Rejeição corneana pós transplante de córnea: análise de dados do Banco de Olhos do Hospital São Paulo - Escola Paulista de Medicina

Data
2000-02-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Purpose: Among all grafts, corneal transplantation is the most commonly performed. Graft outcome is usually good, but some cases failure due to rejection can be observed.There are some well-known risk factors for corneal graft rejection. The purpose of this study is to analyze cases of corneal graft rejection in our Service focusing on peculiar risk factors. Methods: We analyzed 113 cases of penetrating keratoplas-ties performed in 1998. Cases of corneal graft rejection were evaluated in relation to preoperative diagnosis, existence of synechia, corneal vascularization, increased intraocular pressure, previous graft rejection, donor age, time of enu-cleation and preservation of the donor cornea and the surgeon's surgical experience. Results: We were able to identify 20 (17.69%) cases of graft rejection. Among these 9 had synechia, 4 corneal neovas-cularization, 8 increased intraocular pressure and 7 pre-vious graft rejection. Conclusions: Our results are in agreement with those of the literature. It seems that the surgeon's experience plays a role in corneal graft rejection. It is important to call attention to the fact that reference services handle difficult and more complicated cases which may be at a higher risk to rejection.
Objetivo: Dentre todos os transplantes, o corneano tem sido o mais realizado na atualidade. Geralmente é bem sucedido, mas a rejeição do enxerto corneano pode ser uma complicação. A rejeição é estudada há muitos anos, já tendo sido estabelecidos alguns fatores predisponentes. Este estudo tem como objetivo analisar os casos de rejeição ocorridos em nosso serviço para detectar algum fator peculiar para a ocorrência da mesma. Métodos: Realizamos um estudo retrospectivo analisando 113 casos de transplante de córnea ópticos efetuados no ano de 1998. Destes, selecionamos todos os casos de rejeição e avaliamos a patologia de base, presença de sinéquias, neovasos, aumento da pressão intra-ocular, antecedente de transplante prévio, idade do doador, tempo de captação e de preservação da córnea, experiência do cirurgião. Resultados: Dos 113 transplantes realizados, 20 casos (17,69%) apresentavam rejeição do botão transplantado. Destes 20 casos, 9 apresentavam sinéquias, 4 tinham neovasos, 8 apresentaram aumento da pressão intra-ocular e 7 já haviam se submetido a transplante de córnea prévio. Conclusões: Encontramos em nosso trabalho uma maior incidência de rejeição nos casos em que havia fatores predisponentes. Aparentemente houve mais rejeições quando os cirurgiões eram inexperientes. Também deve ser considerado o fato de sermos um serviço terciário, o qual recebe casos mais complexos e com maior chance de complicações.
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Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 63, n. 1, p. 55-58, 2000.
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