Hifema traumático: seguimento de um ano

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Data
2004-02-01
Autores
Rocha, Karolinne Maia [UNIFESP]
Engel, Dinorah Piacentini [UNIFESP]
Gusmão, Filipe Brandão Accioly de [UNIFESP]
Martins, Elisabeth Nogueira [UNIFESP]
Moraes, Nilva Simeren Bueno de [UNIFESP]
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Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To evaluate the evolution of the patients with hyphema resulting from blunt ocular trauma associated with initial and final visual acuity, elevated intraocular pressure, rebleeding, clot absorption and surgical intervention. METHODS: Fifty-four patients aged more than fifteen years, with blunt ocular trauma attended on the Ophthalmology Emergency Room of São Paulo Hospital were studied, between December 2000 to January 2002. The hyphema was classified in to five groups: microscopic; grade I; grade II; grade III; and grade IV (total hyphema). The patients were divided into two groups according to the involvement or not of the posterior segment. The data were compared by Mann-Whitney and the exact Fisher test and the final visual acuity was evaluated by multiple linear regression. RESULTS: Ninety-one percent of the patients were men with an average age of thirty two years. At admission, 37% of patients showed intraocular pressure more than 24 mmHg. During the evolution, six patients required surgical intervention. Rebleeding occurred in 8% of the cases. In Group 1 (no lesions in the posterior segment) a better finally V.A. was statistically significant (p<0.001), a fact not observed in Group 2 (p<0.4772). CONCLUSIONS: Hyphema classification allows to evaluate the severity of damages, prognosis and management. The treatment still remains controversial. The final low visual acuity occurs more commonly associated with posterior segment injuries, and V.A. on admission. The successful treatment depends on identification of risk factors, appropriate medications and precise surgery indication.
OBJETIVO: Analisar retrospectivamente a evolução de pacientes portadores de hifema decorrente de trauma ocular contuso quanto à acuidade visual inicial e final, aumento da pressão intra-ocular, ocorrência de ressangramento, tempo de absorção do coágulo, e necessidade de cirurgia. MÉTODOS: Foram avaliados 54 pacientes com idade superior a 15 anos, com diagnóstico de traumatismo ocular fechado, assistidos no Pronto Socorro de Oftalmologia do Hospital São Paulo, no período de dezembro de 2000 a janeiro de 2002. O hifema foi classificado em cinco subgrupos: microscópico; grau I; grau II; grau III e grau IV (hifema total). Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com o comprometimento ou não do segmento posterior, para comparação dos dados pelo teste de Mann-Whitney e o teste exato de Fisher. A acuidade visual final foi avaliada por meio de regressão linear múltipla. RESULTADOS: Noventa e um por cento dos pacientes eram do sexo masculino, com idade média de 32 anos. Na admissão, 37% dos pacientes apresentaram PIO superior a 24 mmHg. O ressangramento ocorreu em 8% deles. Durante a evolução, seis pacientes necessitaram de intervenção cirúrgica. No grupo I (sem lesões de segmento posterior) houve melhora estatisticamente significante da AV (p<0,001), o que não foi observado no grupo II (p=0,4772). CONCLUSÃO: A classificação do hifema permite avaliação da gravidade da lesão, prognóstico e conduta. A baixa de visão persistente correlacionou-se principalmente ao comprometimento do seguimento posterior e à acuidade visual na admissão. O sucesso do tratamento depende da identificação dos fatores de risco, medicação apropriada e indicação cirúrgica precisa.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 67, n. 1, p. 133-137, 2004.
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