Ação crônica do indinavir durante a prenhez da rata albina(rattus norvegicus albinus, Rodentia, Mammalia): aspectos microscópicos e bioquímicos

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2005
Autores
Quintino, Marisa Pascale [UNIFESP]
Orientadores
Kulay Junior, Luiz [UNIFESP]
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introdução: o uso de anti-retrovirais, dentre eles o indinavir, por mulheres em idade reprodutiva, incluindo grávidas, tornou-se necessário para prevenir a transmissão vertical do HIV. Objetivo: avaliar a ação crônica do indinavir durante toda prenhez da rata albina através de estudo histopatológico dos fígados e rins maternos e fetais e avaliação materna de provas de funções hepática e renal. Métodos: utilizamos 40 ratas albinas da colônia EPM - 1 Wistar, prenhes com aproximadamente 200g. A partir do dia zero da prenhez os animais foram divididos em 4 grupos, numericamente iguais: grupo controle (Contr), sem qualquer manuseio; grupos Exper1, Exper2 e Exper3 que receberam respectivamente as doses de 9,27, 81mg/kg/dia de indinavir, diluídas em 1 ml de água destilada (veículo utilizado), todas por gavagem, durante toda a prenhez. No 20° dia foram, anestesiadas, realizada uma incisão externo-púbica, expostos coração, fígado e rins maternos, colhidos sangue do coração para as dosagens de alanina aminotransferase - AL T, aspartato aminotransferase - AST, creatinina e uréia. A seguir, retirados fragmentos de fígados e rins maternos e fetais, para estudo histopatológico através de microscopia óptica. A análise estatística foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis e pelo teste de comparações múltiplas de Dunn. Resultados: microscopia óptica dos fígados maternos de Exper3 apresentaram hepatócitos com citoplasma eosinófilo, núcleos pequenos e vasodilatação. Rins maternos de Exper2 apresentaram alguns túbulos contorcidos com áreas eosinófilas e núcleos hipercromáticos além de vasodilatação. No grupo Exper3 foram semelhantes, porém mais intensas. Órgãos fetais sem alterações. A AL T mostrou no teste de comparações múltiplas que o grupo Exper2 apresentou valores de AL T significantemente maiores do que os outros grupos (p < 0,001). Creatinina valores menores nos grupos Exper2 e Exper3 do que no Exper1 (p = 0,012). Uréía o grupo Exper3 apresentou valores significantemente menores do que os outros grupos (p = 0,003). As alterações nas dosagens são muito leves e não expressam significância biológica. Conclusão: o indinavir foi bem tolerado nas doses terapêuticas e nas doses mais elevadas discretas alterações morfológicas ocorreram nas matrizes, porém sem expressão funcional que levasse a efeitos deletérios sobre o binônio materno-fetal.
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2005. 56 p.