Retorno ao esporte após reconstrução do ligamento cruzado anterior
Data
2016-05-25
Autores
Novaretti, Joao Victor 
Orientadores
Franciozi, Carlos Eduardo da Silveira Franciozi
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Objective: To correlate factors associated with better rate of return to the sport that can be assessed six months after surgery. Methods: This was a prospective cohort study with patients undergoing reconstruction of the anterior cruciate ligament. Six months after surgery, patients were submitted to arthrometry tests (KT-1000 TM), isokinetic evaluation, static and dynamic stability tests and the drop-jump video screening test (Sportsmetrics®). In addition, patients completed the evaluation questionnaires knee International Knee Documentation Committee (IKDC) and Lysholm and Tegner score with at least one year after surgery. Results: The rate of return to the sport in the pre-injury level was 53.4% and the rate of return to some sports activity was 84.4%. The group with IKDC Excellent/Good presented a difference in arthrometry of the member operated less the non-operated limb (mean L-N) higher than the group with IKDC Regular/Poor (p = 0.015). The group with Lysholm Excellent/Good presented a greater mean L-N than the group with Lysholm Regular/Poor (p = 0.010). The group ranging from 0 or negative difference from Tegner before and after lesion had a mean L-N greater than the group with positive difference Tegner (p = 0.007). Belonging to the group IKDC Regular/Poor conferred an increased risk (OR = 11.2, 95% CI: 3.0 to 42.2) of belonging to the group variation Tegner >0 (poor). Belonging to the Lysholm Regular/Poor group conferred a higher risk (OR = 24.8, 95% CI: 4.8 to 128.5) of belonging to the group variation Tegner >0 (poor). The group Quadriceps Deficit ?10 presented a less average I/Q ratio than the group with Quadriceps Deficit >10 (p = 0.001). The group with hamstrings deficit ?10 presented a greater average I/Q ratio than the group with hamstrings deficit >10 (p = 0.035). Belonging to the group that used patellar tendon graft (PT) conferred an increased risk (OR = 9.5; 95% CI: 1.04 to 87.07) of belonging to the group Quadriceps >10 than the group that used hamstring graft (STG). Conclusion: The best predictor of return to the sport after reconstruction of the anterior cruciate ligament, analyzed at 6 months postoperatively, was greater freedom of forward displacement of the operated limb compared to the non-operated. This greater freedom of anterior, even if <3 mm compared to the contralateral limb, also related to a lower hamstring peak torque in the operated limb at 6 months and better IKDC, Lysholm and Tegner at follow-up.
Objetivo: Correlacionar fatores associados a melhor taxa de retorno ao esporte que possam ser avaliados com 6 meses de pós-operatório. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectiva, com pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior. Com seis meses de pós-operatório, os pacientes foram submetidos aos testes de artrometria (KT-1000TM), avaliação isocinética, testes de estabilidade estático e dinâmico e o teste de vídeo análise do salto vertical (Sportsmetrics®). Além disso, os pacientes responderam aos questionários de avaliação do joelho International Knee Documentation Committee (IKDC) e Lysholm e o escore Tegner com pelo menos um ano de pós-operatório. Resultados: A taxa de retorno ao esporte no nível pré-lesão foi de 53,4%. Já a taxa de retorno a alguma atividade esportiva foi de 84,4%. O grupo com IKDC Excelente/Bom apresentou uma diferença na artrometria do membro operado menos o membro não operado (média L-N) maior do que o grupo com IKDC Regular/Ruim (p=0,015). O grupo com Lysholm Excelente/Bom apresentou uma média L-N maior do que o grupo com Lysholm Regular/Ruim (p = 0,010). O grupo com variação de Tegner 0 ou negativo apresentou uma média L-N maior que o grupo com Tegner positivo (p = 0,007). Pertencer ao grupo IKDC Regular/Ruim conferiu um risco maior (OR = 11,2; IC95%: 3,0 ? 42,2) de pertencer ao grupo variação Tegner >0 (ruim). Pertencer ao grupo Lysholm Regular/Ruim conferiu um risco maior (OR = 24,8; IC95%: 4,8 ? 128,5) de pertencer ao grupo variação Tegner >0 (ruim). O grupo com Quadriceps Déficit ? 10 apresentou uma média Rel Ago/Ant Inv menor que o grupo com Quadriceps Déficit >10 (p = 0,001). O grupo com Isquiotibiais Déficit ? 10 apresentou uma média Rel Ago/Ant Inv maior que o grupo com Isquiotibiais Déficit >10 (p = 0,035). Pertencer ao grupo no qual foi utilizado enxerto de tendão patelar (TP) conferiu um risco maior (OR = 9,5; IC95%: 1,04 ? 87,07) de pertencer ao grupo Quadriceps > 10 do que o grupo no qual foi utilizado enxerto de semitendíneo-grácil (STG). Conclusão: O melhor preditor de retorno ao esporte após reconstrução do ligamento cruzado anterior, analisado aos 6 meses de pós-operatório, foi uma maior liberdade de anteriorização do membro operado em relação ao não-operado. Essa maior liberdade de anteriorização, ainda que <3mm em relação ao membro contralateral, também relacionou-se a um menor pico de torque isquiotibial no membro operado aos 6 meses e um melhor IKDC, Lysholm e Tegner no seguimento dos pacientes.
