Irradiação incidental de linfonodos axilares na radioterapia adjuvante para câncer de mama
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Data
2015-07-15
Autores
Medeiros, Licia Moreira [UNIFESP]
Orientadores
Segreto, Helena Regina Comodo Segreto [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Objective: To evaluate the percentage of axillary levels I and II lymph nodes that received dose of 45 Gy during adjuvant radiotherapy in breast with three-dimensional conformal technique (3D-CRT) and correlate it with anatomical and planning variables. Methods: Retrospective study of 51 patients diagnosed with breast cancer who received adjuvant radiotherapy in megavoltage (MV AL 6) in the breast or breast bed in 3D-CRT technique with dose of 50.4 Gy in fractions of 1.8 Gy followed or not by boost in tumor bed with 10 Gy in 2 Gy fractions in São Paulo Hospital from January 2008 to July 2013. The axillary I and II levels were cotourned in the planning tomography with Eclipse software (Varian, Palo Alto) according breast cancer atlas of Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Reviewed the volume of each axilla that received dose of 45 Gy (V45) using the dose volume histogram (DVH). This was correlated with the surgery performed (mastectomy or quadrantectomy), volume equivalent to the treated breast Clinical Target Volume (CTV), axilla volume, anteroposterior diameter (DAP) and latero lateral (DLL) of the chest, body mass index (BMI), gantry angulation, the distance between the input and output (DES) of the radiation beam in the chest of the patient and positioning of patient (slope of the ramp, height and angle of the arm). The boost was disregarded in the assessment of the axilla V45. The data were subjected to statistical analysis using Pearson correlation for numerical variables and the Mann-Whitney test for categorical variables. Established the significance level of p <0.05. Results: The mean age of patients was 56 years. Invasive breast carcinoma of no special type was the most prevalent histological type (70%), as well as clustered stage IA (39%). Nine patients underwent modified radical mastectomy and 42 quadrantectomy. The CTV volume ranged from 166.42 to 1228.3 cm³, level I axillary 15.23 to 91.4 cm³ and level II of 8.34 to 34.65 cm³. The averaged V45 of the axilla I was 44% (0 to 97.2%) and 17.7% for the level II (0 - 93.6%). The variables that showed significant correlation with axillary level I V45 were the slope of the ramp (p <0.001) and DES (p <0.019) and with level II V45 was the slope of the ramp (p 0.004). Patients with BMI> 25 received higher dose in the axilla I (p = 0.026). Conclusion: The results show that the coverage of levels I and II axillary lymph nodes using radiotherapy fields for breast cancer is insufficient to be considered therapeutic, but varies with the slope of the patient and the DES. The dose to level I is greater when BMI> 25.
Objetivo: Avaliar a porcentagem do volume da drenagem linfática axilar dos níveis I e II que recebeu dose de 45 Gy durante a radioterapia adjuvante em mama com a técnica tridimensional conformada (3D-CRT) e correlacioná-la com variáveis anatômicas e do planejamento. Métodos: Estudo retrospectivo em 51 pacientes com diagnóstico de câncer de mama que receberam radioterapia adjuvante em megavoltagem (AL 6 MV) em mama ou leito mamário, na técnica 3D- CRT, com dose de 50,4 Gy em frações de 1,8 Gy, seguida ou não de boost na dose de 10 Gy em frações de 2 Gy no Hospital Universitário- Hospital São Paulo no período de janeiro de 2008 a julho de 2013. Foi realizado o delineamento dos níveis axilares I e II na tomografia de planejamento utilizando-se o software Eclipse (Varian, Palo Alto) segundo o atlas de câncer de mama do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Avaliado o volume de cada nível axilar que recebeu dose de 45 Gy (V45), utilizando o histograma dose volume (DVH), sendo este dado correlacionado com a cirurgia realizada (mastectomia ou quadrantectomia), volume da mama tratada equivalente ao Clinical Target Volume (CTV), volume da axila, diâmetro ântero- posterior (DAP) e látero- lateral (DLL) do tórax, Índice de Massa Corpórea (IMC), angulação do Gantry, distância entre a entrada e saída (DES) do feixe de radiação no tórax da paciente e posicionamento da paciente (inclinação da rampa, altura e angulação do braço). O boost foi desconsiderado na avaliação do V45 da axila. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando- se a correlação de Pearson para as variáveis numéricas e o teste de Mann- Whitney para as categóricas. Estabeleceu-se o nível de significância p <0,05. Resultados: A idade média das pacientes foi 56 anos. Carcinoma mamário invasivo do tipo não especial foi o tipo histológico mais prevalente (70%), assim como o estágio agrupado IA (39%). Nove pacientes foram submetidas à mastectomia radical modificada e 42 a quadrantectomia. O volume do CTV variou de 166,42 cm³ a 1228,3 cm³, do nível I axilar de 15,23 cm³ a 91,4 cm³ e do nível II de 8,34 cm³ a 34,65 cm³. O V45 do nível I axilar foi em média 44% (0 a 97,2%) e do nível II 17,7% (0 - 93,6%). As variáveis que mostraram correlação estatisticamente significante com o V45 do nível I axilar foram a inclinação da rampa (p <0,001) e o DES (p <0,019) e com o V45 do nível II foi a inclinação da rampa (p 0,004). Pacientes com IMC >25 receberam dose maior no nível I axilar (p= 0,026). Conclusão: Os resultados mostram que a cobertura dos linfonodos axilares dos níveis I e II nos campos de radioterapia para câncer de mama é insuficiente xii para ser considerada terapêutica, mas varia de maneira significante com a inclinação da paciente e o DES. A dose no nível I axilar é maior quando IMC > 25.
