Avaliação da Expressão da Vimentina em Leucemia Linfocítica Crônica e sua importância como fator de prognóstico
Data
2010-02-24
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
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Resumo
Purpose: In this study our purpose was to evaluate the prognostic significance of the vimentin expression on CLL cells, from peripheral blood (PB) and bone marrow (BM) biopsy samples, correlating with already well known prognostic markers in CLL such as mutational status of IgVH genes, expression of CD38, Zap-70 protein, and VEGFR, molecular cytogenetics (FISH) results and with Binet’s clinical stage and progression free survival (PFS) Methods: Sixty six patients with CLL from Hospital São Paulo-UNIFESP were studied. The CLL diagnosis was established by leukemic cells immunophenotyping using score system (Moreau et al). PB cells were collected at admission and evaluated by flow cytometry for CD38 (through positive cells percentage and mean fluorescence intensity –MFI- methods) and Zap-70, VEGFR and Vimentin expressions. For the last ones (Vimentin and VEGFR) mononuclear cells separated by Ficoll Hypaque gradient were used. The Vimentin expression was evaluated in fresh and/or cryopreserved blood samples and also in BM biopsy specimens obtained at the time of diagnosis, by immunohistochemistry.The BM infiltration pattern was also evaluated. The IgVH genes mutational status was evaluated by PCR techniques followed by sequencing. Results: Vimentin expression in both circulating and marrow cells was associated with VEGFR positive expression, unmutated IgVH genes, diffuse bone marrow infiltration and unfavourable cytogenetics abnormalities. Association of CD38 expression was observed only in BM. Advanced clinical stage, age>68 years, positive expression for CD38 and VEGFR, unmutated IgVH genes, unfavourable cytogenetics abnormalities, vimentin expression in PB and BM cells and diffuse marrow infiltration pattern were associated with short PFS. The impact of these prognostic markers was also observed in Binet A patients. In multivariate analysis, the Binet’s stages B+C (p=0,008), strong unimodal and bimodal IMF pattern of CD38 (p=0,03), diffuse marrow infiltration (p=0,02) and vimentin expression on BM cells by immunohistochemistry (p=0,002) were identified as independent risk factor for reduced PFS. Comparison of Vimentin expression in PB cells by flow cytometry and in BM cells by immunohistochemistry from the same patients, showed concordant results. When vimentin expression in fresh and thawed samples from the same patients was compared, concordant results were also observed. Conclusions: Vimentin expression in CLL cells from both PB and BM showed high impact as prognostic marker, predicting poor PFS, even in Binet A patients. Both flow cytometry and immunohistochemistry are relatively easy techniques and feasible in most flow cytometric or pathological laboratories, requiring the usual routine equipments. Our results were comparable to IgVH mutational status suggesting the usefulness of Vimentin as prognostic marker in CLL patients. In addition its evaluation might be useful for the better understanding of pathofisiology of CLL and also, for the therapeutic interventions, such as the use of EGCG (epigallocatechin galate – green tea).
Objetivos: Avaliar o valor de prognóstico da expressão da vimentina em linfócitos de LLC no sangue periférico (SP) e medula óssea (MO), através da comparação com os principais fatores de prognóstico: estado de mutação IgVH, expressão de CD38, Zap-70, VEGF e anormalidades citogenéticas, estádio clínico Binet e sobrevida livre de progressão (SLP). Material e Métodos: Foram estudados 66 pacientes acompanhados no Hospital São Paulo-UNIFESP com diagnóstico de LLC confirmado por citometria de fluxo multiparamétrica (CFM). Amostras de SP foram estudadas através de CFM para avaliar expressão do CD38 (pela porcentagem de células positivas e pelo histograma de intensidade média de fluorescência -IMF), Zap-70, VEGFR. A expressão da vimentina foi avaliada por CFM em células separadas (PBMC) de SP (à fresco e congeladas) e por imunohistoquimica (IHQ) em biópsias de MO colhidas ao diagnóstico. Foi também avaliado o padrão de infiltração tumoral medular. O estado mutacional dos genes IgVH foi estudado através de PCR e posterior seqüenciamento. FISH foi realizado para análise citogenéticamolecular. Resultados: Nos 66 pacientes estudados, os parâmetros que se relacionaram à menor SLP foram: idade<68 anos, estádio clinico avançado, expressão positiva do CD38, tanto pela porcentagem quanto pela curva do histograma de IMF, expressão positiva do VEGFR, estado não mutado dos genes IgVH, alta expressão da vimentina tanto por CFM quanto por IHQ, padrão de infiltração difuso da medula óssea, alterações citogenéticas desfavoráveis. Estes mesmos parâmetros também se associaram à menor SLP quando analisados somente os pacientes em estágio Binet A. A expressão da vimentina por ambos os métodos realizada em 47 pacientes, mostrou alta concordância entre eles. Além disso, não houve alteração da expressão da vimentina nas amostras congeladas, quando comparadas às amostras frescas dos mesmos pacientes. Na análise multivariada, o estádio Binet B + C (p=0,008), a expressão de CD38 com IMF unimodal forte e bimodal (p=0,03), o padrão difuso de infiltração medular (p=0,02) e a expressão da vimentina na MO por IHQ (p=0,002) se mostraram fatores de risco independentes para menor SLP. A alta expressão da vimentina se associou a marcadores de mau prognóstico (expressão do VEGF, IgVH NM, alterações citogenéticas desfavoráveis e infiltração medular difusa).Conclusões: A alta expressão da vimentina em linfócitos leucêmicos, tanto do SP quanto da MO, apresentou forte impacto no prognóstico, inclusive nos pacientes em estágio Binet A. Ambas as técnicas para avaliar a expressão da vimentina mostraram-se de fácil realização, sendo viáveis nos laboratórios de CF e de Anatomia Patológica, utilizando-se equipamentos de rotina desses serviços. Os resultados foram comparáveis ao estado mutacional do IgVH, podendo ser úteis na previsão de prognóstico dos pacientes com LLC. Adicionalmente, avaliação da expressão da vimentina será de grande utilidade na melhor compreensão da fisiopatologia da LLC e, inclusive, contribuir no manejo dos pacientes com uso de substâncias alvo-epecíficas como a administração de EGCG (epigalocatequina galate, chá verde).
