Tratamento de isquemia arterial periférica utilizando células mesenquimais modificadas com vetor lentiviral expressando o gene GM-CSF

Data
2012
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
A doenca arterial periferica (DAP) consiste na obstrucao de arterias, levando a diminuicao do fluxo sanguineo. A neovascularizacao e um processo essencial a fim de se evitar necrose, amputacao e ate mortes. O GM-CSF pode induzir os tres processos de formacao de vasos, angiogenese, vasculogenese e arteriogenese. As celulas tronco mesenquimais (CTMs) sao uma importante contribuicao para a neovasculogenese durante isquemia. Quando implantadas, podem adquirir caracteristicas de celulas endoteliais maduras, mas os principais efeitos ocorrem via mecanismos paracrinos de estimulacao, com liberacao local de fatores angiogenicos. A terapia genica tem sido uma alternativa para pacientes isquemicos, utilizando genes que estimulam o processo de neovascularizacao, entretanto, a terapia genica ex vivo pode trazer beneficios ainda maiores, somando-se os efeitos das celulas e do gene. Visto isso, questionamos: sera que a terapia ex vivo utilizando o gene GM-CSF e capaz de promover maior beneficio que a terapia celular isolada, causando um sinergismo entre gene e celula? Para testar essa hipotese, utilizamos CTMs da medula ossea de camundongos transduzidas com vetor lentiviral e injetadas em animais isquemicos. Tanto o tratamento com CTMs quanto com CTMs + GM-CSF foram capazes de promover melhora do quadro isquemico, diminuindo area de fibrose, necrose e aumentando o numero de capilares. A adicao de GM-CSF, entretanto, promoveu maior aumento do numero de vasos de maior calibre, o que pode ser uma vantagem desse tratamento, devido a promocao de arteriogenese, principal responsavel pela reperfusao tecidual em casos de isquemia. Por fim, apos a verificacao de diferencas entre celulas obtidas de camundongos BALB/c e C57/BL6, sabendo tambem da maior capacidade de colaterizacao de vasos e maior expressao de VEGF nos camundongos C57/BL6, questionamos se essa variacao pode promover diferenca na recuperacao apos terapia com celulas das duas especies. Entretanto, apesar de ambas promoverem melhora no quadro isquemico, nao houve diferenca acentuada entre os tratamentos, o que pode estar relacionado a um novo papel das CTMs, que seria modulador, reconhecendo as necessidades do microambiente e estimulando as celulas vizinhas a produzirem as citocinas e os fatores necessarios
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São Paulo: [s.n.], 2012. 110 p.