Tendência da Mortalidade por Lupus Eritematoso Sistêmico no Estado de São Paulo

Data
2007
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objetivo: Estimar a tendência na mortalidade por LES no Estado de São Paulo em duas décadas. Material e método: A fonte dos dados utilizados neste estudo foram os bancos de óbitos de residentes no Estado de São Paulo, fornecidos pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados constando LES como causa básica de morte, de janeiro de 1985 a dezembro de 2004. As taxas de mortalidade por LES foram ajustadas pelo método direto utilizando a população padrão do Brasil, ano 2000. As taxas foram estimadas por milhão de habitantes (hab). Para análise da tendência da mortalidade foi usado o coeficiente de correlação de Pearson e considerados significantes valores de p menores que 0,05. Resultados: Um total de 2.601 mortes foi atribuído ao LES durante o período estudado. Noventa por cento das mortes ocorreram em mulheres. A média de idade na morte durante todo o período foi de 35,3 anos. As taxas de mortalidade ajustadas à idade foram de 3,4 e 4,01 óbitos/milhão de hab/ano nos períodos de 1985-1995 e 1996 -2004, respectivamente. No sexo feminino e masculino as taxas foram, respectivamente, 6,1 e 0,7 óbitos/ milhão/hab/ ano para o período 1985-1995 e, para o período de 1996-2004 foram de 7,1 e 0,8 óbitos/milhão hab/ano. Houve um aumento significativo nas taxas de mortalidade nas mulheres acima de 40 anos, ao longo de todo o período, sem diminuição significativa das taxas de mortalidade nas mulheres abaixo dos 40 anos. Não houve alterações significativas nas taxas de mortalidade no sexo masculino. Para o ano 2000 foi observada mortalidade mais alta nas mulheres não-brancas em relação às brancas, porém, as diferenças nas taxas de mortalidade não foram significativas. Conclusão: Pacientes com LES no Estado de São Paulo, falecem em idade muito jovem em relação aos países mais desenvolvidos. As curvas de mortalidade mostraram poucas alterações nestas duas décadas. O aumento das taxas de mortalidade nas mulheres acima de 40 anos de idade, sem diminuição das mesmas abaixo dos 40 anos, sugere aumento de diagnósticos nesta faixa etária e não melhora na sobrevida. Além de possível background genético diferente, dificuldades de acesso a tratamento e cuidados médicos adequados, podem contribuir para o prognóstico desfavorável nos nossos pacientes..
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São Paulo: [s.n.], 2007. 78 p.
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