Avaliação do ombro em pacientes portadores de espondilite anquilosante por meio de ultra-som
Data
2008-04-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To describe shoulder involvement and its prevalence with ultrasound in patients with ankylosing spondylitis and correlate the findings with age and duration of disease. METHODS: Ultrasound scans of both shoulders were performed in thirty five selected patients with clinical diagnosis of ankylosing spondylitis. Rotator cuff texture and thickness were evaluated as well as the biceps tendon, acromioclavicular joint, humeral head tuberosities, subacromial-subdeltoid bursa, and posterior glenohumeral joint. Besides the prevalence of shoulder involvement, information about presence of pain and duration of disease were registered. The data were compared with age and duration of disease using chi-square and Student's t tests. RESULTS: The prevalence of rotator cuff disease was 20%; with 10% of tendinosis/tendon calcification and 10% of partial/full thickness tears. The mean rotator cuff thickness was 5.8 mm. Irregularities of the humeral head tuberosities were present in 84.3% of shoulders and acromioclavicular irregularities were present in 54.3% of shoulders. CONCLUSION: There was no change in rotator cuff thickness related with duration of disease. Bony irregularities in humeral head tuberosities and acromioclavicular joint were the main finding associated with duration of disease. There was no relation between duration of disease and presence of tendinous disease.
OBJETIVO: Descrever as principais alterações nos ombros de pacientes portadores de espondilite anquilosante (EA) por meio de ultra-som (US) e correlacionar os achados de imagem com a idade e o tempo de doença. MÉTODOS: Foram selecionados 35 pacientes com diagnóstico clínico de EA. Os pacientes foram submetidos a exame de ultra-sonografia dos ombros, sendo avaliados os tendões do manguito rotador quanto à sua ecotextura e espessura, o tendão do bíceps, a articulação acromioclavicular, os tubérculos umerais, a bursa subacromial-subdeltóidea, e a face posterior da articulação glenoumeral. Foram colhidos dados de tempo de doença, presença de dor nos ombros e freqüência das alterações das estruturas avaliadas. Os dados foram comparados com a idade e o tempo de doença, utilizando-se teste qui-quadrado e teste t de Student. RESULTADOS: Foi observada prevalência de 20% de alterações no manguito rotador, sendo 10% de tendinose/calcificação tendínea e 10% de rupturas tendíneas. A espessura média dos tendões do manguito rotador foi de 5,8 mm. As alterações ósseas nos tubérculos do úmero ocorreram em 84,3% dos ombros e as alterações acromioclaviculares em 54,3% dos ombros. CONCLUSÃO: Não há modificação da espessura dos tendões do manguito rotador relacionadas com o tempo de doença. Os principais achados de US, que se correlacionam com o tempo de doença na EA, são alterações ósseas nos tubérculos umerais e na articulação acromioclavicular. Não houve relação entre tempo de doença e presença de lesão tendínea.
OBJETIVO: Descrever as principais alterações nos ombros de pacientes portadores de espondilite anquilosante (EA) por meio de ultra-som (US) e correlacionar os achados de imagem com a idade e o tempo de doença. MÉTODOS: Foram selecionados 35 pacientes com diagnóstico clínico de EA. Os pacientes foram submetidos a exame de ultra-sonografia dos ombros, sendo avaliados os tendões do manguito rotador quanto à sua ecotextura e espessura, o tendão do bíceps, a articulação acromioclavicular, os tubérculos umerais, a bursa subacromial-subdeltóidea, e a face posterior da articulação glenoumeral. Foram colhidos dados de tempo de doença, presença de dor nos ombros e freqüência das alterações das estruturas avaliadas. Os dados foram comparados com a idade e o tempo de doença, utilizando-se teste qui-quadrado e teste t de Student. RESULTADOS: Foi observada prevalência de 20% de alterações no manguito rotador, sendo 10% de tendinose/calcificação tendínea e 10% de rupturas tendíneas. A espessura média dos tendões do manguito rotador foi de 5,8 mm. As alterações ósseas nos tubérculos do úmero ocorreram em 84,3% dos ombros e as alterações acromioclaviculares em 54,3% dos ombros. CONCLUSÃO: Não há modificação da espessura dos tendões do manguito rotador relacionadas com o tempo de doença. Os principais achados de US, que se correlacionam com o tempo de doença na EA, são alterações ósseas nos tubérculos umerais e na articulação acromioclavicular. Não houve relação entre tempo de doença e presença de lesão tendínea.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Reumatologia. Sociedade Brasileira de Reumatologia, v. 48, n. 2, p. 68-73, 2008.