Análise dos níveis de microalbuminúria e da resposta inflamatória em pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2018
Autores
Ramos, Frederico Antonio Pereira [UNIFESP]
Orientadores
Jardim, Jose Roberto De Brito [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Obstructive Sleep Apnea Syndrome (OSAS) is characterized by increased respiratory effort, with consequent hypoxia, chronic sympathetic hyperactivity, oxidative stress, inflammation and endothelial damage. It is characterized by being a chronic inflammatory state that increases the risk of cardiovascular complications. The aim of this study was to evaluate the levels of microalbuminuria and the inflammatory response in patients with OSAS. It is a cross-sectional study with 65 adult subjects, 35 with OSAS and 30 controls. The group of patients with OSAS was divided into two groups: 24 non-severe PAH (Apnea-hypopnea index - AHI <30/hour) and 9 severe PAH (AHI> 30/hour). Peripheral blood and urine from patients and controls were collected. Serum and urinary concentrations of IL-2, IL-4, IL-6, IL-17A, IFN-γ, TNF-α and IL-10 were detected by Cytometric Bead Array. The activity of Angiotensin converting enzyme (ACE), Renin and ACE2 in serum was determined by spectrofluorimetrically. Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests were used for analysis of medians between two and three or more groups, respectively. Receiver Operating Characteristic (ROC) curve analysis was performed to determine the best accuracy of each cytokine and the severity of OSAS. It was considered significant p <0.05. In serum cytokine analysis, elevated levels of IL17A and IL6 were observed in patients with severe and non-severe OSAS when compared to controls (p <0.0001), in the OSAS group with C-reactive protein (CRP) ≥ 3mg/L when compared to the <3mg/L group (p <0.05). Elevated serum levels of IL6 in patients with indices of desaturation (ID) ≥ 16 when compared to the ID <16 group (p = 0.02). It was observed statistical difference in the urinary TNF levels between severe and non-severe SAOS groups (p = 0.01) and severe OSAS and controls (p = 0.0004). It was statistical difference in the urinary IL10 levels between patients OSAS and controls (p = 0.005). Patients with severe OSAS presented elevated urinary IL17A levels when compared to non-severe (p = 0.0008) and controls (p <0.0001), and elevated IL17A levels in the non-severe group when compared to controls (p = 0.003) . Patients with OSAS had high urinary IFN-γ levels when compared to controls (p <0.0001). In the analysis of urine cytokines by ID, elevated levels of IL-6 (p = 0.009), TNF-α(p = 0.005), IL-10 (p = 0.003), IL- (P = 0.001) and IL-4 (p = 0.01) in the ID ≥ 16 when compared to the group with ID <16. High urinary levels of IL6 (p = 0.001), IL-10 (p = 0.008), IL-12 (p = 0.01), IL-17A (p = 0.0002) , IFN-γ (p = 0.0009) and IL-4 (p = 0.01) in OSAS patients with CRP <3mg/L when compared to the group with CRP ≥ 3mg/L. In the analysis of serum levels of Creactive protein, the OSAS patients presented high levels of CRP when compared to controls (p = 0.02). The albumin/creatinine urinary ratio was elevated (7.1 mg / g, 5.2-9.1) in the patients compared to the controls (4.0 mg / g, 3-5.8, p = 0.001). Patients with severe OSAS have reduced levels of Z-Phe and HHL when compared to nonsevere and control groups. Regarding serum ACE2 levels, there was no significant difference between the groups. Renin serum levels were elevated in severe OSAS when compared to non-severe and control groups (p <0.0001). It is concluded that OSAS has a Th1 and Th17 immune response profile, and that the inflammatory process can cause endothelial lesion and hyperactivity of the RAS, with possible stimulus to the counterregulatory action by ECA2.