Objetivos: Avaliar o valor de prognóstico da expressão da vimentina em linfócitos de LLC no sangue periférico (SP) e medula óssea (MO), através da comparação com os principais fatores de prognóstico: estado de mutação IgVH, expressão de CD38, Zap-70, VEGF e anormalidades citogenéticas, estádio clínico Binet e sobrevida livre de progressão (SLP). Material e Métodos: Foram estudados 66 pacientes acompanhados no Hospital São Paulo-UNIFESP com diagnóstico de LLC confirmado por citometria de fluxo multiparamétrica (CFM). Amostras de SP foram estudadas através de CFM para avaliar expressão do CD38 (pela porcentagem de células positivas e pelo histograma de intensidade média de fluorescência -IMF), Zap-70, VEGFR. A expressão da vimentina foi avaliada por CFM em células separadas (PBMC) de SP (à fresco e congeladas) e por imunohistoquimica (IHQ) em biópsias de MO colhidas ao diagnóstico. Foi também avaliado o padrão de infiltração tumoral medular. O estado mutacional dos genes IgVH foi estudado através de PCR e posterior seqüenciamento. FISH foi realizado para análise citogenéticamolecular. Resultados: Nos 66 pacientes estudados, os parâmetros que se relacionaram à menor SLP foram: idade<68 anos, estádio clinico avançado, expressão positiva do CD38, tanto pela porcentagem quanto pela curva do histograma de IMF, expressão positiva do VEGFR, estado não mutado dos genes IgVH, alta expressão da vimentina tanto por CFM quanto por IHQ, padrão de infiltração difuso da medula óssea, alterações citogenéticas desfavoráveis. Estes mesmos parâmetros também se associaram à menor SLP quando analisados somente os pacientes em estágio Binet A. A expressão da vimentina por ambos os métodos realizada em 47 pacientes, mostrou alta concordância entre eles. Além disso, não houve alteração da expressão da vimentina nas amostras congeladas, quando comparadas às amostras frescas dos mesmos pacientes. Na análise multivariada, o estádio Binet B + C (p=0,008), a expressão de CD38 com IMF unimodal forte e bimodal (p=0,03), o padrão difuso de infiltração medular (p=0,02) e a expressão da vimentina na MO por IHQ (p=0,002) se mostraram fatores de risco independentes para menor SLP. A alta expressão da vimentina se associou a marcadores de mau prognóstico (expressão do VEGF, IgVH NM, alterações citogenéticas desfavoráveis e infiltração medular difusa).Conclusões: A alta expressão da vimentina em linfócitos leucêmicos, tanto do SP quanto da MO, apresentou forte impacto no prognóstico, inclusive nos pacientes em estágio Binet A. Ambas as técnicas para avaliar a expressão da vimentina mostraram-se de fácil realização, sendo viáveis nos laboratórios de CF e de Anatomia Patológica, utilizando-se equipamentos de rotina desses serviços. Os resultados foram comparáveis ao estado mutacional do IgVH, podendo ser úteis na previsão de prognóstico dos pacientes com LLC. Adicionalmente, avaliação da expressão da vimentina será de grande utilidade na melhor compreensão da fisiopatologia da LLC e, inclusive, contribuir no manejo dos pacientes com uso de substâncias alvo-epecíficas como a administração de EGCG (epigalocatequina galate, chá verde).
Descrição
Citação
SIUFI, Grazziella Curado. Avaliação da Expressão da Vimentina em Leucemia Linfocítica Crônica e sua importância como fator de prognóstico. 2010. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2010.