Antibioticoprofilaxia pós-operatória em mamoplastia redutora: ensaio clínico com randomização
Data
2018-06-29
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: Reduction mammoplasty is a routine and well-established
procedure. Studies have shown benefits of using antibiotics in this
procedure. Nevertheless, there is no evidence to support postoperative
antibiotic prophylaxis. Objective: Evaluating the influence of
postoperative antibiotics delivery on infection rates after reduction
mammoplasties. Methods: Randomized trial of non-inferiority, with two
parallel groups, triple blinding. The participants were 124 women with
breast hypertrophy, with reduction mammoplasty already scheduled,
selected consecutively. All the patients underwent reduction mammoplasty,
by the same surgical team, using the super-medial pedicle technique for
ascending the nipple-areola complex. All patients received cephalothin (1g)
intravenously at the anesthetic induction and every six hours for 24 hours.
At hospital discharge, they were randomly assigned to the placebo (PG, n =
62) or antibiotic (AG, n = 62) group and were instructed to take identical
capsules containing 500mg cephalexin or placebo, respectively, every six
hours for seven days. The patients were weekly seen for the occurrence of
surgical site infection, using the criteria and definitions of the Centers for
Disease Control and Prevention, for 30 days, by a surgeon who was
unaware of the allocation. Results: There was no statistical difference
between groups regarding age, body mass index or resected breast tissue
weight. The overall surgical site infection rate was 0.81%. Only one
patient, allocated to AG, presented infection, classified as superficial
incision (p=1.00). In AG, surgery time was higher (p=0.003). Conclusion:
The maintenance of antibiotics in the postoperative period of reducing
mammoplasties did not influence the rates of surgical site infection.
Contexto: A mamoplastia redutora é um procedimento rotineiro e bem estabelecido. Estudos têm demonstrado benefícios do uso de antibióticos neste procedimento. Entretanto, não existem evidências que embasem a antibioticoprofilaxia pós-operatória. Objetivo: Avaliar a influência da administração pós-operatória de antibióticos nas taxas de infecção após mamoplastias redutoras. Métodos: Ensaio clínico com randomização, de não-inferioridade, com dois grupos paralelos, triplo cego. Participaram 124 mulheres com hipertrofia mamária, com mamoplastia redutora já agendada, selecionadas consecutivamente. Todas as pacientes foram submetidas à mamoplastia redutora, pela mesma equipe cirúrgica, utilizando-se a técnica do pedículo súpero-medial para ascensão do complexo areolopapilar. Todas receberam cefalotina (1g) intravenosa na indução anestésica e a cada seis horas, por 24 horas. Na alta hospitalar, foram randomicamente alocadas para os grupos placebo (GP, n=62) ou antibiótico (GA, n=62) e orientadas a tomar cápsulas idênticas contendo placebo ou 500mg de cefalexina, respectivamente, a cada seis horas, por sete dias. As pacientes foram acompanhadas semanalmente quanto à ocorrência de infecção do sítio cirúrgico, utilizando-se os critérios e definições do Centers for Disease Control and Prevention, por 30 dias, por um cirurgião que desconhecia a alocação. Resultados: Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a idade, índice de massa corporal ou peso de tecido mamário ressecado. A taxa global de infecção do sítio cirúrgico foi de 0,81%. Apenas uma paciente, alocada no GA, apresentou infecção, classificada como incisional superficial (p=1,00). No GP o tempo de cirurgia foi maior (p=0,003). Conclusão: A manutenção de antibióticos no pós-operatório de mamoplastias redutoras não influenciou as taxas de infecção do sítio cirúrgico.
Contexto: A mamoplastia redutora é um procedimento rotineiro e bem estabelecido. Estudos têm demonstrado benefícios do uso de antibióticos neste procedimento. Entretanto, não existem evidências que embasem a antibioticoprofilaxia pós-operatória. Objetivo: Avaliar a influência da administração pós-operatória de antibióticos nas taxas de infecção após mamoplastias redutoras. Métodos: Ensaio clínico com randomização, de não-inferioridade, com dois grupos paralelos, triplo cego. Participaram 124 mulheres com hipertrofia mamária, com mamoplastia redutora já agendada, selecionadas consecutivamente. Todas as pacientes foram submetidas à mamoplastia redutora, pela mesma equipe cirúrgica, utilizando-se a técnica do pedículo súpero-medial para ascensão do complexo areolopapilar. Todas receberam cefalotina (1g) intravenosa na indução anestésica e a cada seis horas, por 24 horas. Na alta hospitalar, foram randomicamente alocadas para os grupos placebo (GP, n=62) ou antibiótico (GA, n=62) e orientadas a tomar cápsulas idênticas contendo placebo ou 500mg de cefalexina, respectivamente, a cada seis horas, por sete dias. As pacientes foram acompanhadas semanalmente quanto à ocorrência de infecção do sítio cirúrgico, utilizando-se os critérios e definições do Centers for Disease Control and Prevention, por 30 dias, por um cirurgião que desconhecia a alocação. Resultados: Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a idade, índice de massa corporal ou peso de tecido mamário ressecado. A taxa global de infecção do sítio cirúrgico foi de 0,81%. Apenas uma paciente, alocada no GA, apresentou infecção, classificada como incisional superficial (p=1,00). No GP o tempo de cirurgia foi maior (p=0,003). Conclusão: A manutenção de antibióticos no pós-operatório de mamoplastias redutoras não influenciou as taxas de infecção do sítio cirúrgico.