Modulação autonômica cardíaca e sua relação com a capacidade pulmonar em indivíduos com paralisia bulbar progressiva e esclerose lateral amiotrófica
Data
2018-08-29
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Introduction: Motor neuron diseases (MND), characterized by amyotrophic lateral
sclerosis (ALS) and progressive bulbar palsy (PBP), is defined by progressive,
irreversible and incapacitating motor paralysis with survival from two to five years after
the beginning of the symptomatology. Death is traditionally related to ventilatory
impairment and / or systemic complications, although unexplained sudden death is not
infrequent. Considering that DNM may compromise other systems, including the
autonomic nervous system, proposed to evaluate the cardiac autonomic modulation
and relation with pulmonary capacity in patients with ALS and PBP. Method: A total of
91 patients were analyzed: 58 with diagnosis of Amyotrophic Lateral Sclerosis and 33
with Progressive Bulbar Palsy. Clinical diagnoses were obtained from medical
observations; the data collection and data were obtained from the Research Section
of Neuromuscular Diseases of UNIFESPEPM.
In these patients, heart rate variability
and spirometry were performed. Thus, they were classified according to Forced Vital
Capacity (FVC) with values greater than and less than 50%. In addition, subsequently
the statistical analysis. Results: Patients with ALS and PBP presented significant
differences in linear indices SDNN, pNN50, RMSSD when compared to normal values;
there was no significant difference between the PBP and ALS groups in the linear
indices. However, in the nonlinear
indices, it was observed that the α1 index was
higher in the ALS group when compared to PBP. However, when compared to FVC,
there was a lower value in the pNN50 index, only in the PBP group, especially in those
patients requiring noninvasive
ventilation. Conclusion: There was a decrease in
global variability and parasympathetic hypoactivity in relation to normality; strong shortterm
fractal correlation in the ELA group in relation to PBP group; lower
parasympathetic activity in patients with noninvasive mechanical ventilation.
Introdução: As doenças do neurônio motor (DNM), tendo como principais representantes a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a paralisia bulbar progressiva (PBP), são caracterizadas por causarem paralisia motora progressiva, irreversível e incapacitante com sobrevida de dois a cinco anos após o início da sintomatologia. Tradicionalmente o óbito é relacionado ao comprometimento ventilatório e/ou complicações sistêmicas, embora à morte súbita sem explicação não seja infrequente. Considerando que as DNM possam ter comprometimento de outros sistemas, incluindo o sistema nervoso autônomo, propomos avaliar a modulação autonômica cardíaca e sua relação com a capacidade pulmonar em pacientes com ELA e com PBP. Método: Foram analisados 91 pacientes entre os quais: 58 com diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica e 33 com Paralisia Bulbar Progressiva. Os diagnósticos clínicos foram obtidos de observações médicas; a coleta e os dados foram obtidos no Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da UNIFESPEPM. Nesses pacientes, procedeuse a coleta dos dados para a estimativa da variabilidade da frequência cardíaca e a espirometria. Assim, foram classificados de acordo com a Capacidade Vital Forçada (CVF) com valores maiores e menores que 50%. E, subsequentemente a análise estatística. Resultados: Com relação aos dados obtidos, pacientes com ELA e PBP apresentaram diferenças significantes nos índices lineares SDNN, pNN50, RMSSD quando comparados aos valores de normalidade; não houve diferença significante entre os grupos PBP e ELA, nos índices lineares. No entanto, nos índices não lineares, observouse que o índice α1 foi maior no grupo ELA quando comparado ao grupo Bulbar. Entretanto, quando relacionada a CVF verificouse menor valor no índice pNN50, apenas no grupo PBP, sobretudo naqueles pacientes com necessidade de ventilação não invasiva. Conclusão: Houve diminuição da variabilidade global e hipoatividade parassimpática em relação à normalidade; forte correlação fractal de curto prazo no grupo ELA em relação ao grupo PBP; menor atividade parassimpática nos pacientes com uso de ventilação mecânica não invasiva.
Introdução: As doenças do neurônio motor (DNM), tendo como principais representantes a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a paralisia bulbar progressiva (PBP), são caracterizadas por causarem paralisia motora progressiva, irreversível e incapacitante com sobrevida de dois a cinco anos após o início da sintomatologia. Tradicionalmente o óbito é relacionado ao comprometimento ventilatório e/ou complicações sistêmicas, embora à morte súbita sem explicação não seja infrequente. Considerando que as DNM possam ter comprometimento de outros sistemas, incluindo o sistema nervoso autônomo, propomos avaliar a modulação autonômica cardíaca e sua relação com a capacidade pulmonar em pacientes com ELA e com PBP. Método: Foram analisados 91 pacientes entre os quais: 58 com diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica e 33 com Paralisia Bulbar Progressiva. Os diagnósticos clínicos foram obtidos de observações médicas; a coleta e os dados foram obtidos no Setor de Investigação de Doenças Neuromusculares da UNIFESPEPM. Nesses pacientes, procedeuse a coleta dos dados para a estimativa da variabilidade da frequência cardíaca e a espirometria. Assim, foram classificados de acordo com a Capacidade Vital Forçada (CVF) com valores maiores e menores que 50%. E, subsequentemente a análise estatística. Resultados: Com relação aos dados obtidos, pacientes com ELA e PBP apresentaram diferenças significantes nos índices lineares SDNN, pNN50, RMSSD quando comparados aos valores de normalidade; não houve diferença significante entre os grupos PBP e ELA, nos índices lineares. No entanto, nos índices não lineares, observouse que o índice α1 foi maior no grupo ELA quando comparado ao grupo Bulbar. Entretanto, quando relacionada a CVF verificouse menor valor no índice pNN50, apenas no grupo PBP, sobretudo naqueles pacientes com necessidade de ventilação não invasiva. Conclusão: Houve diminuição da variabilidade global e hipoatividade parassimpática em relação à normalidade; forte correlação fractal de curto prazo no grupo ELA em relação ao grupo PBP; menor atividade parassimpática nos pacientes com uso de ventilação mecânica não invasiva.