Comparação entre treino resistido com cordas elásticas e treino convencional na modulação autonômica cardíaca de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
Data
2016-09-26
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: chronic obstructive pulmonary disease (COPD) presents both autonomic impairment and muscle dysfunction. This is related to functional limitations and disease prognosis and that is related to cardiac arrhythmia and sudden death in several conditions. The conventional resistance training (CT) have been recently recognized to increase autonomic modulation, also elastic tubing resistance training (ET) increase functional cardiorespiratory performance and muscle strength in COPD. ET is characterized by some advantages regarding load progression, acceptance, space requirements, costs, being an option for resistance training. Objective: this study investigated ET effects on autonomic modulation, muscle strength and cardiorespiratory functional performance in COPD in comparison with CT. Methods: 39 subjects with COPD were recruited, split into two groups - ET (n=20; 66,5±8,9 years; 25,5±3,5kg/m²; FEV1/FVC: 50,3±11,0) or CT (n=19; 66,0±6,9; 27,1±4,3; FEV1/FVC: 55,05±9,56) performed in 24 sessions, 3 times per week, over 8 weeks. Autonomic modulation was evaluated through heart rate variability using time (rMSSD, SDNN) and frequency domain (HF, LF). Effect of resistance training was measured through dynamometry (to knee flexion and extension, elbow flexion, shoulder flexion and abduction) and the cardiorespiratory functional performance through 6 minutes? walk test. Results: there was no significance between groups. Also, there was increment to rMSSD: (16,7±11,0 vs. 20,8±14,7; p=0,015) vs. (14,2±10,0 vs. 17,4±12,1; p=0,040); HF: (141,9±191,3 vs. 234,9±335,7; p=0,021) vs. (94,1±123,5 vs. 177,6±275,5; 0,024); shoulder abduction: (50,1±19,6 vs. 56,9±20,4; p=0,039) vs. (50,5±19,0 vs. 56,9±19,3; p=0,009); knee flexion: (101,9±34,0 vs. 116,8±43,3; p=0,030) vs. (98,6±21,5 vs. 115,1±30,8; p=0,003) and walk test: (433,0±84,8 vs. 468,9±90,8; p=0,041) vs. (397,4±99,8 vs. 426,3±101,6; p=0,001) after training for both groups, ET and CT respectively. Conclusion: ET was effective in improving cardiac autonomic modulation, peripheral muscle strength, and functional cardiorespiratory performance in subjects with COPD without differences in comparison with CT.
Introdução: este é o primeiro estudo que apresenta evidências da eficácia do treinamento resistido com cordas elásticas (TE) sobre o desfecho modulação autonômica cardíaca na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A DPOC está relacionada a prejuízos autonômicos e musculares periféricos. Esta condição reflete nas limitações funcionais e no prognóstico da doença, bem como àquela está relacionada arritmia cardíaca e morte súbita em diversas condições. O treino resistido convencional (TC) recentemente foi reconhecido por melhorar a modulação autonômica em indivíduos com DPOC, e o TE por melhorar a capacidade funcional cardiorrespiratória e força muscular. Além disso, o TE é caracterizado por algumas vantagens em relação à progressão da carga, aceitação, requisitos de espaço, custos, sendo uma opção interessante de treino resistido. Objetivo: investigar os efeitos do TE na modulação autonômica cardíaca, força muscular periférica e capacidade funcional cardiorrespiratória em indivíduos com DPOC em comparação ao TC. Métodos: 39 indivíduos com DPOC foram alocados em 2 grupos, TE (n=20; 66,5±8,9 anos; 25,5±3,5kg/m2 ; VEF1/CVF: 50,3±11,0) ou TC (n=19; 66,0±6,9; 27,1±4,3; VEF1/CVF: 55,05±9,56), os quais realizaram 24 sessões de treinamento, 3 vezes por semana, por 8 semanas. A modulação autonômica foi avaliada pela variabilidade da frequência cardíaca nos domínios do tempo (rMSDD e SDNN) e da frequência (HF e baixa frequência em ms²). A força periférica para flexão e extensão de joelho, flexão de cotovelo e flexão e abdução de ombro foi mensurada pela dinamometria (Newtons) e a capacidade cardiorrespiratória pelo teste de caminhada de seis minutos (m). Estatisticamente foi avaliada a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk e em seguida foi aplicado t de Student para dados não pareados ou Mann-Whitney na comparação entre os deltas. Significância de 5%. Resultados: os desfechos analisados não apresentaram diferenças significantes entre os grupos. Houve incremento significante para o rMSSD(ms): (16,7±11,0 vs. 20,8±14,7; p=0,015) vs. (14,2±10,0 vs. 17,4±12,1; p=0,040); HF(ms²): (141,9±191,3 vs. 234,9±335,7; p=0,021) vs. (94,1±123,5 vs. 177,6±275,5; 0,024); abdução de ombro: (50,1±19,6 vs. 56,9±20,4; p=0,039) vs. (50,5±19,0 vs. 56,9±19,3; p=0,009); flexão de joelho: (101,9±34,0 vs. 116,8±43,3; p=0,030) vs. (98,6±21,5 vs. 115,1±30,8; p=0,003) e teste de caminhada: (433,0±84,8 vs. 468,9±90,8; p=0,041) vs. (397,4±99,8 vs. 426,3±101,6; p=0,001) quando comparados antes e após o treino para ambos os grupos, TE e TC, respectivamente. Conclusões: o TE foi efetivo em aumentar a modulação autonômica cardíaca, com benefícios adicionais na força muscular periférica e capacidade funcional cardiorrespiratória em indivíduos com DPOC sem diferenças em comparação ao TC.
