Reino dividido, feridas pungentes: O papel da Igreja Católica na ditadura militar argentina (1976-1983).

Data
2019-06-27
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
O presente trabalho tem como objetivo investigar e compreender historica-mente o papel da Igreja Católica durante a ditadura militar que vigorou na Argentina entre os anos de 1976-1983. Tal conivência se idealizou tanto de forma visível, em âmbito público, por meio de declarações oficiais e da atuação institucional da Igreja, como de forma menos visível, em âmbito “privado”, por meio, por exemplo, da ação de padres que estiveram presentes durante sessões de tortura praticadas por agentes militares contra presos políticos, em busca de informações a respeito das atuações consideradas “subversivas”. Para o Estado, o apoio institucional católico através da alta hierarquia do Episcopado foi fundamental para legitimar sua política de controle social. Em contrapartida, a Igreja alinhava-se ao Executivo a fim de cumprir com o propósito de tornar a Argentina um Estado político confessional. Por outro lado, identificou-se conflitos teológicos no interior do catolicismo mediante o engaja-mento de religiosos terceiro-mundistas empenhados em resistir às ofensivas político-ideológicas do aparelho de Estado.
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