Disfunção endotelial venosa em pacientes com doença de Chagas sem insuficiência cardíaca

Data
2006-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To analyze the venous endothelial function in Chagas' disease patients without heart failure. METHODS: The Chagas' disease Group (G1) was composed by 14 women and 2 men aged 46 ± 2,7 and the Control Group (G0) by 7 women and 1 man matched by age, weight and height. Dorsal Hand Vein Compliance Technique was used to evaluate the venous endothelial function. Crescent doses of phenylephrine were infused to get a 70% pre-constriction of the vein; after that, acetylcholine and sodium nitroprusside were respectively administrated to analyze the endothelium-dependent and -independent venodilation. RESULTS: No significant systemic hemodynamic changes were observed in both groups during the experiment. The necessary phenylephrine dose to reach 70% pre-constriction of the vein was significantly higher in the G1 (1116 ± 668,2 ng/ml) compared to G0 (103 ± 28 ng/ml) p = 0,05. The endothelium-dependent venous dilation was significantly lower in G1 (65,5 ± 8%) compared to G0 (137 ± 20 %) p = 0,009. No difference was observed in the endothelium-independent venous dilatation between groups. CONCLUSION: Patients with Chagas' disease without heart failure presented venous endothelial dysfunction.
OBJETIVO: Analisar a função endotelial venosa em pacientes chagásicos sem insuficiência cardíaca. MÉTODOS: O grupo Chagas (G1) foi composto por quatorze mulheres e dois homens com idade de 46 ± 2,7 anos, e o grupo controle (G0), por sete mulheres e um homem, pareados em idade, peso, altura. A Técnica de Complacência da Veia Dorsal da Mão foi utilizada para avaliação da função endotelial venosa. Foram infundidas doses crescentes de fenilefrina para se obter pré-constrição de 70% do basal; a seguir, foram administradas acetilcolina e nitroprussiato de sódio para avaliar as respostas de venodilatação, respectivamente, dependentes e independentes do endotélio. RESULTADOS: Não houve variação entre os valores hemodinâmicos nos grupos durante o experimento. A dose média de fenilefrina necessária para pré-constrição da veia foi significativamente maior no G1 (1116 ± 668,2 ng/ml), comparada à do G0 (103 ± 28 ng/ml) p = 0,05. A resposta de venodilatação máxima dependente do endotélio foi significativamente menor no grupo G1 (65,5 ± 8%), comparada à do G0 (137 ± 20 %) p = 0,009. Não houve diferença nas respostas de venodilatação independente do endotélio entre os grupos. CONCLUSÃO: Pacientes com doença de Chagas sem insuficiência cardíaca apresentam disfunção endotelial venosa.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 86, n. 6, p. 466-471, 2006.
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