Índices veno-arteriais para predição da acidemia fetal ao nascimento em gestações com insuficiência placentária
Data
2004-09-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: to investigate whether it is possible to predict acidemia at birth in pregnancies with placental insufficiency using venous-arterial indices: pulsatility index for vein (PIV) of the ductus venosus (DV) over PI of the middle cerebral artery (MCA) and PIV of the DV over PI of the umbilical artery, and establish cut-off values for this prediction. PATIENTS AND METHODS: this was a prospective cross-sectional study involving forty-seven patients with placental insufficiency (umbilical artery resistance and pulsatility indices above the 95th percentile for gestational age) who were submitted to Dopplervelocimetry in the last 24 hours before delivery. All pregnancies were singleton, over 26 weeks of age and without structural or chromosome anomalies. Arterial cord blood was obtained for gasometry immediately after birth. Acidemia was defined as umbilical arterial pH < 7.20 in the absence of uterine contractions and pH < 7.15 in the presence of contractions. Metabolic or mixed acidemia at birth were considered pathological. A ROC curve was calculated for the venous-arterial indices: PIV DV/PI umbilical artery (UA) and PIV DV/PI MCA. A cut-off value was established and sensitivity, specificity, accuracy, positive and negative predictive values and positive and negative likelihood ratios were calculated. RESULTS: The DV/UA PI index was not a good predictor of acidemia at birth. The DV/MCA PI index was related to acidemia at birth (area under the curve 0,785, p = 0,004). The cut-off value was: 0,582, sensitivity 66,7%, specificity 77,1 and accuracy 74,5%. CONCLUSION: the PIV DV/PI MCA ratio is adequate for predicting acidemia at birth in pregnancies with placental insufficiency. The cut-off value was: 0,582.
OBJETIVOS: investigar a possibilidade da predição da acidemia no nascimento, em gestações com insuficiência placentária, com o emprego de índices veno-arteriais avaliados pela dopplervelocimetria, definindo seus pontos de corte para esta predição. MÉTODOS: trata-se de estudo transversal prospectivo no qual foram incluídas 47 gestações únicas com insuficiência placentária (presença de índice de resistência e índice de pulsatilidade (IP) na artéria umbilical (AU) superiores ao percentil 95), após a 26ª semana. Foram excluídos os casos com fetos apresentando anomalias estruturais ou cromossômicas. O Doppler foi realizado a menos de 24 horas do parto. Amostra de sangue arterial umbilical para análise da acidemia foi coletada imediatamente após o nascimento. Diagnosticou-se acidemia quando o pH encontrava-se abaixo de 7,20 na ausência de trabalho de parto e abaixo de 7,15 quando parto vaginal. Foram consideradas patológicas as acidemias metabólicas ou mistas. Construiu-se curva ROC para os índices veno-arteriais: IP para veias do ducto venoso (IPV DV)/IP/AU e IPV DV/IP artéria cerebral média (ACM). Determinaram-se os pontos de corte e posteriormente foram calculados a sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia. RESULTADOS: o IPV DV/IP AU não mostrou ser bom parâmetro para a predição da acidemia. A análise do IPV DV/IP ACM mostrou uma área sob a curva ROC de 0,785 com p = 0,004, e, para o ponto de corte de 0,582, encontraram-se sensibilidade de 66,7%, especificidade de 77,1% e acurácia de 74,5%. CONCLUSÕES: o IPV DV/IP ACM mostrou-se adequado na predição da acidemia no nascimento em gestações com insuficiência placentária. O ponto de corte para esse índice que demonstrou melhores valores de predição foi 0,582.
OBJETIVOS: investigar a possibilidade da predição da acidemia no nascimento, em gestações com insuficiência placentária, com o emprego de índices veno-arteriais avaliados pela dopplervelocimetria, definindo seus pontos de corte para esta predição. MÉTODOS: trata-se de estudo transversal prospectivo no qual foram incluídas 47 gestações únicas com insuficiência placentária (presença de índice de resistência e índice de pulsatilidade (IP) na artéria umbilical (AU) superiores ao percentil 95), após a 26ª semana. Foram excluídos os casos com fetos apresentando anomalias estruturais ou cromossômicas. O Doppler foi realizado a menos de 24 horas do parto. Amostra de sangue arterial umbilical para análise da acidemia foi coletada imediatamente após o nascimento. Diagnosticou-se acidemia quando o pH encontrava-se abaixo de 7,20 na ausência de trabalho de parto e abaixo de 7,15 quando parto vaginal. Foram consideradas patológicas as acidemias metabólicas ou mistas. Construiu-se curva ROC para os índices veno-arteriais: IP para veias do ducto venoso (IPV DV)/IP/AU e IPV DV/IP artéria cerebral média (ACM). Determinaram-se os pontos de corte e posteriormente foram calculados a sensibilidade, especificidade, VPP, VPN e acurácia. RESULTADOS: o IPV DV/IP AU não mostrou ser bom parâmetro para a predição da acidemia. A análise do IPV DV/IP ACM mostrou uma área sob a curva ROC de 0,785 com p = 0,004, e, para o ponto de corte de 0,582, encontraram-se sensibilidade de 66,7%, especificidade de 77,1% e acurácia de 74,5%. CONCLUSÕES: o IPV DV/IP ACM mostrou-se adequado na predição da acidemia no nascimento em gestações com insuficiência placentária. O ponto de corte para esse índice que demonstrou melhores valores de predição foi 0,582.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 8, p. 641-647, 2004.