Análise de correlação entre eventos de hipermutação e carga viral em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1(HIV-1)
dc.contributor.advisor | Janini, Luiz Mário Ramos [UNIFESP] | |
dc.contributor.author | De Lima-Stein, Mariana Leão [UNIFESP] | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) | |
dc.date.accessioned | 2015-07-22T20:49:21Z | |
dc.date.available | 2015-07-22T20:49:21Z | |
dc.date.issued | 2008-10-29 | |
dc.description.abstract | INTRODUÇÃO: A substituição monótona de bases G → A no genoma do HIV-1 é observada desde a década de 1990, entretanto, apenas recentemente esse efeito foi atribuído às APOBECs (apolipoprotein B editing catalytic polypeptide) da imunidade inata. As APOBECs celulares atuam na deaminação de citidina a uridina na fita de DNA viral de polaridade negativa e esse efeito é verificado como excesso de adeninas na fita complementar de DNA viral resultante do processo de transcrição reversa. A presença de hipermutações ocasiona perda da capacidade replicativa da partícula do HIV-1 e pode levar populações virais à extinção. Estudos in vitro demonstraram o efeito antiretroviral das APOBECs3 baseados, principalmente, na verificação de hipermutação. Por outro lado, estudos sistemáticos in vivo são escassos e os dados da literatura são controversos com relação ao efeito da hipermutação no genoma das subpopulações de HIV-1 e na dinâmica da infecção. OBJETIVOS: Este estudo objetivou avaliar os efeitos da hipermutação em pacientes HIVpositivos não tratados correlacionando a freqüência de hipermutação com a carga viral. A carga viral é um importante indicador biológico de replicação do HIV-1 e clínico de progressão para a aids. Assim sendo, foi testado se a presença de hipermutação tem efeito protetor no controle da infecção natural pelo HIV utilizando como parâmetro de apoio a carga viral plasmática do HIV-1 nas 157 amostras de pacientes não tratados testadas para detecção de hipermutação. A integrase constitui um hot spot de hipermutação no genoma viral. MÉTODOS: Foi realizada PCR (Polymerase Chain Reaction) para amplificar um fragmento de 582 pares de bases do gene da integrase e o produto de PCR foi visualizado em gel de agarose com HA-Yellow. O corante HA-Yellow retarda a migração eletroforética de um produto de PCR proporcionalmente ao conteúdo de bases A da sequência. Nosso método de análise foi validado com base em sequências de clones e calibrado em acordo com os resultados gerados pelo programa Hypermut (disponível em http://www.hiv.lanl.gov/content/sequence/HYPERMUT/ hypermut.html). A análise dos dados realizou-se com base na estatística de K-means que permitiu agrupar as amostras clínicas de acordo com sua distância de migração no gel de agarose com HA-Yellow. RESULTADOS: Foi observada hipermutação em 31,2% (n=49/157) destas amostras e houve associação entre presença de hipermutação e maiores níveis de viremia (P=0,02, teste de Mann-Whitney). Adicionalmente, a presença de hipermutação não apresentou associação com menores níveis de linfócitos T CD4 positivos (P=0,06, Teste de Mann-Whitney), nem ao gênero ou à etnia. CONCLUSÕES: Os valores de carga viral detectados em cada indivíduo refletem a quantidade de partículas virais filtradas pelo processo de hipermutação e o substrato da hipermutação é a replicação viral. Assim sendo, nós constatamos que amostras clínicas com altos níveis de replicação viral exibiram o fenômeno de hipermutação mais frequentemente. Em resumo, a detecção de variantes provirais de HIV-1 portando hipermutação correlacionou-se com maiores níveis de carga viral nos pacientes avaliados. Assim sendo, concluímos que a hipermutação, fenômeno bioquímico de substituições G para A no HIV-1, é um processo pervasivo e está associada com níveis mais elevados de replicação viral. Palavras- Chave: HIV-1, APOBEC, imunidade inata, carga viral, hipermutação | pt |
dc.description.source | TEDE | |
dc.description.source | BV UNIFESP: Teses e dissertações | |
dc.format.extent | 113 f. | |
dc.identifier.citation | DE LIMA-STEIN, Mariana Leão. Análise de correlação entre eventos de hipermutação e carga viral em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1(HIV-1). 2008. 113 f. Dissertação (Mestrado em Infectologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2008. | |
dc.identifier.file | Publico-065a.pdf | |
dc.identifier.file | Publico-065b.pdf | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8917 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | |
dc.subject | Immunity, innate | en |
dc.subject | Viral load | en |
dc.subject | Hypermutation | en |
dc.subject | HIV1 | en |
dc.subject | HIV-1 | pt |
dc.subject | APOBEC | pt |
dc.subject | Imunidade inata | pt |
dc.subject | Carga viral | pt |
dc.title | Análise de correlação entre eventos de hipermutação e carga viral em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1(HIV-1) | pt |
dc.title.alternative | Correlation between hypermutation and viral load in patients infected with human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) | en |
dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis | |
unifesp.campus | São Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM) | |
unifesp.graduateProgram | Infectologia |