Objetivo: Correlacionar fatores associados a melhor taxa de retorno ao esporte que possam ser avaliados com 6 meses de pós-operatório. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectiva, com pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior. Com seis meses de pós-operatório, os pacientes foram submetidos aos testes de artrometria (KT-1000TM), avaliação isocinética, testes de estabilidade estático e dinâmico e o teste de vídeo análise do salto vertical (Sportsmetrics®). Além disso, os pacientes responderam aos questionários de avaliação do joelho International Knee Documentation Committee (IKDC) e Lysholm e o escore Tegner com pelo menos um ano de pós-operatório. Resultados: A taxa de retorno ao esporte no nível pré-lesão foi de 53,4%. Já a taxa de retorno a alguma atividade esportiva foi de 84,4%. O grupo com IKDC Excelente/Bom apresentou uma diferença na artrometria do membro operado menos o membro não operado (média L-N) maior do que o grupo com IKDC Regular/Ruim (p=0,015). O grupo com Lysholm Excelente/Bom apresentou uma média L-N maior do que o grupo com Lysholm Regular/Ruim (p = 0,010). O grupo com variação de Tegner 0 ou negativo apresentou uma média L-N maior que o grupo com Tegner positivo (p = 0,007). Pertencer ao grupo IKDC Regular/Ruim conferiu um risco maior (OR = 11,2; IC95%: 3,0 ? 42,2) de pertencer ao grupo variação Tegner >0 (ruim). Pertencer ao grupo Lysholm Regular/Ruim conferiu um risco maior (OR = 24,8; IC95%: 4,8 ? 128,5) de pertencer ao grupo variação Tegner >0 (ruim). O grupo com Quadriceps Déficit ? 10 apresentou uma média Rel Ago/Ant Inv menor que o grupo com Quadriceps Déficit >10 (p = 0,001). O grupo com Isquiotibiais Déficit ? 10 apresentou uma média Rel Ago/Ant Inv maior que o grupo com Isquiotibiais Déficit >10 (p = 0,035). Pertencer ao grupo no qual foi utilizado enxerto de tendão patelar (TP) conferiu um risco maior (OR = 9,5; IC95%: 1,04 ? 87,07) de pertencer ao grupo Quadriceps > 10 do que o grupo no qual foi utilizado enxerto de semitendíneo-grácil (STG). Conclusão: O melhor preditor de retorno ao esporte após reconstrução do ligamento cruzado anterior, analisado aos 6 meses de pós-operatório, foi uma maior liberdade de anteriorização do membro operado em relação ao não-operado. Essa maior liberdade de anteriorização, ainda que <3mm em relação ao membro contralateral, também relacionou-se a um menor pico de torque isquiotibial no membro operado aos 6 meses e um melhor IKDC, Lysholm e Tegner no seguimento dos pacientes.
Descrição
Citação
NOVARETTI, Joao Victor. Retorno ao esporte após reconstrução do ligamento cruzado anterior. 2016. 69 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.