Estimativa do consumo de energia e de macronutrientes no domicílio e na escola em pré-escolares
Data
2010-02-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To estimate the energy and macronutrient intake at home and at all-day in the kindergarten programs in children aged 2 to 6 and to investigate differences in consumption and intake between children at public and private kindergartens. METHODS: This was a cross-sectional study of 362 preschool children from Caxias do Sul, Brazil. Nutritional status was assessed in terms of weight to height ratios. Foods consumed in the kindergarten were evaluated by weighing the actual foods eaten by the children and home intakes were calculated from a food diary kept by parents or guardians. Statistical analyses were performed using the Mann-Whitney U test (p < 0.05). RESULTS: It was found that 28 children (7.7%) were overweight, 92 (25.4%) were at risk of becoming overweight and seven (1.9%) were classified as having wasting. Analysis of 24-hour nutritional intake demonstrated that 51.3% of the energy, 60.3% of the lipids and 51.6% of the proteins consumed by children were eaten at home, despite the children spending the whole day in the kindergarten programs. Preschool children at kindergartens ate greater quantities of energy (p = 0.001), carbohydrates (p < 0.001), and lipids (p = 0.04) than did children at public kindergartens, but their total daily intakes were similar, irrespective of which type of kindergarten program children attended. CONCLUSIONS: The findings suggest that these children eat proportionally more energy, proteins and lipids in their extra meals at home than they do in their daytime meals in the kindergarten programs. Despite the differences in intake between public and private kindergarten, daily intakes were similar.
OBJETIVO: Estimar o consumo de energia e de macronutrientes no domicílio e na escola em tempo integral em crianças de 2 a 6 anos e pesquisar diferenças no consumo entre as crianças de escolas públicas e particulares. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 362 pré-escolares em Caxias do Sul (RS). O estado nutricional foi avaliado pela razão peso para estatura. O consumo na escola foi avaliado por meio do método de pesagem direta individual dos alimentos consumidos pelas crianças e, no domicílio, por meio do método de registro alimentar realizado pelos pais ou responsáveis. Para as análises estatísticas utilizou-se o teste U de Mann-Whitney (p < 0,05). RESULTADOS: Observou-se que 28 crianças (7,7%) apresentaram excesso de peso, 92 (25,4%), risco para excesso de peso e sete (1,9%), baixo peso para a estatura. A avaliação da ingestão alimentar em 24 horas mostrou que 51,3% da energia, 60,3% dos lipídios e 51,6% das proteínas foram consumidos nos domicílios, apesar de as crianças permanecerem em período integral nas escolas. Observou-se maior ingestão de energia (p = 0,001), carboidratos (p < 0,001) e lipídios (p = 0,04) nos pré-escolares de escolas particulares em relação aos de escolas públicas, porém o consumo total diário se mostrou similar nas diferentes instituições. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que as crianças consomem proporcionalmente mais energia, proteínas e lipídios nas refeições complementares dos domicílios em relação às refeições diárias nas escolas infantis. Apesar das diferenças de consumo entre as escolas públicas e particulares, a ingestão diária mostrou-se similar entre as crianças.
OBJETIVO: Estimar o consumo de energia e de macronutrientes no domicílio e na escola em tempo integral em crianças de 2 a 6 anos e pesquisar diferenças no consumo entre as crianças de escolas públicas e particulares. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 362 pré-escolares em Caxias do Sul (RS). O estado nutricional foi avaliado pela razão peso para estatura. O consumo na escola foi avaliado por meio do método de pesagem direta individual dos alimentos consumidos pelas crianças e, no domicílio, por meio do método de registro alimentar realizado pelos pais ou responsáveis. Para as análises estatísticas utilizou-se o teste U de Mann-Whitney (p < 0,05). RESULTADOS: Observou-se que 28 crianças (7,7%) apresentaram excesso de peso, 92 (25,4%), risco para excesso de peso e sete (1,9%), baixo peso para a estatura. A avaliação da ingestão alimentar em 24 horas mostrou que 51,3% da energia, 60,3% dos lipídios e 51,6% das proteínas foram consumidos nos domicílios, apesar de as crianças permanecerem em período integral nas escolas. Observou-se maior ingestão de energia (p = 0,001), carboidratos (p < 0,001) e lipídios (p = 0,04) nos pré-escolares de escolas particulares em relação aos de escolas públicas, porém o consumo total diário se mostrou similar nas diferentes instituições. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que as crianças consomem proporcionalmente mais energia, proteínas e lipídios nas refeições complementares dos domicílios em relação às refeições diárias nas escolas infantis. Apesar das diferenças de consumo entre as escolas públicas e particulares, a ingestão diária mostrou-se similar entre as crianças.
Descrição
Citação
Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 86, n. 1, p. 59-64, 2010.