O que fonoaudiólogos e estudantes de fonoaudiologia entendem por fluência e disfluência

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2007-03-01
Autores
Oliveira, Ana Maria do Carmo Carvalho de
Ribeiro, Ignês Maia
Merlo, Sandra
Chiappetta, Ana Lúcia de Magalhães Leal [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
PURPOSE: to check the understanding of current students (those who are in 3rd and 4th year) and Speech-Language Pathology professionals about the concepts of fluency and dysfluency, the components and aspects that affect fluency and the sorts of speech dysfluency. METHODS: 107 questionnaires were applied in a sample of 57 professionals and 50 students of Speech-Language Pathology. Qualitative and quantitative analyses were applied to open questions and quantitative analysis was applied to multiple-choice questions. RESULTS: more than 20 analytic factors were identified for each open answer, but no factor was mentioned by the great majority of subjects. Most cited fluency component was speech rate. Psychological factors such as anxiety and introversion-extraversion are among the more quoted factors that affect fluency level. The three sorts of dysfluency which were more categorized as stuttered were blocks, initial prolongations and defense behaviors. There were not significant statistical differences between students' and professionals' answers. Increase in professional practice has changed some answers. CONCLUSION: the subjects: 1) have revealed an ideal concept of fluency (speech free from disruptions), 2) have considered dysfluency as some kind of disorder and not as a speech inherent event, 3) have considered speech rate, not dysfluency, as fluency's most important component, 4) have considered psychological factors, mainly anxiety, as the factors that have the major impact on fluency level (language, cognitive and genetic factors would have a secondary importance) and 5) have classified dysfluency according to scientific literature.
OBJETIVO: verificar a compreensão dos estudantes de 3º e 4º anos e dos profissionais de Fonoaudiologia em relação aos conceitos de fluência e disfluência, aos componentes e influenciadores da fluência e aos tipos de disfluências. MÉTODOS: foram aplicados 107 questionários a uma amostra de 57 profissionais e 50 estudantes. Foi realizada análise qualitativo-quantitativa das questões abertas e quantitativa das questões fechadas. RESULTADOS: a análise descritiva identificou mais de 20 fatores para as perguntas abertas (conceito de fluência e de disfluência e componentes da fluência), mas nenhum fator citado pela maioria dos sujeitos. O componente da fluência mais listado relaciona-se à taxa de elocução. Fatores psicológicos como ansiedade e introversão-extroversão estão entre os fatores mais citados como influenciadores do grau de fluência. Os tipos de disfluências mais categorizadas como gaguejadas foram bloqueios, prolongamentos iniciais e comportamentos de defesa. Não houve diferença estatisticamente significante entre profissionais e estudantes quanto ao perfil de respostas. O aumento dos anos de atuação modificou algumas respostas. CONCLUSÃO: os participantes: 1) apresentaram conceito idealizado de fluência (fala livre de rupturas), 2) consideraram disfluência como sinal de alteração e não como um fenômeno intrínseco da fala, 3) consideraram a taxa de elocução, e não as disfluências, como o componente que mais afeta o grau de fluência, 4) consideraram os fatores afetivos, principalmente a ansiedade, como os que mais influenciam o grau de fluência, atribuindo uma influência secundária a fatores lingüísticos, cognitivos e genéticos e 5) classificaram os tipos de disfluências de maneira alinhada com a literatura.
Descrição
Citação
Revista CEFAC. CEFAC Saúde e Educação, v. 9, n. 1, p. 40-46, 2007.
Coleções