI resultou em menores volumes pulmonares operantes e menor dispneia. O Tlim foi maior mesmo sob alto estresse ventilatório, portanto, houve melhor “qualidade” nas respostas ventilatórias durante o exercício apenas nos pacientes com IC associada à DPOC.
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