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada por aumento do esforço respiratório, com consequentes hipóxia, hiperatividade simpática crônica, estresse oxidativo, inflamação e lesão endotelial. Caracteriza-se por ser um estado inflamatório crônico que eleva o risco de complicações cardiovasculares. OBJETIVOS: avaliar os níveis de microalbuminúria e da resposta inflamatória em pacientes com síndrome da apneia obstrutiva do sono. MATERIAL E MÉTODOS: estudo de corte transversal com 65 indivíduos adultos, sendo 35 com SAOS e 30 controles. O grupo de pacientes com SAOS foi distribuídos em dois grupos: 24 nãograves (Índice apneia-hipopneia IAH < 30/hora) e 9 graves (IAH > 30/hora). Foi realizada coleta de sangue periférico e de urina dos pacientes e controles. As concentrações séricas e urinárias de IL2, IL-4, IL-6, IL-17A, IFN-γ, TNF-α e IL-10 foram detectadas pela técnica de Cytometric Bead Array por citometria de fluxo. A atividade de enzima conversora da angiotensina (ECA), renina e enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2) foi determinada no soro por espectrofluorimetria. Testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis foram usados para análise de medianas entre dois e de três ou mais grupos, respectivamente. Foi realizada análise de curva Receiver Operating Characteristic (ROC) para determinar o melhor valor de acurácia de cada citocina e a gravidade da SAOS. Foi considerado significante p<0.05. RESULTADOS: Na análise de citocinas no soro, verificou-se níveis elevados de IL17A e IL6 nos pacientes com SAOS graves e não graves em relação aos controles (p< 0,0001) e no grupo SAOS com proteína C reativa (PCR) ≥ 3mg/L quando comparado ao grupo <3mg/L (p<0.05). Níveis séricos de IL6 eram mais elevados nos pacientes com índices de dessaturação (ID) ≥ 16/hora quando comparado ao grupo com ID < 16 (p=0,02). Com relação ao TNFα, notou-se os níveis urinários mais elevados comparando graves e não graves (p=0,01) e graves com controles (p=0,0004). Com relação à IL-10, houve diferença estatística apenas quando comparados os níveis urinários entre pacientes graves e controles (p=0,005). Os pacientes com SAOS grave apresentaram níveis urinários elevados de IL17A quando comparado a não graves (p= 0,0008) e controles (p<0,0001), e valores mais elevados de IL17A no grupo não grave quando comparado ao controle (p= 0,003). Os pacientes com SAOS apresentam níveis urinários elevados de IFN-γ quando comparados aos dos controles (p<0,0001). Na análise de citocinas na urina por ID, verificou-se níveis elevados de IL-6 (p=0,009), TNF-α(p=0,005), IL-10 (p=0,003), IL-2 (p=0,01), IL-17A (p=0,002) IFN-γ (p=0,006) e de IL-4 (p=0,01) nos pacientes ID ≥ 16 quando comparado ao grupo com ID < 16. Com relação a PCR, foi observado níveis urinários elevados de IL-6 (p=0,02), TNF-α(p=0,007), IL-10 (p=0,008), IL-12 (p=0,01), IL-17A (p=0,0002), IFN-γ (p=0,0009) e IL-4 (p=0,01) nos pacientes com PCR < 3mg/L quando comparado ao grupo com PCR ≥ 3mg/L. Na análise dos níveis séricos de proteína C reativa, os pacientes apresentaram níveis elevados de PCR quando comparado aos controles (p=0.02). A relação albumina/creatinina urinária foi elevada (7,1mg/g; 5,2-9,1) nos pacientes quando comparados aos controles (4,0mg/g, 3-5,8; p=0,001). Os pacientes com SAOS grave apresentam níveis reduzidos de Z-Phe e HHL, quando comparados aos grupos não grave e controles. Com relação aos níveis de ECA2 no soro, não houve diferença significativa entre os grupos. Os níveis séricos de Renina foram elevados na SAOS grave quando comparado aos grupos não graves e controles (p< 0,0001). CONCLUSÕES: a SAOS tem um perfil de resposta imune do tipo Th1 e Th17, há maiores níveis urinários de IL17A, e o processo inflamatório pode causar lesão endotelial e hiperatividade do SRA, com possível estímulo à ação contrarreguladora da ECA2.
Descrição
Citação