Fatores de risco e motivações entre os doadores de sangue com testes sorológicos reagentes para sífilis em São Paulo, Brasil

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dc.contributor.advisorSabino, Ester Cerdeira Sabino [UNIFESP]pt
dc.contributor.authorFerreira, Cuzete Cleusa [UNIFESP]
dc.contributor.institutionUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)pt
dc.date.accessioned2018-07-30T11:52:45Z
dc.date.available2018-07-30T11:52:45Z
dc.date.issued2014-11-12
dc.description.abstractSyphilis is considered a curable sexually transmitted infection (STI); however, 12 million new cases arise each year worldwide, one quarter of which are in Latin America (WHO, 2001). The Brazilian Ministry of Health estimates that 1 million newcases of syphilis occur in the country annually. Sexual contact is the primary mode of syphilis transmission, andthenextmost commonmode is transfer of its agent, the spirochete Treponema pallidum, across the placenta.The risk of syphilis transmission through blood transfusion is almost negligible due to improved donor selection, serologic screening of blood donors, and an almost universal shift from transfusion of fresh blood to refrigerated blood components. Objective: To identify prevalence of DNA T. pallidum, the demographic characteristics, risk factors and motivations for donating among blood donors with reactive serologic tests for syphilis. Background: Post-donation interviews with syphilis seropositive blood donors improve recruitment and screening strategies. Methods: Laboratory screening was performed in between September 2007 and May 2009 using kits approved by the Brazilian Ministry of Health, including a competitive EIA (Enzygnost* syphilis, Dade Behring, Newark, DE, SA), VDRL test (Wiener lab, Rosario, Argentina) and fluorescent treponemal antibody-absorption test (FTA-ABS) Biolab-Merieux S/A, Rio de Janeiro, Brazil). This case?control study compares 75 Venereal Disease Research Laboratory (VDRL)>8, EIA+ (enzyme immunoassay) and FTA-ABS+ (fluorescent treponemal antibody); 80 VDRL?, EIA+ and FTA-ABS+; and 34 VDRL? and EIA? donors between 2004 and 2009. Donors were assessed by their demographic characteristics, sexual behaviour, history of alcohol and illicit drugs use, and motivations to donate. In parallel, we analyzed the polA gene of T. pallidum DNA, using Real Time PCR, from 197 samples VDRL>8 and 80 samples VDRL-. Results: The presence of Treponema pallidum DNA was assessed by real-time PCR in samples of blood donors with reactive serologic tests for syphilis. Treponema pallidum DNA was detected in two (1.02%) of 197 samples of VDRL>8, EIA+ and FTA-ABS+ donors, and in no sample from 80 VDRL-, EIA+ and FTA-ABS+ donors. Donors VDRL-, EIA+ and FTA-ABS+ lack demonstrable T. pallidum DNA in their blood and are unlike to transmit syphilis. Donors VDRL>8, EIA+ and FTA-ABS+ carry the risk of syphilis infectivity even in concomitance to antibodies detection. Serologic screening for syphilis may still play a role to prevent its transfusion transmission. The case-control study showed that donors with VDRL>8 were more likely to be divorced [AOR=12.53; 95% confidence interval (CI) 1.30?120.81], to have had more than six sexual partners (AOR=7.1; 95% CI 1.12?44.62) and to report male?male-sex in the past 12 months (AOR=8.18; 95% CI 1.78?37.60). Donors with VDRL?, EIA+ and FTA-ABS+ were less likely to be female (AOR=0.26; 95% CI 0.07?0.96), more likely to be older (AOR=10.2; 95% CI 2.45?42.58 ?39 and <60 years old) and to have had more than six sexual partners in the past 12 months (AOR=8.37; 95% CI 1.49?46.91). There was no significant difference among groups regarding illicit drugs use; 30·7% (VDRL>8) and 12·5% (VDRL?, EIA+ and FTA-ABS+) of donors reported that they had been at risk for HIV infection (P =0.004). One-third of donors came to the blood bank to help a friend or a relative who needed blood. Conclusion: In conclusion, blood donors with serological profile VDRL> 8 and EIA+, FTA-ABS+ has a higher risk of transmission of infection through transfusion. The presence of donor DNA VDRL> 8 indicates that some individuals do not lose their infectivity when antibodies are developed acute infection. And despite this finding using syphilis NAT is not required for routine donor because antibody tests are sufficient to prevent transmission by transfusion. The continuous monitoring of the risk factors associated with syphilis, can help bring improvements in screening of blood donors, and finally in blood safety. To understand the motivations of high-risk individuals, seeking blood banks instead of centers for voluntary counseling and testing is a subject for further research.en
