Avaliação de um programa de terapia artística para mulheres com fibromialgia: estudo cego, controlado e randomizado

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Data
2014-03-09
Autores
Baptista, Andreia Salvador [UNIFESP]
Orientadores
Natour, Jamil Natour [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Fibromyalgia (FM) is a chronic, non-inflammatory syndrome characterized by diffuse pain throughout the body, sleep disorders, stiffness and fatigue. While medication can offer short-term benefits, other therapeutic measures, such as physical activity and patient education, are necessary. Art therapy combines psychological knowledge and artistic activities with therapeutic potential, allowing opportunities for education and personal growth. Purpose: The aim of the present study was to evaluate the effectiveness of an art therapy program in patients with fibromyalgia. Methods: A randomized, controlled study was conducted with a blinded assessor and a 40-week follow-up period. Eighty patients were randomly allocated to two groups (art therapy and walking). Visual analog scales (VAS) were used evaluate pain and sleep. The six-minute walk test, Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), Medical Outcome Survey Short Form 36 (SF-36), Beck Depression Inventory and Body Dysmorphic Disorder Examination (BDDE) were also employed. Evaluations were performed at baseline and after 10, 20 weeks (end of intervention) and 40 weeks by a blinded assessor. Results: The art therapy group exhibited statistically better results over the walking group regarding VAS for pain (p=0.001), VAS for sleep (p=0.027), FIQ (p=0.001), depression (p=0.038) and the physical functioning (p=0.027), role-physical (p<0.001), bodily pain (p=0.002), vitality (p=0.001), role-emotional (p=0.002) and mental health (p=0.010) subscales of the SF-36. Conclusion: Art therapy was better than walking, as it led to greater improvements in pain, depression, and quality of life among women with fibromyalgia. Art therapy proved to be as efficacious as walking to improve the physical functioning in this population.
Introdução: A fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa não-inflamatória, crônica, caracterizada por dor difusa pelo corpo, distúrbios do sono, rigidez, fadiga e outros sintomas. O tratamento medicamentoso da FM traz benefícios em curto prazo, sendo necessário que o tratamento seja associado a outras medidas terapêuticas como a exercício e a educação do paciente. A terapia artística integra os conhecimentos advindos da psicologia às atividades artísticas, trabalhando com o potencial terapêutico, pedagógico e de crescimento pessoal contido em todas as formas de arte. Objetivo: Avaliar a efetividade de um programa de terapia artística para tratamento mulheres com fibromialgia. Método: Foi realizado um estudo controlado, randomizado, com avaliador cego e follow-up de 40 semanas. Oitenta pacientes foram incluídas e randomizadas em dois grupos: grupo de terapia artística e grupo de caminhada. Para a avaliação foram utilizados: escala analógica para dor (EVA), teste de caminhada de 6 minutos, Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), Medical Outcome Survey Short Form 36 (SF-36), Inventário de Beck e Questionário Body Dysorphic Disorder Examination (BDDE). As avaliações foram realizadas no inicio do estudo e após 10, 20 (termino da intervenção) e 40 semanas por um avaliador cego. Resultados: O grupo de terapia artística apresentou resultados estatisticamente melhores para EVA de dor (p=0,001), EVA de sono (p=0,027), FIQ (p=0,001), para inventário de depressão (p=0,038), no SF-36 nos domínios capacidade funcional (p=0,027), limitação por aspectos físicos (p<0,001), dor (p=0,002), vitalidade (p=0,001), aspectos emocionais (p=0,002), e saúde mental (p=0,010). Conclusão: Concluímos que a terapia artística foi tão eficaz quanto a caminhada para a melhora da capacidade funcional, mostrando-se superior em relação à diminuição da dor, da depressão e na melhora da qualidade de vida de mulheres com fibromialgia.
Descrição
Citação
BAPTISTA, Andreia Salvador. Avaliação de um programa de terapia artística para mulheres com fibromialgia: estudo cego, controlado e randomizado. 2014. 85 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.