Injeção intraesfincteriana de toxina botulínica no tratamento da acalásia chagásica
Data
2000
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Segundo dados da Organizacao Mundial de Saúde, estima-se que existam 16 a 18 milhoes de pessoas infectadas com Trypanossoma cruzi e, dependendo da regiao geografica, porcentagem variavel de individuos apresentarao as manifestacoes cardiacas e digestivas da fase cronica da doenca de Chagas. A prevalencia da esofagopatia oscila entre 7,1 por cento a 1O,6 por cento, com 3 por cento de formas ectasicas. O tratamento do megaesofago, seja de etiologia chagasica ou idiopatica visa o alivio sintomatico, reduzindo a resistencia oferecida pelo EEI acalasico e, consequentemente, diminuindo a estase esofagiana. Isto pode ser feito com drogas, dilatacao com balao ou cirurgia. As terapeuticas atualmente preconizadas - dilatacao com balao e cardiomiotomia sao agressivas, de custo alto e tem morbidade e mortalidade nao despreziveis. Recentemente a toxina botulinica tipo A passou a ser indicada como opcao terapeutica na acalasia idiopatica. Tem eficacia comprovada, mas devido a recorrencia da disfagia novas injecoes sao necessarias para alivio do sintoma por longos periodos. Nao apresenta efeito colateral significativo, sendo a droga de escolha no tratamento dos pacientes de risco para terapeutica mais invasiva. No presente estudo, 24 pacientes com acalasia chagasica foram randomizados para receberem toxina botulinica (l2 pacientes) e soro fisiologico (l2 pacientes) injetados por endoscopia no esfincter esofagiano inferior. O estudo foi desenhado de tal forma que o medico e os pacientes estavam cegos no estudo. Os pacientes foram acompanhados com escore clinico de disfagia e a afericao objetiva da resposta a toxina foi realizado com exames seriados de esofagograma, cintilografia, manometria computadorizada do esofago e avaliacao nutricional durante 6 meses. A melhora clinica da disfagia foi estatisticamente significante (p< O,001) no grupo de pacientes que receberam a toxina (7/12 melhoraram) comparando com grupo placebo (2/12 melhoraram). A resposta clinica com a toxina foi verificada na primeira avaliacao no setimo dia e manteve-se ate o periodo de termino do estudo. A pressao do esfincter esofagiano inferior apos o oitavo dia de tratamento caiu 16,21 por cento nos pacientes tratados com toxina e aumentou 5,16 por cento no grupo placebo. No sexto mes a pressao do EEI retomou aos niveis pre-tratamento. A queda da pressao do EEI nao alcancou significancia estatistica. O esvaziamento esofagiano medido a cintilografia no grupo tratado com toxina...(au)
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Citação
São Paulo: [s.n.], 2000. 114 p. ilustab.