Avaliação comportamental do processamento auditivo em indivíduos gagos

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Data
2008-03-01
Autores
Andrade, Adriana Neves de [UNIFESP]
Gil, Daniela [UNIFESP]
Schiefer, Ana Maria [UNIFESP]
Pereira, Liliane Desgualdo [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
BACKGROUND: the behavioral auditory processing (AP) evaluation allows the investigation of neuroaudiological processes involved in speech fluency processing. AIM: the purpose of this study was to describe the results obtained in the AP evaluation in stutterers, comparing the type of AP disorder with the severity of stuttering. METHOD: 56 subjects, 49 male and 7 female, ranging in age from 4 to 34 years, were referred from the speech-language clinic of UNIFESP to the AP evaluation. All patients were submitted to the following evaluations: audiological, speech and language. Disfluency was classified according to the protocol proposed by Riley (1994) which includes the following stuttering severity levels: very mild, mild, moderate, severe and very severe. Behavioral AP tests were selected and analyzed according to the patient's age and to the proposal of Pereira & Schochat (1997). RESULTS: subjects with ages between 4 to 7 years and between 12 to 34 years presented mostly mild stuttering, subjects between 8 to 11 years presented mostly moderate stuttering. From the total of 56 individuals who were evaluated, 92.85% presented AP disorders. The most common auditory processing disorders were supra-segmental and decoding. No statistical differences were found considering the results of the AP evaluation and the severity of stuttering for none of the age groups. CONCLUSION: the AP evaluation indicated deficits for most of the participants of all age groups, however no correlations were observed with the severity of stuttering.
TEMA: a avaliação comportamental do processamento auditivo (PA) permite pesquisar os processos neuroaudiológicos envolvidos no processamento da fluência. OBJETIVO: descrever os resultados da avaliação comportamental do PA em indivíduos gagos e comparar o grau de alteração da desordem do PA com o grau de gravidade da gagueira. MÉTODOS: 56 indivíduos, 49 do gênero masculino e 7 do gênero feminino, com idades entre 4 e 34 anos, encaminhados do ambulatório de avaliação fonoaudiológica da UNIFESP para avaliação comportamental do PA. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação de audição, fala e linguagem. A disfluência foi classificada segundo o protocolo de Riley (1994), o qual prevê os seguintes graus de gravidade da gagueira: muito leve, leve, moderado, severo e muito severo. Os testes para avaliação do PA foram selecionados e analisados de acordo com a idade do paciente e a proposta de Pereira & Schochat (1997). RESULTADOS: observamos prevalência da gagueira de grau leve na faixa etária de 4-7 anos e 12-34 anos de idade, e moderada nos indivíduos de 8-11 anos de idade. Dos 56 indivíduos avaliados 92,85% apresentaram alteração do PA. Os processos gnósicos mais prejudicados foram não verbal e decodificação. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes considerando os resultados da avaliação do processamento auditivo e o grau de gravidade da gagueira em nenhuma das faixas etárias avaliadas. CONCLUSÕES: a avaliação do PA mostrou-se comprometida em grande parte da amostra em todas as faixas etárias estudadas sem no entanto, correlação com o grau de gravidade da gagueira.
Descrição
Citação
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. Pró-Fono Produtos Especializados para Fonoaudiologia Ltda., v. 20, n. 1, p. 43-48, 2008.
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