Atividade das oligopeptidases Ndel1 e ECA em modelo animal para a esquizofrenia frente ao tratamento com antipsicóticos
Data
2018-09-24
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Schizophrenia (SCZ) is a mental disorder with a multifactorial origin,
characterized by disturbances in cognition, regulation of the emotional state and
/ or behavior of the patient. Unlike most of the already known and studied
diseases, the diagnosis for mental disorders is still essentially made it from
clinical interviews, often leading to an erroneous diagnosis since there is a mainly
symptomatic similarity of these disorders. In this context, our group has
demonstrated that the neuropeptides and oligopeptidases system seems to play
an important role in the pathophysiology of schizophrenia, and in the search for
a better understanding of this system, the use of a good animal model is
important. Spontaneously hypertensive rats (SHRs) present behavioral deficits
that mimic the symptoms observed in patients, and these deficits were reversed
by the use of antipsychotics employed in the clinic, making this model viable for
the study of SCZrelated
alterations. Ndel1 (Nuclear Distribution Element like1)
and ACE (angiotensin converting enzyme I) are oligopeptidases capable of
cleaving SCZrelated
neuropeptides such as neurotensin (NT) that has been
described as an endogenous antipsychotic. In order to validate the biochemical
alterations present in this animal model and to correlate with the data obtained in
the clinic, where previous studies have already demonstrated alterations in the
activity of these oligopeptidases in schizophrenic patients when compared to the
healthy controls, paired by sex and age, the activity of Ndel1 and ACE in serum
and selected regions of the brain of SHR animals, which were compared to Wistar
(NWR) control rats, against manipulations in the dopaminergic system, such as
the typical (haloperidol) and atypical (clozapine) antipsychotics, as well as proschizophrenic
drugs such as amphetamine and lisdexamphetamine. Significant
differences in the activity of these oligopeptidases were observed, both before
and after treatment with antipsychotics, which strengthen the validity of this SCZ
animal model. It was also possible to observe a correlation between levels of
activity in the blood (peripheral) that reflect the activity levels of most regions of
the brain (central), strengthening the study using the enzymatic activity of these
oligopeptidase as a tool to investigate the neurobiology of SCZ.
A esquizofrenia (SCZ) é um transtorno mental de origem multifatorial, caracterizado por perturbações na cognição, regulação do estado emocional e/ou comportamento do indivíduo. Diferente da maioria das doenças conhecidas e estudadas, o diagnóstico para os transtornos mentais ainda é essencialmente realizado a partir de entrevistas clínicas, levando muitas vezes a um diagnóstico errôneo uma vez que existe uma semelhança principalmente sintomatológica desses transtornos. Neste contexto, nosso grupo tem demonstrado que o sistema de neuropeptídios e oligopeptidase parece ter uma função importante dentro da patofisiologia da esquizofrênia, e na busca de um melhor entendimento desse sistema, o emprego de um bom modelo animal é de fundamental importância. Os ratos espontaneamente hipertensos (SHRs) apresentam déficits comportamentais que mimetizam os sintomas observados em pacientes, e que ainda esses déficits foram revertidos pelo uso de antipsicóticos empregados na clínica, tornando esse modelo viável para o estudo das alterações relacionadas a SCZ. A Ndel1 (Nuclear Distribution Element like1) e a ECA (enzima conversora de angiotensina I) são oligopeptidases capazes de clivar neuropeptídios relacionados com a SCZ como a neurotensina (NT) que já foi descrita como um antipsicótico endógeno. Com o objetivo de validar as alterações bioquímicas presente neste modelo animal e correlacionar com os dados obtidos na clínica, onde estudos prévios já demonstraram alterações na atividade dessas oligopeptidases em pacientes esquizofrênicos quando comparado aos controles saudáveis, pareados por sexo e idade, avaliamos neste trabalho, a atividade da Ndel1 e da ECA em soro e em regiões selecionadas do cérebro de animais SHR, que foram comparados aos ratos controle Wistar (NWR), frente a manipulações no sistema dopaminérgico, como os antipsicóticos típico (haloperidol) e atípico (clozapina), assim como drogas próesquizofrênicas como a anfetamina e a lisdexanfetamina. Diferenças significativas na atividade dessas oligopeptidases foram observadas, tanto antes como após o tratamento com os antipsicóticos, que fortalecem a validade esse modelo animal de SCZ. Ainda foi possível observar uma correlação entre os níveis de atividade no sangue (periférico) que refletem os níveis de atividade da maioria regiões do cérebro (central), fortalecendo o estudo utilizando a atividade enzimática dessas oligopeptidase como ferramenta para investigar a neurobiologia da SCZ.
A esquizofrenia (SCZ) é um transtorno mental de origem multifatorial, caracterizado por perturbações na cognição, regulação do estado emocional e/ou comportamento do indivíduo. Diferente da maioria das doenças conhecidas e estudadas, o diagnóstico para os transtornos mentais ainda é essencialmente realizado a partir de entrevistas clínicas, levando muitas vezes a um diagnóstico errôneo uma vez que existe uma semelhança principalmente sintomatológica desses transtornos. Neste contexto, nosso grupo tem demonstrado que o sistema de neuropeptídios e oligopeptidase parece ter uma função importante dentro da patofisiologia da esquizofrênia, e na busca de um melhor entendimento desse sistema, o emprego de um bom modelo animal é de fundamental importância. Os ratos espontaneamente hipertensos (SHRs) apresentam déficits comportamentais que mimetizam os sintomas observados em pacientes, e que ainda esses déficits foram revertidos pelo uso de antipsicóticos empregados na clínica, tornando esse modelo viável para o estudo das alterações relacionadas a SCZ. A Ndel1 (Nuclear Distribution Element like1) e a ECA (enzima conversora de angiotensina I) são oligopeptidases capazes de clivar neuropeptídios relacionados com a SCZ como a neurotensina (NT) que já foi descrita como um antipsicótico endógeno. Com o objetivo de validar as alterações bioquímicas presente neste modelo animal e correlacionar com os dados obtidos na clínica, onde estudos prévios já demonstraram alterações na atividade dessas oligopeptidases em pacientes esquizofrênicos quando comparado aos controles saudáveis, pareados por sexo e idade, avaliamos neste trabalho, a atividade da Ndel1 e da ECA em soro e em regiões selecionadas do cérebro de animais SHR, que foram comparados aos ratos controle Wistar (NWR), frente a manipulações no sistema dopaminérgico, como os antipsicóticos típico (haloperidol) e atípico (clozapina), assim como drogas próesquizofrênicas como a anfetamina e a lisdexanfetamina. Diferenças significativas na atividade dessas oligopeptidases foram observadas, tanto antes como após o tratamento com os antipsicóticos, que fortalecem a validade esse modelo animal de SCZ. Ainda foi possível observar uma correlação entre os níveis de atividade no sangue (periférico) que refletem os níveis de atividade da maioria regiões do cérebro (central), fortalecendo o estudo utilizando a atividade enzimática dessas oligopeptidase como ferramenta para investigar a neurobiologia da SCZ.