Efeitos do treinamento aeróbico na qualidade de vida em idosos, um estudo randomizado e controlado
Data
2016-05-20
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
The world?s population is ageing, in Brazil, the increase in the life expectancy is also due to advances in health care. Among the factors that determine whether the aging is positive or not, the physical health is related to the possibility of managing their own choices with greater or less dependence. Aging causes physiological changes which can be reduced with physical exercises. However, for a predominantly aerobic training prescribed by professionals, is relevant to be aware of an appropriate instruction in order to generate benefits and enhance the autonomy and the independence of elderly. The hypothesis of the study was that seniors, when included in a physical exercises program, could improve their physical function, the quality of life and their functional autonomy. To check the effects of aerobic training on their quality of life, it was done a physical workout with 69 cases, both genders and average age of 68 years old. The training group (TG) was composed by 40 people undergoing continuous walking at an intensity of 50% to 75% of HRMáx., for 30 minutes, three times a week. In the control group (CG), 29 patients supervised and oriented to not doing physical exercises involving walking. Both answered the questionnaire about quality of life called WHOQUOL-OLD and performed maximal exercise test before and after training. Statistics, descriptive and analytical analyses were made; calculus performed by ?Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, v.20.0)?; significance level of p?0,05; and study approved by the Research and Ethics Committee of the institution linked to the study. VO2peak relative of TG and CG did not change [TG, 23,67ml.Kg-1.min-1 (± 5,2) to 24,46ml.Kg-1.min-1 (± 5,6) (p = 0,06 / CG, 23,61ml.Kg-1.min-1 (± 4,9) to 23,57ml.Kg-1.min-1 (± 4,6) (p = 0,95)]. The quality of life did not improve in CG and TG [CG, 64,9 (± 12,0) to 63,1 (± 13,1) (p = 0,41) / TG, 65,5 (± 14,0) to 65,6 (± 16,0) (p = 0,95)]. Relative oxygen consumption in resting condition in TG and CG did not improve [TG, 5,93ml.Kg-1.min-1 (± 1,8) to 6,89ml.Kg-1.min-1 (± 2,3) (p = 0,75 / CG, 5,62ml.Kg-1.min-1 (± 2,1) to 6,23ml.Kg-1.min-1 (± 1,6) (p = 0,28)]. The muscular strength of the lower limbs raised in TG, while CG did show progress [TG, 12,0 units (± 2) to 12,5 units (± 2,5) (p = 0,001) / CG, 11 units (± 2,0) to 12 units (± 2,4) (p = 0,20)]. The amount of depressive symptoms in patients of TG decreased, compared to CG [TG, 2,7 units (± 2,4) to 1,9 units (± 1,9) (p = 0,04 / CG, 2,9 units (± 2,7) to 2,9 units (± 2,4) (p = 0,94)]. The variables mobility and risk of falls in TG had positive changes in comparison to CG, which did not show changes [TG, 454s (± 65,3) to 417s (± 68,9) (p = 0,001 / CG, 478s (± 116,7) to 451s (± 55,9) (p = 0,12)]. Difficulties regarding the daily activities for the TG decreased, while CG did not present changes [TG, 2,3 (± 2,7) to 1,2 (± 1,8) (p = 0,002 / CG, 2,1 (± 2,3) to 2,4 (± 2,4) (p = 0,35)]. TG reported less complaints of pain, while CG remained without changes [TG, 4,3 (± 3,1) to 2,9 (± 3,0) (p = 0,006 / CG, 4,4 (± 3,2) to 4,2 (± 3,2) (p = 0,68)]. We conclude that a physical training involving walking for elderly, with a simple prescription during a short period of training, despite not causing, in a wide form, physiological changes in aerobic capacity and in the quality of life, is capable of producing functional, sensitive, social and emotional improvements. Furthermore, surely this special population can enjoy a successful and independent aging through physical exercise.
