Efeitos neurobiológicos do tratamento com sakuranetina em camundongos.

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Data
2019-09-27
Autores
Silva, Wilson Vicente Da [UNIFESP]
Orientadores
Ribeiro, Alessandra Mussi [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
It is recognized that extracts and substances obtained from natural products, such as plants and animal venom, can contribute to the development of model drugs. The use of medicinal plants for the treatment of various is the oldest and most traditional form of therapeutic model in different civilizations. Brazil has a vast plant biodiversity, resulting in a wide heterogeneity of bioactive chemicals that can be isolated and used for medicinal purposes. Many molecules isolated from plant extracts can have pharmacological effects on different biological tissues, such as antioxidant and neuroprotective action on nervous tissue. In this context, sakuranetin (SAK) is a plant-isolated flavonoid, and previous studies have shown that this compound has antiparasitic, anti-inflammatory and antioxidant activity. Thus, the aim of the present study was to investigate the potential anxiolytic and anticonvulsant effects of acute administration of SAK in mice. For this study male Swiss mice (3 months) were used. For the analysis of the effects of SAK administration, the animals received intracerebroventricular (i.c.v.) administration of SAK at 1, 10 or 20 mg/kg (SAK1, SAK10 or SAK20, respectively) doses and the behavior was evaluated in the open field test (CA, 20 min), and immediately after the animals were submitted to the elevated plus-maze test (LCE, 5 min). Anticonvulsant effect was evaluated, thus SAK (1 or 10 mg / kg, i.c.v.) was previously administered in mice and after 30 min was injected with bicuculline (BIC, 1 mg/kg). Our main results showed that animals treated with SAK1 and SAK10 traveled a greater distance and higher speed (p < 0.05). In addition, SAK10-treated animals increased the entries frequency in enclosed arms compared with control animals (p < 0.05). SAK10-treated animals increased latency for first seizure (p < 0.05), survival percentage (p < 0.05) and percentage of time between time to first seizure and death (p < 0.05). Taken together, these results suggest that acute treatment with low dose SAK promotes hyperlocomotion (1 mg/kg), and high dose (20 mg/kg) induces anxiogenic effect in animals. Furthermore, intermediate dose (10 mg/kg) induces anxiety-like and hyperlocomotor behavior in animals, but there is anticonvulsant effect. Our next steps involve performing immunohistochemistry analysis to understand what brain areas are active during these behaviors and after investigate action mechanism involved in anticonvulsant effect.
É reconhecido que extratos e substâncias obtidas a partir de produtos naturais, como plantas e venenos de animais, podem contribuir para o desenvolvimento de drogas-modelos. O uso de plantas medicinais para o tratamento de diversas doenças em diferentes populações é a forma mais antiga e tradicional de modelo terapêutico. O Brasil possui uma vasta biodiversidade de plantas, o que resulta em uma ampla heterogeneidade de substâncias químicas bioativas que podem ser isoladas e utilizadas para fins medicinais. Muitas das moléculas isoladas de extratos de plantas podem apresentar efeitos farmacológicos sobre diferentes tecidos biológicos, como por exemplo, ação antioxidante e neuroprotetora no tecido nervoso. Neste contexto, a sakuranetina (SAK) é um flavonoide isolado de plantas, e alguns estudos prévios têm demonstrado que esta substância apresenta atividade antiparasitária, anti-inflamatória e antioxidante. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar o potencial efeito ansiolítico e anticonvulsivante da administração aguda de SAK em camundongos. Para este estudo foram utilizados camundongos Swiss machos (3 meses). Para a análise dos efeitos da administração de SAK, os animais receberam a administração intracerebroventricular (i.c.v.) de SAK nas doses 1, 10 ou 20 mg/kg (SAK1, SAK10 ou SAK20), sendo o comportamento geral avaliado no teste de campo aberto (CA, 20 min), e imediatamente após os animais foram submetidos ao teste do labirinto em cruz elevado (LCE, 5 min). Para a avaliação do potencial anticonvulsivante a SAK (1 ou 10 mg/kg, i.c.v.) foi administrada previamente nos camundongos e após 30 min foi microinjetada bicuculina (BIC, 1 mg/kg). Nossos principais resultados mostram que os animais tratados com SAK1 e SAK10 percorreram uma maior distância e em uma maior velocidade (p < 0,05), e animais do grupo SAK10 aumentaram a frequência de entradas nos braços fechados do LCE quando comparados aos animais do grupo controle (p < 0,05). O tratamento com SAK10 aumentou a latência para a primeira convulsão (p < 0,05), a porcentagem de sobrevivência (p < 0,05) e porcentagem de tempo entre a primeira convulsão e a morte (p < 0,05). Em conjunto esses resultados sugerem que o tratamento agudo com baixa dose de SAK promove hiperlocomoção (1 mg/kg) nos animais. Em adição, a dose mais alta de SAK (20 mg/kg) promoveu um efeito ansiogênico, enquanto a dose intermediária (10 mg/kg) induziu um efeito ansiogênico e hiperlocomotor nos animais, mas com um potencial anticonvulsivante. Nossos próximos passos envolvem realizar as análises de imunoistoquímica para entender quais áreas encefálicas estão ativas durante esses comportamentos e posteriormente investigar o(s) possível(is) mecanismo(s) de ação envolvido(s) nesses efeitos.
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