Efeitos agudos de flunitrazepam sobre o metabolismo da homocisteína em jovens saudáveis
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Data
2009-03-25
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Background: High cortisol plasma concentrations have been shown to be associated with increases in homocysteine. Here we studied whether decreases in cortisol, induced by an acute oral dose of a benzodiazepine, could decrease homocysteine, and if changes were similar in both genders. Methods: This was a double-blind, cross-over design study of acute oral doses of flunitrazepam and placebo in young, healthy, male and female volunteers. Blood samples were collected after peak-plasma concentration of flunitrazepam. Various biochemical parameters were analysed, such as homocysteine, cysteine, folate, vitamins B6 and B12, as well as male and female hormones. Results: flunitrazepam reduced cortisol, cysteine and homocysteine plasma concentrations, irrespective of gender. No correlations were found between cortisol and other biochemical markers. Plasma concentration of cysteine and homocysteine were negatively correlated with plasma flunitrazepam concentration, suggesting that changes in these amino acids were related to the metabolism of this benzodiazepine. Conclusion: Acute administration of flunitrazepam decreases plasma homocysteine and cysteine through as yet unknown mechanisms that do not seem related to changes in cortisol. Given the importance of homocysteine as a marker of life-threatening disorders, such mechanisms are potential targets for clinical application.
Altos níveis de cortisol plasmático têm sido associados ao aumento de homocisteína. No presente estudo investigamos se a diminuição da concentração de cortisol, induzida pela administração aguda e oral de um benzodiazepínico, poderia diminuir níveis plasmáticos de homocisteína, e se tais mudanças seriam similares em ambos os gêneros. O estudo consistiu na administração de doses orais agudas de flunitrazepam e placebo, em 24 voluntários com idades entre 18 e 35 anos, saudáveis de ambos os sexos. Amostras de sangue foram coletadas após o pico plasmático da concentração de flunitrazepam. Diversos parâmetros bioquímicos foram analisados: homocisteína, cisteína, vitaminas B6 e B12, como também hormônios sexuais. O flunitrazepam diminuiu os níveis plasmáticos do cortisol, cisteína e homocisteína, independentemente do gênero. Não foram achadas correlações entre o cortisol e outros parâmetros bioquímicos. As concentrações plasmáticas de cisteína e homocisteína foram negativamente correlacionadas com concentrações plasmáticas de flunitrazepam, sugerindo que tais alterações nesses aminoácidos estariam relacionadas ao metabolismo desse benzodiazepínico. A administração aguda de flunitrazepam diminui níveis plasmáticos de homocisteína e cisteína por meio de mecanismos desconhecidos que não pareceram ter relação com as alterações plasmáticas de cortisol. Devido à importância da homocisteína como fator de risco de diversas doenças, tais mecanismos são alvos em potencial para a aplicação clínica.
Altos níveis de cortisol plasmático têm sido associados ao aumento de homocisteína. No presente estudo investigamos se a diminuição da concentração de cortisol, induzida pela administração aguda e oral de um benzodiazepínico, poderia diminuir níveis plasmáticos de homocisteína, e se tais mudanças seriam similares em ambos os gêneros. O estudo consistiu na administração de doses orais agudas de flunitrazepam e placebo, em 24 voluntários com idades entre 18 e 35 anos, saudáveis de ambos os sexos. Amostras de sangue foram coletadas após o pico plasmático da concentração de flunitrazepam. Diversos parâmetros bioquímicos foram analisados: homocisteína, cisteína, vitaminas B6 e B12, como também hormônios sexuais. O flunitrazepam diminuiu os níveis plasmáticos do cortisol, cisteína e homocisteína, independentemente do gênero. Não foram achadas correlações entre o cortisol e outros parâmetros bioquímicos. As concentrações plasmáticas de cisteína e homocisteína foram negativamente correlacionadas com concentrações plasmáticas de flunitrazepam, sugerindo que tais alterações nesses aminoácidos estariam relacionadas ao metabolismo desse benzodiazepínico. A administração aguda de flunitrazepam diminui níveis plasmáticos de homocisteína e cisteína por meio de mecanismos desconhecidos que não pareceram ter relação com as alterações plasmáticas de cortisol. Devido à importância da homocisteína como fator de risco de diversas doenças, tais mecanismos são alvos em potencial para a aplicação clínica.
Descrição
Citação
GREGO, Bruno Henrique do Carmo. Efeitos agudos de flunitrazepam sobre o metabolismo da homocisteína em jovens saudáveis. 2009. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2009.