Avaliação neuromotora em pacientes portadores de mielomeningocele submetidos à intervenção cirúrgica intrauterina

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2009
Autores
Faria, Tereza Cristina Carbonari de [UNIFESP]
Orientadores
Cavalheiro, Sergio [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objetivos: avaliar o desenvolvimento neuromotor em pacientes portadores de mielomeningocele submetidos e nao submetidos a intervencao cirurgica intrauterina, verificar os fatores que influenciaram a evolucao clinica desses pacientes. Metodos: foram incluidos 19 pacientes com mielomeningocele acompanhados no Ambulatorio de Neurocirurgia Pediatrica da UNIFESP - EPM, acima de 3 anos e 6 meses de idade, sendo 15 casos do sexo feminino e quatro casos do sexo masculino. Os pacientes foram distribuidos em tres grupos: Grupo A - cirurgia intrautero a oceu abertoo, Grupo B - cirurgia intrautero para colocacao de derivacao ventriculo-amniotica e Grupo C u controle (casos em que a cirurgia de correcao da mielomeningocele foi realizada no periodo pos-natal). O quadro neuromotor foi avaliado por um fisioterapeuta observando-se a forca muscular, o nivel motor-funcional e o tipo de deambulacao. O nivel social e cognitivo tambem foi avaliado e observou-se tambem a presenca de hidrocefalia e problemas secundarios de Saúde. Resultados: Os pacientes do Grupo A obtiveram um desenvolvimento motor-funcional melhor em relacao aos Grupos B e C, alcancando niveis de deambulacao sem utilizacao de orteses ou auxiliares, assim como tambem foram os que menos necessitaram de tratamento fisioterapeutico em comparacao ao Grupo B (p<0,05). Os 15 pacientes que realizaram o teste cognitivo nao apresentaram deficits. Quanto ao nivel social foi observado que a maioria dos pacientes pertencia as classes sociais C e D, porem no Grupo A havia pacientes das classes A e B. Todos os casos dos Grupos B e C apresentaram hidrocefalia e necessitaram da colocacao de derivacao ventriculoperitoneal apos o nascimento, ja no Grupo A apenas dois casos necessitaram desta intervencao. O Grupo C apresentou mais problemas neurologicos que o Grupo A (p=0,067), assim como o Grupo B apresentou mais problemas ortopedicos em relacao ao Grupo A (p=0.079). Conclusoes: os pacientes do Grupo A, submetidos a cirurgia a ceu aberto, alcancaram melhores resultados no desenvolvimento neuromotor em relacao aos demais, tambem foram os que menos necessitaram de derivacao ventriculo-peritoneal, mostrando que houve reducao e prevencao da herniacao do tronco cerebral e do cerebelo neste grupo. A colocacao da derivacao ventriculo-amniotica no periodo intrauterino nao acrescentou melhora neuromotora, nem preveniu a hidrocefalia
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2009. 89 p.