Inatividade física avaliada por acelerometria triaxial e fatores associados em adultos: resultados do estudo epimov

Nenhuma Miniatura disponível
Data
1905-07-08
Autores
Sperandio, Evandro Fornias [UNIFESP]
Orientadores
Dourado, Victor Zuniga [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
CONTEXT AND OBJECTIVES: Accelerometry provides objective measurement of physical activity levels, but is unfeasible in clinical practice. Thus, we aimed to identify physical fitness tests capable of predicting physical inactivity among adults. DESIGN AND SETTING: Diagnostic test study developed at a university laboratory and a diagnostic clinic. METHODS: 188 asymptomatic subjects underwent assessment of physical activity levels through accelerometry,ergospirometry on treadmill, body composition from bioelectrical impedance, isokinetic muscle function, postural balance on a force platform and six-minute walk test. We conducted descriptive analysis and multiple logistic regression including age, sex, oxygen uptake, body fat, center of pressure, quadriceps peak torque, distance covered in six-minute walk test and steps/day in the model, as predictors of physical inactivity. We also determined sensitivity (S), specificity (Sp) and area under the curve of the main predictors by means of receiver operating characteristic curves. RESULTS: The prevalence of physical inactivity was 14%. The mean number of steps/day (≤ 5357) was the best predictor of physical inactivity (S = 99%; Sp = 82%). The best physical fitness test was a distance in the six-minute walk test and ≤ 96% of predicted values (S = 70%; Sp = 80%). Body fat > 25% was also significant (S = 83%; Sp = 51%). After logistic regression, steps/day and distance in the six-minute walk test remained predictors of physical inactivity. CONCLUSION: The six-minute walk test should be included in epidemiological studies as a simple and cheap tool for screening for physical inactivity.
Introdução: Embora a limitação ao exercício de pacientes com escoliose idiopática do adolescente (EIA) tenha sido descrita em testes de exercício cardiopulmonar, há pouca informação sobre a distância percorrida e as respostas fisiológicas relacionadas ao incremental shuttle-walk test (ISWT) nesses pacientes. Objetivo: Avaliar a distância percorrida (ISWD) e as respostas fisiológicas relacionadas ao ISWT em pacientes com EIA e em adolescentes saudáveis. Avaliamos também a força muscular respiratória e a função pulmonar dos participantes. Métodos: Vinte e nove adolescentes com EIA (ângulo de Cobb = 40 ± 13 o) e 20 adolescentes saudáveis com idade entre 10 e 18 anos realizaram dois ISWT. Durante o segundo teste, o consumo de O2 (VO2), a produção de CO2 (VCO2), a ventilação (VE) e a frequência cardíaca (FC) foram monitoradas utilizando-se um analisador de gases telemétrico. As relações submáximas ΔVO2/Δvecolidade da caminhada, ΔFC/ΔVO2, ΔVE/ΔVCO2 e Δvolume corrente (VT)/ΔVE linearizada (ΔVT/ΔlnVE) foram avaliadas por regressões lineares, representativas respectivamente de eficiência aeróbia, cardiovascular, ventilatória e padrão ventilatório. Pressões inspiratória (PImax) e expiratória (PEmax) máximas, volume expiratório forçado no 1 o segundo (VEF1), capacidade vital forçada (CVF) e VEF1/CVF foram também avaliados. Resultados: Os pacientes com EIA apresentaram ISWD (498 ± 144 m), pico de VO2 [mediana (intervalo interquartil), 25 (21-27) mL/min/kg] e VE (43 ± 16 L/min) significativamente reduzidos no ISWT em relação aos controles [respectivamente, 604 ± 85 m, 28 (24-33) mL/min/kg e 52 ± 14 L/min). Os pacientes com EIA apresentaram padrão ventilatório significativamente pior durante o ISWT, com menor inclinação de ΔVT/ΔlnVE (0,32 ± 12 vs. 0,45 ± 16). Nos pacientes, o pico de VO2 correlacionou-se significativamente com a ISWD (r = 0,80), CVF (r = 0,78), VEF1 (r = 0,73) e ΔVT/ΔlnVE (r = 0,58). A PImax, PEmax, CVF e VEF1 foram também significativamente inferiores nos pacientes [(respectivamente, 54 ± 19 vs. 78 ± 25 cmH2O; 50 (37 – 62) vs. 80 (60 – 85) cmH2O; 2,77 (2,48 – 3,17) vs. 3,33 (3,16 – 3,81) L; e 2,51 ± 0,68 vs. 2,94 ± 0,66 L)]. Conclusão: Os pacientes com EIA apresentam redução significativa da capacidade funcional de exercício associada à redução da função pulmonar no repouso e comprometimento do padrão ventilatório durante a caminhada. O ISWT foi capaz de quantificar este prejuízo e as respostas fisiológicas ao teste foram sugestivas de descondicionamento crônico dos pacientes.
Descrição
Citação
SPERANDIO, Evandro Fornias. Inatividade física avaliada por acelerometria triaxial e fatores associados em adultos: resultados do estudo epimov. 2016. 65 f. Tese (Doutorado) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Santos, 2016.