Introdução: este é o primeiro estudo que apresenta evidências da eficácia do treinamento resistido com cordas elásticas (TE) sobre o desfecho modulação autonômica cardíaca na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A DPOC está relacionada a prejuízos autonômicos e musculares periféricos. Esta condição reflete nas limitações funcionais e no prognóstico da doença, bem como àquela está relacionada arritmia cardíaca e morte súbita em diversas condições. O treino resistido convencional (TC) recentemente foi reconhecido por melhorar a modulação autonômica em indivíduos com DPOC, e o TE por melhorar a capacidade funcional cardiorrespiratória e força muscular. Além disso, o TE é caracterizado por algumas vantagens em relação à progressão da carga, aceitação, requisitos de espaço, custos, sendo uma opção interessante de treino resistido. Objetivo: investigar os efeitos do TE na modulação autonômica cardíaca, força muscular periférica e capacidade funcional cardiorrespiratória em indivíduos com DPOC em comparação ao TC. Métodos: 39 indivíduos com DPOC foram alocados em 2 grupos, TE (n=20; 66,5±8,9 anos; 25,5±3,5kg/m2 ; VEF1/CVF: 50,3±11,0) ou TC (n=19; 66,0±6,9; 27,1±4,3; VEF1/CVF: 55,05±9,56), os quais realizaram 24 sessões de treinamento, 3 vezes por semana, por 8 semanas. A modulação autonômica foi avaliada pela variabilidade da frequência cardíaca nos domínios do tempo (rMSDD e SDNN) e da frequência (HF e baixa frequência em ms²). A força periférica para flexão e extensão de joelho, flexão de cotovelo e flexão e abdução de ombro foi mensurada pela dinamometria (Newtons) e a capacidade cardiorrespiratória pelo teste de caminhada de seis minutos (m). Estatisticamente foi avaliada a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk e em seguida foi aplicado t de Student para dados não pareados ou Mann-Whitney na comparação entre os deltas. Significância de 5%. Resultados: os desfechos analisados não apresentaram diferenças significantes entre os grupos. Houve incremento significante para o rMSSD(ms): (16,7±11,0 vs. 20,8±14,7; p=0,015) vs. (14,2±10,0 vs. 17,4±12,1; p=0,040); HF(ms²): (141,9±191,3 vs. 234,9±335,7; p=0,021) vs. (94,1±123,5 vs. 177,6±275,5; 0,024); abdução de ombro: (50,1±19,6 vs. 56,9±20,4; p=0,039) vs. (50,5±19,0 vs. 56,9±19,3; p=0,009); flexão de joelho: (101,9±34,0 vs. 116,8±43,3; p=0,030) vs. (98,6±21,5 vs. 115,1±30,8; p=0,003) e teste de caminhada: (433,0±84,8 vs. 468,9±90,8; p=0,041) vs. (397,4±99,8 vs. 426,3±101,6; p=0,001) quando comparados antes e após o treino para ambos os grupos, TE e TC, respectivamente. Conclusões: o TE foi efetivo em aumentar a modulação autonômica cardíaca, com benefícios adicionais na força muscular periférica e capacidade funcional cardiorrespiratória em indivíduos com DPOC sem diferenças em comparação ao TC.
Descrição
Citação
VITOR-RICCI, Ana Laura. Comparação entre treino resistido com cordas elásticas e treino convencional na modulação autonômica cardíaca de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. 2016. 79 f. Tese (Doutorado em Medicina: Cardiologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.