dc.description.abstractA sífilis é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST). No entanto, 12 milhões de novos casos surgem a cada ano em todo o mundo, um quarto na América Latina. O Ministério da Saúde estima que 1 milhão de novos casos de sífilis surgem anualmente no Brasil. O contato sexual é a principal via de transmissão de sífilis. A transmissão da sífilis por transfusão de sangue é quase insignificante devido a uma melhor seleção de doadores, triagem sorológica, e uma mudança quase universal de transfusão de sangue fresco para os componentes do sangue refrigerados. Objetivo: Identificar a prevalência de DNA do T. pallidum e avaliar as características demográficas, fatores de risco, e as motivações para a doação entre doadores de sangue com sorologia reativa para sífilis. Métodos: As entrevistas foram realizadas no retorno do doador soropositivo para sífilis, quando do aconselhamento médico. A investigação laboratorial foi realizada entre setembro de 2004 a maio de 2009. Para realizar o exame confirmatório, foram utilizados kits aprovados pelo Ministério da Saúde do Brasil, incluindo: um EIA competitivo (Enzygnost * sífilis, Dade Behring, Newark, DE, SA), VDRL (Wiener lab, Rosario, Argentina) e treponema fluorescente teste de anticorpos-absorção (FTA-ABS) Biolab-Mérieux S / A, Rio de Janeiro, Brasil). No estudo de caso-controle comparamos 75 amostras de doadores com sorologia venéreas Disease Research Laboratory (VDRL)> 8, EIA + (ensaio imunoenzimático) e FTA-ABS + (anticorpo ao treponema fluorescente); 80 VDRL-, EIA + e FTA-ABS +; e 34 VDRL- e EIA-. Os doadores foram avaliados por suas características demográficas, comportamento sexual, história de uso de álcool e de drogas ilícitas, e as motivações para doar. Em paralelo, avaliamos a prevalência do DNA do T. Pallidum, por PCR em tempo real, para o gene pol A em 197 amostras VDRL>8 e 80 amostras VDRL-. Resultados: Treponema pallidum DNA foi detectado em duas de doadores (1,02%) das 197 amostras de VDRL> 8, EIA + e FTA-ABS +. Os doadores com VDRL> 8 eram mais propensos a ser divorciado [AOR = 12 ? 53; 95% de intervalo de confiança (IC) 1,30-120-81], apresentar mais de seis parceiro(a)s sexuais (AOR = 7,1, 95% CI 1,12-44,62) e mencionar serem homens que fizeram sexo com outros homens nos últimos 12 meses (AOR = 8,18; 95% CI 1,78-37,60). Doadores com 22 VDRL-, EIA + e FTA-ABS + tinham menor probabilidade de serem do sexo feminino (AOR = 0,26, 95% CI 0,07-0,96), mais velhos (AOR = 10,2, IC 95% 2,45-42,58 ?39 e <60 anos) e ter mais de seis parceiros sexuais nos últimos 12 meses (AOR = 8,37, 95% CI 1,49-46,91). Não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao uso de drogas ilícitas. Do total, 30,7 % (VDRL> 8) e 12,5% (VDRL-, EIA + e FTA-ABS +) dos doadores relataram risco para a infecção pelo HIV (p = 0,004). Quanto às motivações para doar, um terço dos doadores vieram ao banco de sangue com a intenção de ajudar um amigo ou um parente que precisava de sangue. Em conclusão, doadores de sangue com perfil sorológico VDRL> 8, EIA+ e FTA-ABS+ têm um risco maior de transmissão desta infecção por transfusão. A presença do DNA em doadores VDRL>8 indica que alguns indivíduos não perdem a infectividade, mesmo quando anticorpos da fase aguda são desenvolvidos. Apesar desse achado, o uso de sífilis NAT não é necessário para rotina de doadores, pois os testes de anticorpos são suficientes para evitar a transmissão por transfusão. A vigilância contínua nos fatores de risco associados à sífilis pode levar a melhorias na triagem de doadores de sangue e, finalmente, na segurança do sangue. Para entender as motivações de indivíduos de alto risco, que procuram os bancos de sangue em vez de centros de aconselhamento e testagem voluntária novos estudos serão necessários.pt
dc.description.sourceDados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)
dc.format.extent106 p.
dc.identifierhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2251416pt
dc.identifier.citationFERREIRA, Cuzete Cleusa. Fatores de risco e motivações entre os doadores de sangue com testes sorológicos reagentes para sífilis em São Paulo, Brasil. 2014. 106 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.
dc.identifier.file2014-0477.pdf
dc.identifier.urihttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48357
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/restrictedAccess
dc.subjectdoadores de sanguept
dc.subjectmotivações para doar sanguept
dc.subjectfator de riscopt
dc.subjectsorodiagnóstico para sifilispt
dc.subjectreação da polimerase em cadeia em tempo realpt
dc.titleFatores de risco e motivações entre os doadores de sangue com testes sorológicos reagentes para sífilis em São Paulo, Brasilpt
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis
unifesp.campusSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)pt
unifesp.graduateProgramInfectologiapt
unifesp.knowledgeAreaCiências da saúdept
unifesp.researchAreaMedicinapt
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