Fatores associados a perfusão cerebral anormal em dependentes de cocaína

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Data
2001-03-01
Autores
Silveira, Dartiu Xavier da [UNIFESP]
Fernandes, Marcelo [UNIFESP]
Barbieri, Antonio [UNIFESP]
Labigalini, Eliseu [UNIFESP]
Silveira, Evelyn D [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To evaluate the relationship between the pattern of cocaine use and cerebral perfusion among cocaine addicts. METHOD: A sample of 30 cocaine addicts was studied using 99 m-Tc-HMPAO SPECT (single photon emission computed tomography with injection of 99 m-Tc-hexametilpropilenoamina-oxime). Their cerebral perfusion pattern was then compared with their pattern of cocaine use. RESULTS: Eighty percent of the sample presented some degree of impairment in brain perfusion, either focal or diffuse. There was no difference between sniffers and crack smokers regarding their perfusion patterns. No relationship could be established between the severity of SPECT abnormalities and the amount of drug consumption or period of abstinence. However, length of cocaine use did correlate with the severity of cerebral perfusion (Spearman correlation coefficient: r=0.45, p<0.05). CONCLUSION: This study documents the high frequency of cerebral functional impairment in cocaine addicts and establishes the relationship between length of cocaine exposure and severity of perfusion abnormalities.
OBJETIVO: Avaliar a relação entre o padrão de uso da cocaína e a perfusão cerebral de dependentes da substância. MÉTODOS: Estudou-se uma amostra de 30 dependentes de cocaína por meio de tomografia computadorizada por emissão de fóton único (single photon emission computed tomography - SPECT) com hexametil-propileno-amina-oxima, marcada com tecnécio 99 m (99 m-Tc-HMPAO), e comparou-se o padrão de perfusão cerebral com o padrão de consumo da droga. RESULTADOS: Dos dependentes, 80% apresentaram alterações de perfusão cerebral, focais ou difusas, com grau de intensidade variável. Não foram observadas diferenças de perfusão cerebral entre usuários de crack e usuários de cloridrato de cocaína. As alterações tomográficas tampouco permitiram distinguir os dependentes em abstinência dos dependentes na vigência do uso. Não foi possível evidenciar associação entre o relato da quantidade diária de droga utilizada e a perfusão cerebral dos pacientes. Entretanto, foi observada correlação entre o número de meses durante os quais os pacientes consumiram droga e o grau de comprometimento da perfusão cerebral (coeficiente de correlação de Spearman: r=0,45, p<0,05). CONCLUSÃO: Este estudo documenta a freqüência elevada de alterações funcionais cerebrais em dependentes de cocaína, estabelecendo a influência do tempo de consumo da droga no grau de comprometimento do fluxo cerebral dos pacientes.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Psiquiatria. Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, v. 23, n. 1, p. 9-14, 2001.
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