Avaliação da olfação e da composição corporal em pacientes com narcolepsia

dc.contributor.advisorCoelho, Fernando Morgadinho Santos [UNIFESP]
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/4520146294812879pt_BR
dc.contributor.authorTruzzi, Giselle de Martin [UNIFESP]
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/8858807536474672pt_BR
dc.coverage.spatialSão Paulopt_BR
dc.date.accessioned2023-06-12T18:16:06Z
dc.date.available2023-06-12T18:16:06Z
dc.date.issued2023-05-08
dc.description.abstractIntrodução: A Narcolepsia é um transtorno do sono caracterizado pela sonolência excessiva diurna, cataplexia, paralisia do sono, alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas e fragmentação do sono. Além desses aspectos, a doença está relacionada a outras mudanças em diversos sistemas, incluindo alterações olfatórias, maior ganho ponderal, diminuição da saciedade alimentar, transtornos psicológicos, sintomas relacionados à disautonomia e aumento da prevalência do transtorno comportamental do sono REM. Dessa forma, esse estudo busca avaliar e encontrar correlações entre os diversos sintomas secundários da narcolepsia que, apesar de não serem seus definidores, podem auxiliar no diagnóstico e, devem ser reconhecidos e tratados nos indivíduos acometidos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, com a participação de pacientes com diagnóstico de narcolepsia, com deficiência de hipocretina-1 e níveis de hipocretina-1 dentro da normalidade. Para a detecção de distúrbios olfatórios foi utilizado o University of Pennsylvania Smell Identification Test (UPSIT). A avaliação da composição corporal foi realizada através das medidas antropométricas, por bioimpedância tetrapolar, de pesquisa da presença de compulsão alimentar por meio da Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP). Foram investigadas queixas de alterações do sistema nervoso autonômico e de Transtorno Comportamental do sono REM através de questionários. Resultados: Foram incluídos 42 participantes no estudo, com diagnóstico de narcolepsia. Não houve diferenças significantes na avaliação olfatória entre pacientes com níveis de hipocretina-1 baixos quando comparados aos com níveis de hipocretina-1 normais, embora uma leve diminuição da função olfatória tenha sido observada em grande parte dos indivíduos, de ambos os grupos (grupo com deficiência de hipocretina-1: mediana 32,50, intervalo 10-38; grupo com níveis normais de hipocretina-1: mediana: 33,00, intervalo 16-39; p=0,86). Constatou-se diferença nos parâmetros antropométricos, com maior tendência à obesidade nos indivíduos com deficiência de hipocretina-1 (grupo com deficiência de hipocretina-1: 32,64±5,88; grupo com níveis normais de hipocretina-1: 26,40±7,68; p=0,01). Houve melhor desempenho no UPSIT naqueles que apresentavam mais anos de estudo (grupo com resultados olfatórios normais 15,19±4,3 versus grupo com resultados olfatórios alterados: 11,10±4,84; p=0,01). Os resultados obtidos através do questionário que avaliou carga de sintomas do sistema nervoso autonômico se mostraram elevados entre os pacientes, com e sem deficiência de hipocetina-1, apesar de não haver diferenças significantes entre eles (resultado COMPASS-31 total - grupo com deficiência de hipocretina-1: 26,6±16,46 versus grupo com níveis normais de hipocretina-1: 16,46±11,46; p=0,39). O Questionário de Triagem de Transtorno Comportamental do sono REM também apontou pontuações elevadas nos dois grupos (grupo com deficiência de hipocretina-1: 8,39±2,69 versus grupo com níveis normais de hipocretina-1: 7,27±4,65; p=0,41). Houve relação entre a pontuação obtida no questionário de triagem para transtorno comportamental do sono REM e queixas de disautonomia apresentadas através do COMPASS-31 (r=0,41, p=0,03), que foram ainda maiores quando considerados somente as pessoas com deficiência de hipocretina-1 (r=0,64; p=0,003). Conclusão: A pesquisa mostrou que as alterações olfatórias estão presentes nos pacientes com narcolepsia, independentemente dos níveis de hipocretina-1 dosados. Observou-se também diversas queixas de disautonomia e sintomas de transtorno comportamental do sono REM nos participantes do estudo, além de elevação nas diversas medidas na composição corporal daqueles com deficiência de hipocretina-1. Essas disfunções secundárias da narcolepsia podem se tornar futuros biomarcadores da doença e o reconhecimento e tratamento trazem melhora das comorbidades e qualidade de vida aos indivíduos acometidos.