Objetivo: Avaliar a porcentagem do volume da drenagem linfática axilar dos níveis I e II que recebeu dose de 45 Gy durante a radioterapia adjuvante em mama com a técnica tridimensional conformada (3D-CRT) e correlacioná-la com variáveis anatômicas e do planejamento. Métodos: Estudo retrospectivo em 51 pacientes com diagnóstico de câncer de mama que receberam radioterapia adjuvante em megavoltagem (AL 6 MV) em mama ou leito mamário, na técnica 3D- CRT, com dose de 50,4 Gy em frações de 1,8 Gy, seguida ou não de boost na dose de 10 Gy em frações de 2 Gy no Hospital Universitário- Hospital São Paulo no período de janeiro de 2008 a julho de 2013. Foi realizado o delineamento dos níveis axilares I e II na tomografia de planejamento utilizando-se o software Eclipse (Varian, Palo Alto) segundo o atlas de câncer de mama do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Avaliado o volume de cada nível axilar que recebeu dose de 45 Gy (V45), utilizando o histograma dose volume (DVH), sendo este dado correlacionado com a cirurgia realizada (mastectomia ou quadrantectomia), volume da mama tratada equivalente ao Clinical Target Volume (CTV), volume da axila, diâmetro ântero- posterior (DAP) e látero- lateral (DLL) do tórax, Índice de Massa Corpórea (IMC), angulação do Gantry, distância entre a entrada e saída (DES) do feixe de radiação no tórax da paciente e posicionamento da paciente (inclinação da rampa, altura e angulação do braço). O boost foi desconsiderado na avaliação do V45 da axila. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando- se a correlação de Pearson para as variáveis numéricas e o teste de Mann- Whitney para as categóricas. Estabeleceu-se o nível de significância p <0,05. Resultados: A idade média das pacientes foi 56 anos. Carcinoma mamário invasivo do tipo não especial foi o tipo histológico mais prevalente (70%), assim como o estágio agrupado IA (39%). Nove pacientes foram submetidas à mastectomia radical modificada e 42 a quadrantectomia. O volume do CTV variou de 166,42 cm³ a 1228,3 cm³, do nível I axilar de 15,23 cm³ a 91,4 cm³ e do nível II de 8,34 cm³ a 34,65 cm³. O V45 do nível I axilar foi em média 44% (0 a 97,2%) e do nível II 17,7% (0 - 93,6%). As variáveis que mostraram correlação estatisticamente significante com o V45 do nível I axilar foram a inclinação da rampa (p <0,001) e o DES (p <0,019) e com o V45 do nível II foi a inclinação da rampa (p 0,004). Pacientes com IMC >25 receberam dose maior no nível I axilar (p= 0,026). Conclusão: Os resultados mostram que a cobertura dos linfonodos axilares dos níveis I e II nos campos de radioterapia para câncer de mama é insuficiente xii para ser considerada terapêutica, mas varia de maneira significante com a inclinação da paciente e o DES. A dose no nível I axilar é maior quando IMC > 25.
Descrição
Citação
MEDEIROS, Licia Moreira. Irradiação incidental de linfonodos axilares na radioterapia adjuvante para câncer de mama. 2015. 39 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.