Biodessulfurização de biodiesel produzido a partir da graxa marrom
Data
2023-01-09
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Produzir biodiesel a partir da graxa marrom, águas residuais contendo gordura e graxa (FOG), é atrativo para o mercado sustentável de biocombustíveis e para o gerenciamento de resíduos, entretanto, os ésteres metílicos de ácidos graxos (FAMEs) presentes nesses resíduos, geralmente, possuem alta concentração de enxofre dando origem a um combustível fora do padrão de qualidade especificado para o biodiesel. A presença de altas concentrações de enxofre em combustíveis é indesejável devido à ação corrosiva dos seus compostos e da emissão de gases de óxido de enxofre durante a combustão, acentuando problemas ambientais. Métodos tradicionais de dessulfurização apresentam desafios relacionados ao custo financeiro e ambiental para serem implementados industrialmente. Neste contexto, o presente trabalho utilizou a bactéria Rhodococcus erythropolis ATCC 4277 em diferentes condições de cultivo para avaliar a capacidade de biodessulfurização (BDS) de biodiesel oriundo da graxa marrom. Foi utilizada espectrometria de emissão atômica por plasma acoplado indutivamente (ICP-OES) para avaliar a concentração de enxofre nas amostras, espectrofotometria UV-VIS para determinação de concentração de biomassa e açúcares da bactéria ao longo do tempo e SDS-Page para análise qualitativa da expressão de proteína durante a BDS. A bactéria mostrou-se eficiente para redução de enxofre, sendo a concentração de biodiesel e temperatura os fatores que mais influenciaram no processo. Na temperatura de 10 °C e 10% (v/v) de concentração de biodiesel foram os que apresentaram resultados mais notáveis, sendo observado uma redução de enxofre de mais de 90% se comparado com a amostra original.