Avaliação do impacto da correção cirúrgica de distopias genitais sobre a função sexual feminina

Data
2007-10-01
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
PURPOSE: to identify the impact of pelvic reconstructive surgery on female sexual function, as well as the changes in vaginal anatomy, and to detect possible correlations between them. METHODS: a prospective, descriptive study, including 43 sexually active women with genital dystopy, undergoing surgery for pelvic organ prolapse, conducted between October 2004 and September 2006. The women completed the same multiple-choice questionnaire regarding sexual function, and analogic scales to quantify the degree of desire, arousal and satisfaction, and were clinically assessed using the pelvic organ prolapse quantification (POP-Q) staging system, before the surgery and three and six months after it. Statistical analysis was performed through the Bowker test for symmetry, Wilcoxon test, Student t test, chi2 and analysis of variance (ANOVA) as appropriate, with statistical significance set at 5% (p<0.05). RESULTS: all 43 women completed the follow-up at three and six months after the surgery, but two of them lost their partners after the surgery. Quality of sexual life improved significantly (p=0.03). Symptoms such as dyspareunia (25.6% before versus 17.1% after surgery), discomfort (27.9 versus 0%), embarrassment (20.9% versus 0%) and fear (2.3% versus 0%) significantly improved (p<0.001). Analogical scales scores regarding desire (5 versus 7, p=0.001), arousal (6 versus 8, p<0.001) and satisfaction with sexual life (5 versus 7, p<0.001) also improved. There was a statistically significant improvement (p<0.001) of the POP-Q stages after the surgery. However, there was no statistically significant correlation between changes in vaginal dimensions and changes in sexual function. CONCLUSIONS: after pelvic reconstructive surgery, there was a significant improvement in the quality of sexual life and of the POP-Q stages. However, there was no correlation between them.
OBJETIVO: avaliar as repercussões das cirurgias de correção de distopia genital sobre a função sexual feminina, bem como os resultados anatômicos pós-operatórios, e detectar possíveis correlações entre eles. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado entre outubro de 2004 e setembro de 2006. Foram incluídas 43 mulheres sexualmente ativas com distopia genital com indicação de cirurgia de reconstrução do assoalho pélvico. No pré-operatório e três e seis meses após a cirurgia, as pacientes responderam ao questionário de avaliação do comportamento sexual e escalas analógicas para quantificação do grau de desejo, excitação e satisfação, além de se submeterem a exame físico para graduação da distopia genital. Para análise dos resultados, utilizaram-se os testes de simetria de Bowker, Wilcoxon, t de Student, chi2 e análise de variância (ANOVA), quando indicados, com limite de significância estatística de 5% (p<0,05). RESULTADOS: as 43 mulheres completaram o seguimento de três e seis meses após a cirurgia, mas duas perderam os parceiros. Houve melhora significativa na qualificação da vida sexual (p=0,03). Dispareunia (25,6% no pré-operatório versus 17,1% no pós-operatório), incômodo (27,9 versus 0%), embaraço (20,9 versus 0%) e medo (2,3 versus 0%) melhoraram de forma significativa (p<0,001). As escalas analógicas de desejo (5 versus 7, p=0,001), excitação (6 versus 8, p<0,001) e satisfação com a vida sexual (5 versus 7, p<0,001) também apresentaram melhora significativa. Houve melhora significativa entre os estádios clínicos do pré-operatório e seis meses após a cirurgia (p<0,001). Não houve correlação significativa entre as alterações nas dimensões vaginais e a mudança na função sexual. CONCLUSÕES: após cirurgias de reconstrução do assoalho pélvico, houve melhora significativa na qualificação da vida sexual e no estadiamento clínico das distopias. No entanto, não houve correlação entre estes indicadores.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 29, n. 10, p. 519-524, 2007.
Coleções
Pré-visualização PDF(s)