Cirurgias hemisféricas para tratamento de epilepsia em crianças e adolescentes: desfechos clínicos

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Data
2011
Autores
Hamad, Ana Paula Andrade [UNIFESP]
Orientadores
Sakamoto, Américo Ceiki [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
A cirurgia hemisferica tem sido utilizada como tratamento para epilepsias refratarias ao tratamento clinico ha cerca de 60 anos, com desfechos clinicos satisfatorios para controle de crises, desenvolvimento, funcao cognitiva e qualidade de vida. Contudo, os fatores prognosticos associados a persistencia de crises e a melhora neuropsicologica ainda sao objeto de discussao. Esse estudo descreve os desfechos clinicos, analisando potenciais fatores prognosticos associados, numa serie de 90 criancas e adolescentes submetidas a hemisferectomia ou hemisferotomia no Bethel Epilepsie Zentrum, Bielefeld, Alemanha, entre 1991 e 2006. A media de idade a cirurgia foi de 64,56±64,48 meses (mediana 28); a duracao da epilepsia variou de dois meses a 16 anos (mediana 21 meses); e a media do tempo de seguimento pos-operatorio foi de 6,38±4,1 anos. Como patologias associadas, 50% das criancas apresentaram malformacao do desenvolvimento cortical (30% hemimegalencefalia), 28% lesoes adquiridas e 22% doencas progressivas. Em 66% dos pacientes foi realizada avaliacao neuropsicologica, com presenca de defiCiência mental grave ou profunda previa a cirurgia em 66%. No seguimento pos-operatorio de curto prazo 61% dos pacientes apresentaram remissao e 64% reducao significativa das crises; nas avaliacoes de quinto e de decimo anos pos-operatorios os valores de remissao foram 52 e 40% e de reducao foram 63 e 60%, respectivamente. Nao foram identificados fatores preditivos associados ao controle de crises no pos-operatorio. Em relacao ao desfecho neuropsicologico, dos pacientes analisados, em 26% dos pacientes foi evidenciada melhora significativa, 71% mantiveram-se estabilizados e em 3% houve piora. Malformacao do desenvolvimento cortical como etiologia, presenca de defiCiência mental grave ou profunda previa a cirurgia, idades mais baixas a intervencao e menor duracao da epilepsia foram fatores preditivos positivos para o desempenho cognitivo no periodo pos-operatorio, independente da patologia ou da remissao de crises. A variavel de maior impacto associada a melhora neuropsicologica foi a idade mais baixa do paciente a cirurgia, o que confirma a tendencia dos programas de cirurgia em epilepsia infantil de se operar mais precocemente. Das 74 familias questionadas, apenas uma nao demonstrou satisfacao com a cirurgia
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São Paulo: [s.n.], 2011. 174 p.
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