A população mundial está envelhecendo, no Brasil, o aumento da expectativa de vida deve-se também aos avanços na área de saúde. Entre as frações que determinam o envelhecimento positivo ou não, a saúde física é relacionada à possibilidade de os idosos gerenciarem suas próprias escolhas com maior ou menor dependência. O envelhecimento produz mudanças fisiológicas que podem ser reduzidas com o exercício físico. No entanto, para treinamentos com predominância aeróbia que sejam prescritos por profissionais da área, é relevante ter conhecimento do treinamento adequado de forma a gerar benefícios e potencializar a autonomia e independência dos idosos. A hipótese do estudo foi de que quando inseridos em um programa de exercícios físicos, eles poderiam melhorar a capacidade física, a qualidade de vida e a autonomia funcional. Para verificar os efeitos do treinamento aeróbico na qualidade de vida desta população, foi realizado um treinamento físico com 69 casos, ambos os gêneros, idade média de 68 anos de idade. No grupo treinamento (GT), 40 deles realizaram caminhada contínua em uma intensidade de 50% a 75% da F.C.Máx. com duração de 30 minutos, três vezes por semana. Já no grupo controle (GC), 29 idosos foram supervisionados e orientados para não participarem de exercícios físicos envolvendo caminhadas. Ambos responderam ao questionário sobre qualidade de vida denominado WHOQUOL-OLD e realizaram testes de esforço máximo antes e após o treinamento. Foram feitas análises estatísticas descritivas e analíticas, cálculos executados pelo ?Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, v.20.0)?, nível de significância de p?0,05, estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição vinculada. O VO2pico relativo dos GT e GC não teve mudança [GT, 23,67ml.Kg- 1.min-1 (± 5,2) para 24,46ml.Kg-1.min-1 (± 5,6) (p = 0,06 / GC, 23,61ml.Kg-1.min-1 (± 4,9) para 23,57ml.Kg-1.min-1 (± 4,6) (p = 0,95)]. A qualidade de vida não melhorou entre os GC e GT [GC, 64,9 (± 12,0) para 63,1 (± 13,1) (p = 0,41) / GT, 65,5 (± 14,0) para 65,6 (± 16,0) (p = 0,95)]. O consumo de oxigênio relativo em situação de repouso no GT e GC não apresentou melhora [GT, 5,93ml.Kg-1.min-1 (± 1,8) para 6,89ml.Kg-1.min-1 (± 2,3) (p = 0,75 / GC, 5,62ml.Kg-1.min-1 (± 2,1) para 6,23ml.Kg-1.min-1 (± 1,6) (p = 0,28)]. A força muscular dos membros inferiores aumentou no GT, enquanto o GC não relatou melhora [GT, 12,0 unidades (± 2) para 12,5 unidades (± 2,5) (p = 0,001) / GC, 11 unidades (± 2,0) para 12 unidades (± 2,4) (p = 0,20)]. A quantidade de sintomas depressivos dos casos no GT melhorou, comparado ao GC [GT, 2,7 unidades (± 2,4) para 1,9 unidades (± 1,9) (p = 0,04 / GC, 2,9 unidades (± 2,7) para 2,9 unidades (± 2,4) (p = 0,94)]. No GT as variáveis mobilidade e risco de queda obtiveram mudanças positivas em relação ao GC que não apresentou alterações [GT, 454s (± 65,3) para 417s (± 68,9) (p = 0,001 / GC, 478s (± 116,7) para 451s (± 55,9) (p = 0,12)]. As dificuldades quanto às atividades cotidianas diminuíram para o GT, enquanto o GC não apresentou alterações [GT, 2,3 (± 2,7) para 1,2 (± 1,8) (p = 0,002 / GC, 2,1 (± 2,3) para 2,4 (± 2,4) (p = 0,35)]. O GT relatou diminuição quanto a queixas de dores, enquanto o GC permaneceu sem alterações [GT, 4,3 (± 3,1) para 2,9 (± 3,0) (p = 0,006 / GC, 4,4 (± 3,2) para 4,2 (± 3,2) (p = 0,68)]. Concluímos que um treinamento físico direcionado a idosos que envolve caminhada contendo uma fácil prescrição em um breve período de treino, apesar de não possibilitar modificações fisiológicas na capacidade aeróbia e qualidade de vida de forma ampla, é capaz de produzir melhoras funcionais, sensitivas, sociais e emocionais. Além disso, seguramente essa população especial pode usufruir de um envelhecimento bem-sucedido e independente por meio do exercício físico.
