Genótipos e resistência transmitida aos medicamentos do HIV entre doadores de sangue soropositivos no Brasil: papel dos doadores infectados como populações sentinelas para vigilância molecular do HIV
Data
2014-04-09
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Background: There are few surveillance studies analyzing genotypes or primary (transmitted) drug resistance in HIV-infected blood donors in Brazil. The aim of this study was to characterize patterns of HIV genotypes and primary resistance among HIV seropositive donors identified at 4 geographically dispersed blood centers in Brazil. Methods: All HIV-infected donors who returned for counseling at the 4 REDS-II Hemocenters in Brazil from January 2007 to March 2011 were invited to participate in a case–control study involving a questionnaire on risk factors. Viral sequencing was also offered to positive cases to assign genotypes and to detect and characterize primary resistance to reverse transcriptase and protease inhibitors according to World Health Organization guidelines. Results: Of the 341 HIV seropositive donors who consented to participate in the risk factor and genetics study, pol sequences were obtained for 331 (97%). Clade B was predominant (76%) followed by F (15%) and C (5%). Primary resistance was present in 36[12.2%, 95% confidence interval (CI) 8.2 to 15.5] of the 303 individuals not exposed to antiretroviral therapy, varying from 8.2 %( 95% CI: 2.7 to 13.6) in Recife to 19.4% in São Paulo (95% CI: 9.5 to 29.2); there were no significant correlations with other demographics or risk factors. Conclusions: Although subtype B remains the most prevalent genotype in all 4 areas, increasing rates of subtype C in Sao Paulo and F in Recife were documented relative to earlier reports. Transmitted drug resistance was relatively frequent, particularly in the city of Sao Paulo which showed an increase compared with previous HIV-seropositive donor data from 10 years.
Há poucos estudos de vigilância que analisam genótipos ou resistência primária (transmitida) aos medicamentos em doadores de sangue infectados pelo HIV no Brasil. O objetivo deste estudo foi caracterizar os padrões de genótipos de HIV e resistência primária entre os doadores HIV positivos identificados em quatro hemocentros geograficamente dispersos no Brasil. Métodos: todos os doadores infectados pelo HIV que retornaram para o aconselhamento nos quatro hemocentros REDS-II no Brasil, a partir de janeiro de 2007 a Março de 2011, foram convidados a participar de um estudo caso-controle, envolvendo um questionário sobre fatores de risco. Também foi oferecido o sequenciamento viral para os casos positivos para definir genótipos e para detectar e caracterizar a resistência primária (transmitida) aos inibidores da transcriptase reversa e protease de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). Resultados: 341 doadores HIV soropositivos consentiram em participar do estudo fatores de risco e genética. As sequências pol foram obtidas para 331 (97%). A Classe B foi predominante (76%), seguido por F (15%) e C (5%). A resistência primária estava presente em 36 [12,2%, intervalo de confiança de 95% (IC) 8,2-15,5] dos 303 indivíduos não expostos à terapia antirretroviral, variando de 8,2% (IC 95%: 2,7-13,6), em Recife para 19,4%, em São Paulo (IC 95%: 9,5-29,2); não houve correlações significativas e outros fatores de risco demográficos. Conclusões: embora o subtipo B continue a ser o genótipo mais prevalente em todas as quatro áreas, aumentando as taxas de subtipo C, em São Paulo e F, em Recife, que foram documentados em relação a relatórios anteriores. Resistência transmitida aos medicamentos foi relativamente frequente, particularmente na cidade de São Paulo, que apresentou um aumento em comparação aos dados anteriores de doadores soropositivos para o HIV há 10 anos.
Há poucos estudos de vigilância que analisam genótipos ou resistência primária (transmitida) aos medicamentos em doadores de sangue infectados pelo HIV no Brasil. O objetivo deste estudo foi caracterizar os padrões de genótipos de HIV e resistência primária entre os doadores HIV positivos identificados em quatro hemocentros geograficamente dispersos no Brasil. Métodos: todos os doadores infectados pelo HIV que retornaram para o aconselhamento nos quatro hemocentros REDS-II no Brasil, a partir de janeiro de 2007 a Março de 2011, foram convidados a participar de um estudo caso-controle, envolvendo um questionário sobre fatores de risco. Também foi oferecido o sequenciamento viral para os casos positivos para definir genótipos e para detectar e caracterizar a resistência primária (transmitida) aos inibidores da transcriptase reversa e protease de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). Resultados: 341 doadores HIV soropositivos consentiram em participar do estudo fatores de risco e genética. As sequências pol foram obtidas para 331 (97%). A Classe B foi predominante (76%), seguido por F (15%) e C (5%). A resistência primária estava presente em 36 [12,2%, intervalo de confiança de 95% (IC) 8,2-15,5] dos 303 indivíduos não expostos à terapia antirretroviral, variando de 8,2% (IC 95%: 2,7-13,6), em Recife para 19,4%, em São Paulo (IC 95%: 9,5-29,2); não houve correlações significativas e outros fatores de risco demográficos. Conclusões: embora o subtipo B continue a ser o genótipo mais prevalente em todas as quatro áreas, aumentando as taxas de subtipo C, em São Paulo e F, em Recife, que foram documentados em relação a relatórios anteriores. Resistência transmitida aos medicamentos foi relativamente frequente, particularmente na cidade de São Paulo, que apresentou um aumento em comparação aos dados anteriores de doadores soropositivos para o HIV há 10 anos.
Descrição
Citação
SILVA, Cecilia Salete Alencar da. Genótipos e resistência transmitida aos medicamentos do HIV entre doadores de sangue soropositivos no Brasil: papel dos doadores infectados como populações sentinelas para vigilância molecular do HIV. 2014. 104 f. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.