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: Narcolepsy is a sleep disorder characterized by excessive daytime sleepiness, cataplexy, sleep paralysis, hypnagogic and hypnopompic hallucinations, and sleep fragmentation. In addition to sleep-related symptoms, narcolepsy is linked to changes in many systems, including olfaction, greater weight gain, diminished feeding satiety, psychological changes, an increased incidence of symptoms of dysautonomia, and REM-Sleep Behavior Disorder. Because of that, this study intends to assess and find correlations between the multiple secondary symptoms of the disease which, despite not being part of the definition of narcolepsy, may aid in diagnosing it and should be recognized and treated in individuals affected by the disease. Hypocretin deficiency, which is present in type-1 narcolepsy, seems to be related to changes in many other systems, including the olfactory system. Methods: A cross-sectional study was performed with patients diagnosed with narcolepsy that had either hypocretin-1 deficiency or normal hypocretin-1 levels in the cerebrospinal fluid. The University of Pennsylvania Smell Identification Test (UPSIT) was utilized to assess olfaction, body composition was evaluated using tetrapolar bioimpedance, and eating compulsion was evaluated using the Binge Eating Scale. Complaints of changes in the autonomic nervous system and REM Sleep Behavior Disorders were evaluated using questionnaires. Results: 42 patients were evaluated. There were no significant differences in the olfaction assessments of people with narcolepsy with reduced and normal levels of hypocretin-1, even though some degree of hyposmia has been observed in a large part of patients in both groups (hypocretin-1 deficiency group: median score 32.50, ranging between 10-38; normal hypocretin-1 group: median score 33.00, ranging between 16-39; p=0.86). Significant differences in anthropometric parameters were found between the two groups, with patients with hypocretin deficiency presenting a higher trend to obesity [hypocretin-1 deficiency group: mean Body Mass Index = 32.64 SD= 5.88; normal hypocretin-1 group: mean BMI= 26.40, SD= 7.68; p=0.01]. Patients with more years of education performed better at UPSIT (Group with normal olfaction results: mean years of study= 15.19, SD 4.3; Group with altered olfaction results: mean years of study=11.10, SD=4.84; p=0.01). The scores obtained from questionnaires for the assessment of changes in the autonomous nervous system were high in patients with narcolepsy, both with and without hypocretin-1 deficiency, though there was no significant difference between the two groups (COMPASS-31 total score: hypocretin-1 deficiency group: mean= 26.6 SD= 16.46; normal hypocretin-1 group: mean= 16.46, SD= 11.46; p=0.39). The Rapid Eye Movement Sleep Behavior Disorder Screening Questionnaire also showed high scores in both groups (hypocretin-1 deficiency group: mean= 8.39, SD= 2.69; normal hypocretin-1 group: mean 7.27, SD= 4.65; p=0.41). There was a significant correlation between the score obtained from the Rapid Eye Movement Sleep Behavior Disorder Screening Questionnaire and complaints of dysautonomia displayed on COMPASS-31 (r=0.41, p=0.03), and they were even stronger when only individuals with hypocretin-1 were considered (r=0.64; p=0.003). Conclusion: the study has shown that olfactory alterations are present in patients with narcolepsy, regardless of the measured levels of hypocretin-1. It was also observed that in both groups there were many symptoms of dysautonomia and REM sleep behavior disorder in most patients, in addition to an increase in the various measures of body composition in patients with hypocretin-1 deficiency. These secondary alterations of narcolepsy may be possible markers of the disease, and recognizing and treating them may improve comorbidities and the quality of life of patients with narcolepsy.en
dc.emailadvisor.customfernandomorgadinho@hotmail.compt_BR
dc.format.extent132 f.pt_BR
dc.identifier.citationTRUZZI, Giselle de Martin. Avaliação da olfação e da composição corporal em pacientes com narcolepsia. 2023. 132 f. Tese (Doutorado em Psicobiologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). São Paulo, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67966
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de São Paulopt_BR
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccesspt_BR
dc.subjectNarcolepsiapt_BR
dc.subjectOlfatopt_BR
dc.subjectObesidadept_BR
dc.subjectDisautonomiapt_BR
dc.subjectTranstorno comportamental do sono REMpt_BR
dc.titleAvaliação da olfação e da composição corporal em pacientes com narcolepsiapt_BR
dc.title.alternativeEvaluation of olfaction and body composition in patients with narcolepsyen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesispt_BR
unifesp.campusEscola Paulista de Medicina (EPM)pt_BR
unifesp.graduateProgramPsicobiologiapt_BR
unifesp.knowledgeAreaMedicina e biologia do sonopt_BR
unifesp.researchAreaDistúrbios relacionados ao sonopt_BR
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