A saúde mental infanto juvenil e atenção básica: um estudo de caso

Data
2019-08-26
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Resumo
Children and teenagers with mental health issues, especially severe and complex cases, seem to be relegated to places in the health care networks through a referral system with little or no involvement within primary care. Despite the specialized support of dedicated units called NASF-AB and the national public health (SUS) policies, which guides the completeness and longitudinality of this care along with the support healthcare network/mental health network (RAS/RAPS) and among other sectors, the actions seem to be below the standards. In order to understand the mental health care of children and adolescents within Primary Care, we conducted a case study based on the charting the therapeutic itineraries experienced by that population within the primary health care unit (UBS) with NASF-AB support. We used open interviews, narratives, focal groups and records analysis as empirical bases in the development of the study. We discuss the results from a matrix of principles unfolded in criteria built from federal government policies, that guides mental health care, including the study population. From our analysis, we observed that the theme involving children, adolescents, mental health and the development of its care in public health, as proposed by SUS, is still under construction. It is necessary to undertake important adjustments to the current methods, in order to achieve the proposed model. Primary care still does not have compatible human and material resources to cope with this daily and ever growing demand primary care units (UBS). The articulation between services and sectors, as proposed to ensure the completeness and longitudinality of care is still incipient, even for severe and complex cases of child mental health. The care advocated for this public still presents many important challenges to be faced so that it translates into positive development for those subjects, in an ethic of inclusion and citizenship building in the communities.
Crianças e adolescentes com questões de saúde mental, especialmente casos graves e complexos, parecem estar relegados a pontos de cuidado nas redes de atenção à saúde, por meio de um sistema de referências com pouco ou nenhum envolvimento dentro da Atenção Básica. Apesar do apoio especializado dos NASF-AB e das normativas do SUS que orientam quanto a integralidade e longitudinalidade deste cuidado em articulação coma as RAS/RAPS e de forma intersetorial, as ações efetivadas parecem estar aquém do preconizado. No intuito de compreender o cuidado em saúde mental das crianças e adolescentes dentro da Atenção Básica, realizou-se estudo de caso com base na elaboração dos itinerários terapêuticos vivenciados por aquela população dentro de UBS com NASF-AB de referência. Utilizaram-se entrevistas abertas, narrativas, grupo focal e análise documental como bases empíricas no desenvolvimento do estudo. Discutiram-se os resultados à partir de uma matriz de princípios desdobrados em critérios construídos com base em documentos ministeriais que direcionam o cuidado em saúde mental inclusive para a população em estudo. Com nossa análise, observou-se que a temática envolvendo crianças, adolescentes, saúde mental e o desenvolvimento de seu cuidado na AB como proposto pelo SUS, ainda está em construção. Fazem-se necessárias importantes adequações à prática desenvolvida para que haja a concretização do modelo proposto. A AB ainda não dispõe de recursos humanos e materiais compatíveis para responder a esta demanda que se apresenta de forma diária e crescente nas UBS. A articulação inter-serviços e setores, como proposta para garantir a integralidade e longitudinalidade na assistência, ainda é incipiente, mesmo para casos graves e complexos de saúde mental infantojuvenil. O cuidado preconizado a esse público ainda apresenta muitos e importantes desafios a serem enfrentados, para que se traduza em desenvolvimento positivo àqueles sujeitos, em uma ética de inclusão e construção de cidadania nas comunidades.
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