A população mundial está envelhecendo, no Brasil, o aumento da expectativa de vida deve-se também aos avanços na área de saúde. Entre as frações que determinam o envelhecimento positivo ou não, a saúde física é relacionada à possibilidade de os idosos gerenciarem suas próprias escolhas com maior ou menor dependência. O envelhecimento produz mudanças fisiológicas que podem ser reduzidas com o exercício físico. No entanto, para treinamentos com predominância aeróbia que sejam prescritos por profissionais da área, é relevante ter conhecimento do treinamento adequado de forma a gerar benefícios e potencializar a autonomia e independência dos idosos. A hipótese do estudo foi de que quando inseridos em um programa de exercícios físicos, eles poderiam melhorar a capacidade física, a qualidade de vida e a autonomia funcional. Para verificar os efeitos do treinamento aeróbico na qualidade de vida desta população, foi realizado um treinamento físico com 69 casos, ambos os gêneros, idade média de 68 anos de idade. No grupo treinamento (GT), 40 deles realizaram caminhada contínua em uma intensidade de 50% a 75% da F.C.Máx. com duração de 30 minutos, três vezes por semana. Já no grupo controle (GC), 29 idosos foram supervisionados e orientados para não participarem de exercícios físicos envolvendo caminhadas. Ambos responderam ao questionário sobre qualidade de vida denominado WHOQUOL-OLD e realizaram testes de esforço máximo antes e após o treinamento. Foram feitas análises estatísticas descritivas e analíticas, cálculos executados pelo ?Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, v.20.0)?, nível de significância de p?0,05, estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição vinculada. O VO2pico relativo dos GT e GC não teve mudança [GT, 23,67ml.Kg- 1.min-1 (± 5,2) para 24,46ml.Kg-1.min-1 (± 5,6) (p = 0,06 / GC, 23,61ml.Kg-1.min-1 (± 4,9) para 23,57ml.Kg-1.min-1 (± 4,6) (p = 0,95)]. A qualidade de vida não melhorou entre os GC e GT [GC, 64,9 (± 12,0) para 63,1 (± 13,1) (p = 0,41) / GT, 65,5 (± 14,0) para 65,6 (± 16,0) (p = 0,95)]. O consumo de oxigênio relativo em situação de repouso no GT e GC não apresentou melhora [GT, 5,93ml.Kg-1.min-1 (± 1,8) para 6,89ml.Kg-1.min-1 (± 2,3) (p = 0,75 / GC, 5,62ml.Kg-1.min-1 (± 2,1) para 6,23ml.Kg-1.min-1 (± 1,6) (p = 0,28)]. A força muscular dos membros inferiores aumentou no GT, enquanto o GC não relatou melhora [GT, 12,0 unidades (± 2) para 12,5 unidades (± 2,5) (p = 0,001) / GC, 11 unidades (± 2,0) para 12 unidades (± 2,4) (p = 0,20)]. A quantidade de sintomas depressivos dos casos no GT melhorou, comparado ao GC [GT, 2,7 unidades (± 2,4) para 1,9 unidades (± 1,9) (p = 0,04 / GC, 2,9 unidades (± 2,7) para 2,9 unidades (± 2,4) (p = 0,94)]. No GT as variáveis mobilidade e risco de queda obtiveram mudanças positivas em relação ao GC que não apresentou alterações [GT, 454s (± 65,3) para 417s (± 68,9) (p = 0,001 / GC, 478s (± 116,7) para 451s (± 55,9) (p = 0,12)]. As dificuldades quanto às atividades cotidianas diminuíram para o GT, enquanto o GC não apresentou alterações [GT, 2,3 (± 2,7) para 1,2 (± 1,8) (p = 0,002 / GC, 2,1 (± 2,3) para 2,4 (± 2,4) (p = 0,35)]. O GT relatou diminuição quanto a queixas de dores, enquanto o GC permaneceu sem alterações [GT, 4,3 (± 3,1) para 2,9 (± 3,0) (p = 0,006 / GC, 4,4 (± 3,2) para 4,2 (± 3,2) (p = 0,68)]. Concluímos que um treinamento físico direcionado a idosos que envolve caminhada contendo uma fácil prescrição em um breve período de treino, apesar de não possibilitar modificações fisiológicas na capacidade aeróbia e qualidade de vida de forma ampla, é capaz de produzir melhoras funcionais, sensitivas, sociais e emocionais. Além disso, seguramente essa população especial pode usufruir de um envelhecimento bem-sucedido e independente por meio do exercício físico.
Descrição
Citação
ALABARSE, Silvio Lopes. Efeitos do treinamento aeróbico na qualidade de vida em idosos, um estudo randomizado e controlado. 2016. 224 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.